Governos têm sido alvo dos
chamados 'golpes suaves', que tentam derrubar as administrações através de
ações violentas, guerra psicológica e econômica.
Vermelho.org / www.cartamaior.com.br
Nos últimos meses, os governos
latino-americanos têm sido alvo dos chamados "golpes suaves"
promovidos pela direita nacional e internacional, que tentam derrubar as
administrações dos líderes revolucionários e progressistas através de ações
violentas nas ruas, greves, e guerra psicológica e econômica.
Os casos mais emblemáticos foram
contra os governos de El Salvador, Brasil, Equador, Bolívia, Argentina e
Venezuela, onde os governos legitimamente eleitos priorizam a felicidade e o
bem-estar das pessoas sobre o capital; juntamente com uma forte defesa de sua
soberania e autodeterminação.
Nesses países, setores da
oposição têm o mesmo modus operandi, incluindo a promoção de campanhas de
difamação, desinformação, medo; bem como denúncias de supostos atos de
corrupção e violações dos direitos humanos.
Sob esses argumentos, aqueles que
se opõem aos governos progressistas e revolucionários na região têm chamado
manifestações de rua violentas, com as quais eles têm procurado desacreditar os
esforços do governo, desestabilizar nações, justificar intervenções dos agentes
externos e derrubar os chefes de estado.
De acordo com o cientista
político americano Gene Sharp, o golpe suave tem cinco fases definidas: aquecer
as ruas, fratura institucional, deslegitimação e desestabilização.
Normalmente, o golpe suave é
executado como a única maneira de chegar ao poder, devido à falta ou ausência
de apoio popular nas eleições.
Em informações listadas no site
do jornal equatoriano El Telegrafo, o diretor do Centro Andino de Estudos
Estratégicos, Mario Ramos também explicou que uma das principais ferramentas
utilizadas são os meios de comunicação e redes sociais para alcançar as massas.
"É uma estratégia muito
inteligente usar psicologia de massa, a mídia e as redes sociais, por isso é
chamado suave, porque não é o golpe clássico", disse ele.
O último ataque orquestrado pela
direita, na semana passada, na América Central, particularmente em El Salvador,
onde os grupos de oposição realizaram um boicote do setor dos transportes para
tentar criar o caos e promover um golpe de Estado contra o presidente legítimo,
Salvador Sanchez Ceren.
No país da América Central, as
quadrilhas criminosas forçaram os trabalhadores a paralisar suas unidades sob
ameaça e assassinaram nove motoristas que não obedeceram às suas ordens.
No Equador, onde o governo do
presidente Rafael Correa tem enfrentado a violência promovida pela direita
contra a reforma da Lei de redistribuição da riqueza (direito sucessório) e
ganhos extraordinários, mesmo quando o Governo anunciou a interrupção temporária
da proposta, as hostilidades continuaram.
"Eles vão continuar tentando
(desestabilizar), gerar violência e o pânico econômico, eles têm tentado todos
esses meses", explicou o chefe de estado do Equador.
Na Bolívia, também, as tentativas
pela direita para desestabilizar foram derrotadas no Departamento de Potosi,
após a cessação da greve geral imposta pelo Comité de Potosi Civic (Comcipo),
que durante um mês teve uma parada obrigatória na cidade boliviana.
Na Venezuela, a escalada da
direita teve várias fases, como a guerra econômica, caracterizada pela
especulação de preços e a escassez de alimentos básicos.
Em 12 de fevereiro, o presidente
venezuelano Nicolas Maduro denunciou uma nova tentativa de golpe. O plano teria
início após a publicação na imprensa de um manifesto apelando para um governo
de transição.
Créditos da foto: David G Silvers
/ Cancillería del Ecuador
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