sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Internauta diz que Bolsonaro deixou rastro pró-Whatsapp em dois projetos-de-lei de 2017; confira quais

Brasília - Deputado Jair Bolsonaro fala com a imprensa sobre ter virado réu no STF, pela sua declaração que "Não estupraria Maria do Rosário porque ela não merece" (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Por Leandro Beguoci, no twitter
https://www.viomundo.com.br/

Eu li quase todos os projetos de lei do Bolsonaro como deputado.

E percebi que, em 2017, dois projetos destoaram da sua atuação parlamentar: os dois eram sobre o Whatsapp e seu funcionamento no Brasil.


Autor: Jair Bolsonaro – PSC/RJ

Data de apresentação: 12/7/2017

Ementa: Acresce inciso IV ao artigo 102 da Constituição Federal para conferir apenas ao Supremo Tribunal Federal a suspensão de aplicativos de troca de informações via internet.Autor: Jair Bolsonaro – PSC/RJ

Data de apresentação: 16/2/2017

Ementa: Altera a Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014, que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil, para vedar a oferta de pacotes com franquias limitadas de dados.

A história da campanha espontânea NÃO é verdadeira, assim como várias outras infos que a campanha dele faz circular pela internet.

Os projetos deixaram um rastro bem claro. A aposta sempre esteve no Whatsapp, fora do escrutínio público.

E por que estou falando disso?

Porque, neste momento, está acontecendo uma campanha gigantesca de desinformação via Whatsapp para convencer as pessoas de que as urnas eletrônicas são uma fraude.

Isso é grave. Eles querem ganhar na base da mentira e da desinformação.

Isso não é uma tática ingênua.

Ninguém sabe quem são as pessoas que reclamam das urnas, ninguém sabe o contexto dos videos.

Pode ser qualquer coisa — inclusive, nada.

A campanha do Bolsonaro quer te enganar. Cuidado. Esse método é o mesmo usado em várias eleições mundo afora.

Na semana passada, um dos filhos do deputado fabricou uma realidade paralela dizendo que havia um milhão de pessoas na Paulista em apoio ao deputado.

Ele atribuiu a informação à PM. As duas infos eram falsas.

Não tinha um milhão de pessoas na Paulista, como qualquer pessoa pode checar.

Além disso, a PM não divulgou estimativa de público.

Se eles mentem sobre coisas assim, eles podem mentir sobre tudo. Cuidado, pessoal.

PS do Viomundo: O segundo projeto, em tese, garantiria acesso ilimitado dos eleitores ao Whatsapp.

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