segunda-feira, 10 de outubro de 2016

O Ministério Público arrosta os limites do ridículo

           Luis Nassif // http://jornalggn.com.br/

Seria ridículo não fosse trágico para a democracia, a tal denúncia do Ministério Público do Distrito Federal contra Lula e a Odebrecht.

O Estadão sauda em letras garrafais, desinformando que a denúncia partiu da Procuradoria. Só no texto se fica sabendo que é da Procuradoria do Distrito Federal.

Na denúncia, os procuradores Francisco Guilherme Bastos, Ivan Cláudio Marx e Luciana Loureiro Oliveira praticam a forma de manipulação que já denunciei no Xadrez. Juntam fatos dispersos, decisões de política pública, e encaixam a marteladas relações de causalidade.

Golpe quer impor arrocho social por 20 anos, tempo que durou a ditadura

Redação // www.cartamaior.com.br
Pedro Paulo Zahluth Bastos e Luiz Gonzaga Belluzzo:

Crises econômicas evidenciam reducionismo de modelos teóricos

Em novembro de 2008, a rainha Elizabeth 2ª ousou fazer a pergunta que os sábios da London School of Economics não queriam ouvir: por que nenhum previu a crise financeira de 2008? A pergunta perturbava a ortodoxia neoclássica, e a comissão formada ofereceu à rainha uma resposta singela: houve uma falha coletiva de "imaginação" de economistas que viam árvores, mas não a floresta.

O país do passado

O Brasil começa seu regresso à condição de colônia, como manda a casa-grande e aprovam, horribile dictu, vários moradores da senzala

              por Mino Carta // http://www.cartacapital.com.br/
O governo acaba de lançar uma campanha publicitária à sombra do lema “Vamos tirar o Brasil do vermelho”. Campanha maciça e longa, para a alegria da mídia nativa. O slogan seria da lavra do secretário-executivo dos Programas de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco, e sutilmente teria duplo sentido: de um lado indicaria a determinação de executar um plano de ajuste fiscal feroz, do outro afirmaria o propósito de liquidar de vez a esquerda vermelha. Lembrei-me do tempo em que se acreditava na presença, atrás de cada esquina, de devoradores de criancinhas.

A esquerda precisa centrar no legislativo

            http://jornalggn.com.br/

do blog do Marcio Valley

A presidência de coalizão era, continua sendo e será ainda por muito a única alternativa política no Brasil para o exercício do poder executivo. Trata-se de um arranjo maquiavélico, de fato, possuindo o mesmo efeito bumerangue pontificado por Maquiavel sobre as tropas compostas por mercenários: um dia elas se voltam contra o contratante. Afinal de contas, às vezes a intermediação deixa de ser necessária ou conveniente e os mercenários resolvem tomar a liderança daquele a quem mantinham no poder. A força física é dos mercenários e não do comandante.

Economia afunda e mídia tenta salvar Temer

                ALTAMIRO BORGES // http://www.brasil247.com/
Beto Barata
A mídia chapa-branca, que por seu protagonismo no 'golpe dos corruptos' passou a ser agraciada com generosos aumentos das verbas publicitárias, tem feito um baita esforço para esconder o agravamento da crise econômica brasileira. Os famosos "urubólogos", que durante o governo Dilma juravam que o país já queimava no inferno, agora esbanjam otimismo - talvez para justificar a propina do Palácio do Planalto. Antes, eles berravam: a economia está ruim e vai piorar! Agora, eles juram que até os dados negativos sinalizam uma melhora no futuro! Bastou o impeachment de Dilma e o assalto ao poder da gangue de Michel Temer para o Brasil deixar o inferno e ingressar no paraíso.

domingo, 9 de outubro de 2016

As aflições de Kerry são indescritíveis

http://resistir.info/ // por M K Bhadrakumar [*]
Sistema S-300 de defesa aérea.


Os Estados Unidos pediram o julgamento da Rússia por cometer crimes de guerra na Síria. O secretário de Estado John Kerry disse em Washington na sexta-feira: "A Rússia e o regime (sírio) devem ao mundo mais do que uma explicação... Trata-se de actos que pedem uma investigação adequada de crimes de guerra. E aqueles que os cometem deveriam ser responsabilizados... Também precisamos manter a pressão sobre a Rússia em relação à implementação do acordo de Minsk (sobre a Ucrânia). E.. deixamos claro publicamente que se não pudermos implementar Minsk nos próximos meses ou chegarmos a um plano claro de como exactamente vai ser implementado... então será absolutamente necessário renovar as sanções (contra a Rússia)". 

Se EUA atacarem a Síria, esperem resposta assimétrica

http://port.pravda.ru/
Se EUA atacarem a Síria, esperem resposta assimétrica. 25242.jpegAs tensões entre Rússia e EUA alcançaram nível sem precedentes. Concordo integralmente com os participantes dessa edição de CrossTalk -, para os quais a situação e pior e ainda mais perigosa que durante a Crise dos Mísseis Cubanos. Os dois lados estão partindo para o chamado "Plano B" que, dito em termos simples, significa, no melhor dos casos, fim das negociações; e, no pior, guerra entre Rússia e EUA.

O dado chave a compreender na posição dos russos nesse conflito, como em outros conflitos recentes com os EUA é quea Rússia ainda é muito mais fraca que os EUA e, assim sendo, a Rússia não quer guerra. Não implica dizer que o país não esteja preparando-se ativamente para a guerra. Sim, é isso, precisamente, que a Rússia faz muito e muito ativamente. O significado desse dado chave é que, no caso de que chegue a haver conflito, a Rússia se empenhará muito, o mais possível, em mantê-lo o mais limitado possível.

Dilema da esquerda, por Marcio Pochmann

A Nova República é marcada por ciclos de auge e decadência que se repetem; ao fim de cada período, a corrupção alimenta o desejo de mudança e agora a esquerda se vê diante dos desafios do futuro
 
 
RBA // http://jornalggn.com.br/
 
Dilema da esquerda: repetir o passado ou buscar novo alinhamento programático
 
por Marcio Pochmann 
 
O ciclo político da Nova República, a partir de 1985, tem produzido sucessivas fases de auge e crise nas principais agremiações partidárias. A herança do bipartidarismo consentido pela Ditadura Militar (1964 – 1985), sem a realização efetiva de uma reforma política estrutural, conforme pleiteado pelo documento Esperança e Mudança, de 1982, terminou parindo no regime democrático o pluripartidarismo sustentado pelo pragmatismo sem conteúdo programático e pelo personalismo oportunista das trajetórias individuais dos mandatos.