SINPRO-DF ESCANCARA SUA POLÍTICA ASSISTENCIALISTA

Nonato Menezes - É fácil de notar a postura eclética, para esconder o conservadorismo, da maioria dos nossos Sindicatos de trabalhadores. 

O nosso, por exemplo, cuida de convênios diversos. Arranjou atendimento psicológico, propagandeia cursos particulares, divulga com afinco ações do Governo e, quando é possível, faz “politiquinha” pública e sindical.

Para a Diretoria do nosso Sinpro-DF, a mesma que foi eleita e não quis discutir o Golpe no período eleitoral, a crise política que vivenciamos parece não ser de sua alçada. Ou, se é, não passa de questão menor, passível de discussão apenas nas Redes Sociais e nas mesas dos bares.

Para nossa Diretoria, essa crise não parece envolver trabalhadores de todos os níveis, nem nos compromete como Nação e nada tem a ver com o presente e o futuro político de todos nós. Se assim é, graças sua apatia, a falta de coragem para instigar uma categoria conservadora a, pelo menos, perceber o buraco que nos meteram.

É triste ter que admitir uma Instituição como o Sinpro-DF, que do alto de sua grandeza, da História de lutas e do respeito que conquistou da sociedade do Distrito Federal, hoje ufana o número de convênios que oferece à Categoria de Professores. Uma categoria que, se bem acompanhada e instigada a fazer política pública, poderia sair do bê-á-bá e do 2+2 e interferir diretamente no comportamento da sociedade inteira, afinal, com ela, se envolvem dia-a-dia, mês-a-mês, ano-a-ano mais de 400 mil crianças e adolescentes.

Assim, ainda que nossas lideranças sindicais não percebam onde mora o poder, onde a luta política verdadeiramente deve ser travada, vale lembrar que o assistencialismo nessa esfera, além de ser um sutil inibidor de consciência social, serve, também, para negligenciar a disputa entre capital e trabalho. Disputa que, nas atuais circunstâncias, tende a revelar, a priori, quem sairá como perdedor.

Obs. Hoje, dia 19/02/2018, é um dia de paralisação nacional. Muitas categorias cruzaram os braços. Aqui, a diretoria do Sinpro-DF convocou a Categoria para uma “Assembleia” às 17h30min. É ou não fazer “politiquinha” sindical?