quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O fascismo bate à porta

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Temer a anuncia proposta de mudança no ensino médio.
Temer a anuncia proposta de mudança no ensino médio.  EFE

A primeira atitude de Temer, entronizado, foi iniciar o desmonte das modestas, mas fundamentais conquistas obtidas sob os governos petistas


Se compreendermos o fascismo como o culto a um Estado autoritário, que prega a eliminação a qualquer custo dos adversários e ignora os direitos individuais, então, o Brasil vive um preocupante flerte com essa perigosa forma de governar. Os Três Poderes vêm dando mostras suficientes de rompimento com as regras básicas da democracia e, pouco a pouco, vai se instaurando um clima de violência política que nos empurra para um impasse somente visto nesse país quando estivemos sob o regime de exceção das ditaduras civis e militares.

A conspiração para afastar a presidenta Dilma Rousseff do poder, insuflada pelo vice-presidente Michel Temer, executada pelo Congresso Nacional e avalizada pelo Judiciário, colocou em xeque os pressupostos da nossa jovem e frágil democracia, cassando, por puro revanchismo, os votos de 54 milhões de brasileiros. E a primeira atitude de Michel Temer, entronizado, foi iniciar o desmonte, uma a uma, das modestas, mas fundamentais conquistas obtidas sob os governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

O golpe da reconquista

LEONARDO BOFF // http://www.brasil247.com/

O golpe de classe via parlamento é um processo que gerou uma cadeia de outros golpes com especial atropelo da ordem jurídica e constitucional. Os golpes são contra a diversidade social e de gênero, não mais representada no governo, golpe na cultura, golpe na saúde, golpe nos direitos sociais, golpe nas aposentadoria, golpe judicial e ultimamente golpe nas eleições. Estes golpes têm por detrás as oligarquias golpistas que utilizaram uma sagaz estratégia de conquistar setores do judiciário, do ministério publico, da polícia federal e do corpo de procuradores para conseguir seus fins.

“MP e Judiciário terão que ser passados a limpo. Não podemos mais fazer o que a gente fez”

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Marco Weissheimer

Membro do Ministério Público Federal desde 1987, subprocurador da República e ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff durante dois meses, Eugênio Aragão é hoje um dos mais duros críticos dos procedimentos adotados pela Operação Lava Jato que, em vários casos, ultrapassaram as fronteiras da legalidade, como foi o caso da escuta da presidenta da República autorizada e divulgada para a imprensa pelo juiz Sérgio Moro. Em entrevista ao Sul21, Eugênio Aragão define a Lava Jato como “uma das operações mais tortuosas da história do Ministério Público. “A gente sente claramente que os alvos são escolhidos. Há delações claras em relação a outros atores que não pertencem ao grupo do alvo escolhido e que simplesmente não são nem incomodados. Em relação aos alvos, a operação chega a ser perversa e contra a dignidade da pessoa humana”, critica.

O Brasil no jogo de tabuleiro mundial do petróleo, por Marco Aurélio Cabral Pinto

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O Brasil no jogo de tabuleiro mundial do petróleo, por Marco Aurélio Cabral Pinto
  
Por Marco Aurélio Cabral Pinto 

Conteúdo especial do projeto do Brasil Debate e SindipetroNF Diálogo Petroleiro

A aritmética do petróleo é bem simples e fácil de entender. Em 1995, o Brasil estava fora do clube dos grandes produtores. A Petrobras era estritamente empresa com investimentos em P&D em águas profundas. Uma espécie de NASA brasileira, com aumento histórico de reservas proporcional à profundidade alcançada nas explorações off-shore. Porque a tecnologia, majoritariamente nacional, avança gradualmente, o ritmo de incremento na produção não vinha sendo historicamente explosivo. Por isso, a empresa (e o país) não participavam, nos anos 1990, dos jogos de poder do topo do sistema mundo.

O desastre macriano na Argentina será o Brasil de amanhã?

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O desastre macriano na Argentina será o Brasil de amanhã?. 25177.jpegO desastre macriano na Argentina será o Brasil de amanhã?

Era para ter sido só mais uma sexta-feira de inverno em Mar del Plata. Tudo se resolveria com um discurso simples, recheado de lugares comuns e uma partida tranquila. Contudo, Maurício Macri, presidente da Argentina, não conseguiu discursar mais do que dez minutos.

Restauração neoliberal de Macri provoca recessão, desemprego e disparada de preços. Popularidade despenca e apenas a grande mídia comemora. Será o futuro de Temer?

por Cauê Ameni e Hugo Albuquerque - Carta Capital

Macri em fórum de investimento em Buenos Aires, em 15 de setembro: ele representa a volta do neoliberalismo (Eitan Abramovic / AFP)

CENÁRIO NEBULOSO - Hesitações pós-golpe podem trazer danos para além de 2018

Diante da agressão à democracia consumada em 31 de agosto de 2016, o campo progressista tem agora o desafio da união em torno de uma política de frente

por Por Eduardo Maretti // http://www.redebrasilatual.com.br/
MARCIA MINILLO/RBA
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Paulista, 4 de setembro de 2016: mais de 100 mil por 'Fora, Temer' e 'Diretas Já'

As forças progressistas e democráticas do país têm diante de si uma tarefa que pode ser associada metaforicamente ao mito grego conhecido como Os Doze Trabalhos de Hércules. As dificuldades são imensas, em decorrência tanto de conhecidos erros políticos cometidos pelo PT no governo, quanto da sofisticação do golpe parlamentar consumado em 31 de agosto de 2016. Ainda é cedo para previsões confiáveis num cenário ainda nebuloso. "O horizonte de análise do cenário político ainda está muito curto. É como dirigir sob neblina, você não enxerga muito bem o que está à frente", diz o cientista político Leonardo Barreto, da Universidade de Brasília (UnB).

O Brasil está sofrendo uma agressão imperialista comparável às guerras contra o Iraque e a Líbia

             http://www.ocafezinho.com/
Charge: Vitor Teixeira

Apontar para a cabeça da besta

por Fernando Rosa, em seu blog

Os últimos discursos de Lula foram corretos ao defender as instituições, a legalidade, o papel do PT e os seus governos. É inegável que o Brasil mudou nesses últimos anos, cresceu, incluiu e afirmou sua soberania. O mundo, ou boa parte dele, sabe disso e por isso organiza a campanha #Standwithlula. No entanto, nesse momento, se isso fortalece em parte a defesa, por outra é insuficiente para enfrentar o inimigo.

E com vocês, a Petrobrax!

Ao contrário do que pretende nos enganar o libelo privatista, a maior parte das grandes petroleiras do planeta é composta de empresas públicas.

            Paulo Kliass * // www.cartamaior.com.br

Em um país que costuma apagar rapidamente eventos históricos importantes de sua memória coletiva, nunca é demais recuperar fatos carregados de significado. Tanto mais pelo simples fato de que, muitas vezes, tendem a se repetir por aqui ensaios esfarrapados, como se fossem a maior novidade da face da Terra.