Bolsonaro e Marcola (Foto: REUTERS/Mariana Greif | Reprodução)
Pesquisador Rodrigo Cassis resgatou áudio de 2001 de conversa entre Bolsonaro e Marcola: "no dia em que eu for ditador deste país, vamos resolver esse problema"
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O pesquisador e escritor Rodrigo Cassis, que escreveu cinco livros sobre Jair Bolsonaro (PL), resgatou um aúdio, datado de 21 de agosto de 2001, no qual o atual ocupante do Palácio do Planalto, na época deputado federal, conversa com Marco Willian Herbas Camacho, conhecido como Marcola, líder da facção criminosa PCC. No áudio, Bolsonaro defende a pena de morte e diz textualmente: "no dia em que eu for ditador deste país, vamos resolver esse problema. Pode ter certeza disso aí. Democraticamente, não vamos resolver nunca. É a mesma coisa de chover no molhado".
“Em 2001, Bolsonaro e Marcola ficaram frente a frente em um evento no Congresso. Eu analisei e a minha interpretação é a de que Marcola sai bem por cima de Bolsonaro. O então deputado fala por três minutos e meio contra 55 segundos do líder do PCC. Bolsonaro usa seu tempo pra fazer piadinha e tirar riso de Marcola”, diz Cassis no vídeo.
O jornalista Joaquim de Carvalho publicou uma reportagem na TV 247 em que analisa os áudios divulgados pelo pesquisador e observa que a política armamentista do governo Bolsonaro facilitou o acesso a armas de fogo e munições por parte do crime organizado, incluindo as milícias.
"Outro que diz que é implacável com o crime organizado é Sergio Moro, que foi corregedor de presídios federais no Paraná e sob sua jurisdição um caso de regalias com um chefão do crime organizado foi denunciado pela Folha de S. Paulo. O repórter José Maschio mostrou que no presídio federal de Catanduvas, construído pelo Lula, de segurança máxima, o Fernandinho Beira Mar tinha regalias”, diz Joaquim na reportagem. “Fica claro que o Moro pegou leve com o Fernandinho Beira Mar”, diz o jornalista mais à frente.
"Importante frisar que o discurso de combate ao crime organizado não resiste aos fatos ocorridos no âmbito da atuação dos dois”, ressalta Joaquim em referência ao ex-juiz suspeito e a Jair Bolsonaro.
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