segunda-feira, 5 de agosto de 2019

A militarização das escolas e a burrice no Brasil


Nonato Menezes

É insano o que alguns governantes estão fazendo com a escola Pública brasileira. Sem nenhuma fundamentação teórica que justifique a implantação desse “modelo” de ensino, nem exemplo no mundo a ser seguido, nos sobra constatar ser por pura burrice. 

Não é inteligente, por exemplo, impor um “modelo” de ensino Público pensado apenas num tipo de “disciplina” que pressupõe obediência e medo. 

Não é inteligente repensar a dinâmica escolar, ainda que ela não seja das melhores, sem considerar seus indicadores como o baixo desempenho, a relação professor e estudante, índice de reprovação, entre outros. 

Só um governo autoritário e de ignorantes que poderá ficar, no máximo, oito anos no poder, impõe comportamento diferente na dinâmica escolar, alijando a comunidade de toda e qualquer discussão a respeito. 

Não há lucidez num governo que pensa e adota um “modelo” extremo de escola Pública sem considerar a produção teórica que há em nosso país. 

Governos que fazem de conta que não há Paulo Freire, Anísio Teixeira, Álvaro Vieira Pinto, Dermeval Saviani e tantos outros, responsáveis por incontestável produção teórica, reconhecida mundo a fora, e mudam o comportamento da escola Pública, baseados apenas no que chamam de “disciplina”, é governar com espírito de asno. 

Se fossem governos sérios e não burros se debruçariam sobre os indicadores de qualidade do nosso ensino, sobre a extensa produção teórica que há em nosso País e envolveriam as comunidades em discussões amplas a respeito das mudanças pretendidas. Não imporiam um modelo de escola Pública moldado pelo coturno e pela indigência teórica. 

Por mais que procuremos fundamentos para justificar essa escola Pública militarizada; salve a “disciplina” da obediência e do medo, o que encontramos mesmo é a burrice em estado latente desses governantes. O que nos garante, com imensa previsibilidade, piores dias para o nosso, nada bom, Ensino Público.

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