quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Com fascista e banqueiro não se brinca, por Ricardo Mezavila


Com fascista e banqueiro não se brinca

por Ricardo Mezavila

Trezentos e doze votos na Câmara aprovaram a PEC do calote em primeiro turno, e alguns analistas passaram a concordar que não basta comemorar pesquisas XP, Ipesp, Data Folha, Poder 360, Ipec.

Quem acompanha minimamente a política viu-se surpreso com os votos dos Partidos considerados de oposição, como o PDT, mas dinheiro sujo, ainda que nas mãos de um genocida, ainda é dinheiro. Tico Santa Cruz não sabia?

O Centrão alterou os regimentos da Casa para que parlamentares ausentes pudessem votar à distância. Com o quórum necessário garantido, Bolsonaro terá, em 2022, R$ 90 Bi para se reeleger.

A votação também serviu para enterrar o Bolsa Família, Programa mundialmente reconhecido, que por dezoito anos esteve ao lado das famílias mais necessitadas, para dar lugar ao natimorto Auxílio Brasil, Programa eleitoreiro com prazo até o fim da eleição.

A próxima eleição, apesar das ameaças inúteis do STF, reeditará as Fakes News que elegeram Bolsonaro. Adélio Bispo, o ‘esfakeador’, incomunicável desde a campanha de 2018, ressuscitará com uma provável reabertura do processo, para que a esquerda seja ideologicamente incriminada e sentenciada nas urnas.

Correndo por fora, a fake news de que ‘Lula foi acusado como traficante e vai ao STF para impedir decisão da Justiça’, tem chegado no WhatsApp dos titios e das titias. Podemos esperar tudo, até que essa mentira vire ‘verdade’ e o ex-presidente seja impedido de se candidatar, ou até mesmo condenado por um tribunal internacional.

Enquanto o rato está fora sendo galhofado em jornais e programas de TV pelo mundo (na verdade eles riem de nós), a caneta ‘Bic’ descansa lépida sobre sua mesa. Até o consagrado ator Jim Carrey, estrela de filmes sugestivos como “O mentiroso” e “Debi & Loide“, apareceu como figurante nesse thriller.

Não se brinca com fascistas e com banqueiros, eles são capazes de tudo para que o povo fique na miséria mastigando osso, e na ignorância absoluta sobre os seus direitos.


Ricardo Mezavila, cientista político

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