quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Nada pode ser pior do que Dilma?

              https://blogdaboitempo.com.br/
diloma-senado
       

"O impeachment da presidenta Dilma conseguiu reunir as duas patologias da lei. Justiça com as próprias mãos e higienização de seus executores. Onde estão os que queriam a limpeza do país e diziam que Dilma era a primeira e depois viriam os outros? Onde estão os covardes que se escondem atrás da patologia da lei? Os que se juntam no 'bom senso' desaparecem na hora de assumir que quem quer fora Dilma, quer fora Temer. Caso contrário: golpe."

Temos um fascínio pela ideia de lei, pois ela representa o limite entre o que temos que aceitar e o que é possível mudar, no mundo, nos outros e em nós mesmos. A lei contém dentro de si tudo o que nós repudiamos e interditamos em nós mesmos, mas ao mesmo tempo condiciona nossa liberdade. Em nome da lei aceitamos violência, poder e força. Contudo, a lei pode tornar-se um fetiche quando se unifica em uma totalidade estática e imóvel e sem história. Isso ocorre quando as diferentes formas da lei, como as leis da natureza, a lei da gravidade, as leis de Deus, as leis do Estado e as pequenas leis que regulam nossa vida diária. Cada vez que alguém tem sua razão reconhecida temos o embrião de uma lei. Por isso, com relação às leis ocorre o mesmo que Descartes dizia do bom senso, ou seja, que ele é a coisa mais bem distribuída do mundo, ninguém se atribui sua falta e todos se arrogam possuí-la. Foi também o “bom senso” que estabeleceu que “nada poderia ser pior do que o governo Dilma Rousseff”.

o golpe de São Paulo Ltda. contra o Brasil, por arkx

            arkx // http://jornalggn.com.br/

este não é apenas um golpe da plutocracia contra o povo, é um golpe da Opus Dei paulistana contra o restante do país.

muito embora tenha urdido o mito de ser a moderna locomotiva puxando os vagões do atraso brasileiro, uma ilha bem sucedida arcando com o ônus de subsidiar uma federação parasitária, São Paulo Ltda. não passa da sede do rentismo brasileiro.

em São Paulo Ltda. está a sucursal brasileira do mercado financeiro globalizado, fazendo da SELIC nossa principal commodity de exportação.

Enterrados no 'buraco de Jackson'

Os estrategistas econômicos do capital estão preocupados porque a política monetária não está sendo capaz de tirar a economia mundial da estagnação.

              Por Michael Roberts * // www.cartamaior.com.br

A cada mês de agosto, os bancos centrais do mundo se reúnem em Jackson Hole, Wyoming, em meio às montanhas de Grand Teton, no meio-oeste dos Estados Unidos, para discutir o estado da economia mundial e o papel da política monetária e dos bancos centrais. Os chefes dos bancos centrais escutam os números apresentados pelos principais economistas “ortodoxos”, num simpósio de fim de semana. De uma forma geral, se trata de uma oportunidade para que o chefe da Reserva Federal dos Estados Unidos, o banco central hegemônico, faça um discurso delineando o que está sucedendo na economia estadunidense e a futura política monetária (e sua eficácia).

terça-feira, 6 de setembro de 2016

DENTRO DE MENWITH HILL - A base britânica da NSA no coração do programa de assassinatos seletivos dos EUA

                Ryan Gallagher // https://theintercept.com/

AS RUELAS ESTREITAS são calmas e tortuosas, cercadas por campos esverdeados e com raros sinais de vida, exceto os eventuais rebanhos de ovelhas. Mas, no horizonte, destacam-se estruturas que se assemelham a bolas de golfe gigantes, protegidas por uma grade perimetral coberta por arame farpado. Aqui, no coração da tranquila região campestre da Inglaterra, fica a maior base de espionagem no exterior da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA.

DEMOCRACIA - Que horas ela volta?

Patrões e classes médias percebem a melhora de vida das classes subalternas como ameaça a seus privilégios, e trabalhadores, apenas como fruto de seu esforço individual. Em comum, a alienação das lutas políticas e dos processos históricos que sustentam as dinâmicas sociais, e um mito de emancipação pelo consumo compar

              por Paulo Augusto André Balthazar // http://www.diplomatique.org.br/

Muitos já exploraram as possibilidades de análise da obra ficcional como manifestação da cultura e como forma concentrada da própria vida. É inegável a contribuição de Cervantes, Goethe, Balzac ou Kafka para a compreensão de grandes transformações nas sociedades europeias. Da mesma forma é conhecida a importância da literatura para a intelligentsia russa durante o período revolucionário e primeiros anos da república soviética.1 Uma hipótese para essas aproximações seria que em fases de grandes mudanças a dimensão dramática se sobrepõe às dimensões processuais, e as fronteiras entre realidade e ficção tornam-se menos nítidas.

Dia nacional da infâmia

Nem em seus piores pesadelos, o país previu o que passará a viver a partir deste mês de setembro de 2016.

           Eric Nepomuceno // www.cartamaior.com.br

Após outra maratônica sessão no plenário do Senado – com discursos que se prologaram até o último ser proferido às duas da madrugada, completando quinze horas no total –, chegou o momento da votação da destituição de Dilma Rousseff.

No final da tarde daquela terça (30/8), os aliados de Michel Temer diziam ter assegurados os 54 votos necessários para liquidar um mandato obtido graças aos 54 milhões 508 mil votos populares. Com a maioria do Senado a ser favor, e após um juízo político num processo que não comprovou crime de responsabilidade praticado por Dilma Rousseff, o antes vice-presidente Michel Temer assume a presidência de forma definitiva, e passa a ser a principal autoridade do país que abriga 206 milhões de habitantes, dos quais poco mais de 110 milhões são eleitores. Nenhum outro mandatário – exceto os generais da ditadura – alcançou a presidência de maneira tão infame como Michel Temer. Ele assume a cadeira presidencial, onde pretende se manter até o dia 31 de dezembro de 2018, graças a uma traição sedimentada por sua aliança com os derrotados nas quatro últimas eleições democráticas. Uma traição que só deu certo graças à ação imprescindível de um sócio incômodo, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, símbolo mais luminoso de uma constelação de corruptos que agora gravita ao redor de um presidente que, apesar de ser consagrado pelo Senado, é e continuará sendo moralmente ilegítimo.

O rio que desceu a Paulista já mudou o país

O noticiário borbulha de recuos e dúvidas 'da base' em relação à agenda de arrocho, vendida até domingo como 'salvação da lavoura'.

               por: Saul Leblon // www.cartamaior.com.br

O que era verdade no Brasil até sábado, deixou de sê-lo a partir de domingo.

Um banho de rua a renovou a agenda da nação.

O levante de 100 mil pessoas contra o golpe desautorizou a soberba conservadora e sacudiu a letargia de setores progressistas.

Gigantesca no tamanho, ampla na pluralidade e democrática nas bandeiras, a mobilização que tomou conta de São Paulo depois de o governo ter tentado proibi-la, reafirmou a experiência social: nas encruzilhadas da história, os fatos caminham à frente das ideias.

Boulos: a segunda fase do golpe

                http://outraspalavras.net/

Novamente com apoio da mídia — e em favor das grandes empresas — Temer lança ofensiva para atingir, o mais breve possível, aposentadorias, direitos trabalhistas, Saúde e Educação. Veja quais as iniciativas, para enfrentá-las

Por Guilherme Boulos

O Senado Federal consumou nesta quarta (31) o golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff: 61 votos senatoriais cassaram, numa eleição indireta, 54 milhões de votos populares. Mas isso é somente o prenúncio do que está por vir. O golpe, na verdade, está apenas começando.

Michel Temer, ainda como interino, já recebeu os primeiros avisos do mercado de que o prazo para apresentar “medidas consistentes” em defesa de seus interesses é o fim deste ano. A banca cobra a fatura. Afinal, quem mais poderia fazê-lo? Temer não foi eleito e, ao que tudo indica, não pretende disputar reeleição. Não precisa, pois, prestar contas a ninguém na sociedade a não ser àqueles que sustentaram a manobra que o levou do Jaburu ao Planalto.