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Jornal GGN - Em sua coluna na Folha, Janio de Freitas cutuca a ferida: quando foi que algum golpista se reconheceu como tal? O articulista traz o histórico de admoestações que Ricardo Lewandowski fez aos senadores, de que seriam juízes, e juízes não saem contando aos quatro ventos midiáticos como votarão antes mesmo de terem finalizado os procedimentos de acusação e defesa. E alardearam em má hora, já que peritos e instituições atestaram a falta de fundamentos da acusação.Além disso, Janio destaca que o discurso de Dilma, já como ex-presidente, colocou voz aos sentimentos de mais da metade do país, mas é preciso que se crie novas condições para que o Até Já da presidente possa se tornar mais efetivo. É preciso mudar essa conformação atual de poder no país. Leia o artigo a seguir.
da Folha
por Janio de Freitas
Em inúmeras vezes, nas sessões do impeachment que presidiu, o ministro Ricardo Lewandowski disse ao plenário, com pequenas variações de forma: "Neste julgamento, os senadores e senadoras são juízes, estão julgando". Entre os 81 juízes, mais de 70 declaravam o seu voto há semanas, e o confirmaram na prática. Um princípio clássico do direito, porém, dá como vicioso e sujeito à invalidação o julgamento de juiz que assuma posição antecipada sobre a acusação a ser julgada. O que houve no hospício –assim o Senado foi identificado por seu presidente, Renan Calheiros– não foi um julgamento.