Bolsonaro é um estadista

(crédito: Facebook/ reprodução )

Nonato Menezes

Estadista é todo aquele chefe de Estado versado nos princípios ou na arte de governar. Pessoa envolvida em conduzir os negócios de um governo, etc.

Para não discutir ou conversar com qualquer chefe de Estado estrangeiro, Bolsonaro sai de fininho e se justifica por não entender de nada.

Corre de jornalistas, menos dos chapas brancas, como lebre corre de lince.

Nos encontros, assemelhados aos feitos no “cercadinho do Alvorada”, só urra piadas sexistas e sem graça, mas com plateia cativa. Em alguns eventos faz questão de provocar arruaça. Mostra aos estrangeiros que de briga de rua ele entende.

Como estadista que é, já carregou em uma de suas comitivas até traficante de cocaína. Aquele que foi detido na Espanha.

Em eventos que não tem como evitar, Bolsonaro perambula pelos corredores como sonâmbulo, e só chama atenção de quem se recorda de imagens de um hospício. Nenhuma autoridade internacional quer gravura com um louco.

Bolsonaro é tão estadista, tão exótico que anda de costas em eventos com lideranças internacionais. Aconteceu na Itália, quando, cuidadoso que é, pisou no pé da chefe do Estado alemão. Ela, elegante e conhecendo o autor da desfeita, só corroborou: “tinha que ser você”!

Bolsonaro, “chefe do Estado brasileiro”, o mito, foi ao Catar. Lá, fazendo selfs, com filhos e papagaios; não sabemos, mas deve ter feito “altos negócios” com os homens do petróleo. Um deles, provavelmente, tenha sido a doação da Petrobrás, a quem, na visão de quem é estadista como ele, sabe lidar melhor com esse valoroso combustível fóssil.

Em Doha, talvez fechando o passeio com chave de ouro negro, contrata motoqueiros para, em rua ensolarada, mais uma vez se mostrar inútil, o que sempre foi.

Tem sido assim a vida do nosso estadista. O defensor da pátria, da família e das armas. O mito dos otários, o mais legítimo vigarista da vida pública brasileira.