sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Duas semanas que abalaram Curitiba – Sérgio Moro vira réu em Genebra e risco de prisão de Lula é página virada

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(Foto: Pedro de Oliveira)
Por Bajonas Teixeira, colunista de política do Cafezinho
Posto sob os holofotes da corte da ONU em Genebra, Sérgio Moro já nem em sonhos se atreverá a prender Lula. Mas, nas últimas duas semanas, começando no dia 13 de outubro, tudo parecia apontar para a prisão do ex-presidente. Videntes até previam o dia e a hora. Desde o início dessa semana, contudo, a situação começou a se reverter com a crise institucional aberta por Renan Calheiros contra a Lava Jato. E anteontem, no dia 26, deu uma virada completa com o anúncio da decisão da ONU.

A operação Lava-jato, segundo Moro

Moro destaca como essencial para o sucesso da mani pulite as prisões 'pré-julgamento', ensejadoras da coação sem a qual as delações não seriam possíveis.

        Roberto Amaral , em seu blog // http://cartamaior.com.br/

Os sucessos objetivos, mediáticos e ideológicos do que hoje se intitula ‘Operação Lava-jato’, com seus erros e acertos, é a reprodução, quase mutatis mutandi, da italiana mani pulite, que tem no juiz Sérgio Moro, no Brasil, seu principal cavaleiro e seu escrivão, seu principal teórico e seu principal executante, pois o que se vê, e o que ainda se verá, entre nós, já podia ser lido em seu artigo “Considerações sobre a ‘Operação Mani pulite’” (R. CEJ. Brasília.n.26. p. 56-62. Jul/set.2004). Destaco o ano de publicação (2004) e lembro que a operação brasileira foi desencadeada em 2014.

A operação italiana terminou numa farsa – a eleição de Berlusconi; a crise política brasileira rapidamente transita para uma crise institucional que pode cobrar alto preço à democracia representativa.

Lula, 71 anos de uma criação coletiva do povo brasileiro

A emergência luminosa das ocupações estudantis é um exemplo do que a participação pode fazer para destravar os gargalos do país. Quem pode vocalizar isso?

                por: Saul Leblon // http://cartamaior.com.br/

Lula não começa nem termina nele mesmo.

Num dos comícios da campanha de 2002, o então candidato Luís Inácio Lula da Silva assim se definiu: ‘Eu sou uma criação das lutas sociais do povo brasileiro’.

Essa síntese completa agora 71 anos.

Quantos setenta e um anos serão necessários para surgir uma outra personificação do geral no particular que expresse o conjunto e ainda seja capaz de ter a intuição, a vivacidade, a força e a singularidade cativante de carne e osso de um Lula?

O golpe será televisionado

por Sergio Lirio // http://www.cartacapital.com.br/

Reconcentração de verbas publicitárias na mídia tradicional, perseguição às vozes dissonantes, desmonte da tevê pública... Temer paga a conta

                        Beto Barata/PR
Michel Temer
Bastará a maquiagem?
"Uma luz no fim do túnel”, decreta o editorial de O Estado de S. Paulo da terça-feira 11, dia seguinte à aprovação na Câmara dos Deputados da emenda constitucional que limita os gastos em saúde e educação.
“Piso para o futuro”, proclamava o editorial da Folha de S.Paulo do dia anterior, em defesa da mesma emenda.
“Pós-impeachment destrava negócios e atrai estrangeiros”, comemora a manchete da sexta-feira 14 do Valor Econômico.

Transição à ditadura

Por Luis Felipe Miguel. // https://blogdaboitempo.com.br/
lfmiguel-passagem-a-ditadura

Assim como sofremos um golpe de novo tipo, estamos vivendo o início de uma ditadura de novo tipo – a palavra “ditadura” pode parecer excessiva, mas é exatamente disto que se trata.

Entrei na universidade no mesmo mês em que um civil voltou à presidência da República no Brasil. Depois de mais de vinte anos de regime autoritário, estávamos frente à possibilidade de reconstruir um governo baseado na soberania popular. Esta conjuntura impactou o ambiente em que eu estava entrando; em toda a minha formação acadêmica, da graduação ao doutorado, um tema central de debate, se não o tema central do debate, foi a transição à democracia. Pois na quadra atual da vida brasileira, uma nova agenda de pesquisa se abre: a transição à ditadura.

Socialismo ou Barbárie

http://port.pravda.ru/
Socialismo ou Barbárie. 25342.jpegTodo mundo conhece a história do elefante solto dentro de uma loja de cristais. Ele destrói tudo, não porque é mau, mas porque é um elefante e está num lugar inadequado para sua força e tamanho.

A analogia com o sistema capitalista é óbvia. O capitalismo destrói todos os valores humanos em sua volta, não porque é intrinsicamente mau, mas porque é incompatível com a ideia de civilização.

Ele provoca guerras, a pobreza e a destruição da natureza e reintroduz a barbárie nas relações humanas.

Venezuela conflagrada (2): Uma possível alternativa

Nicolas Maduro confraterniza com apoiadores. Apesar da recessão e desabastecimento, herança do chavismo continua a mobilizar multidões. Saberão vencer a maré conservadora?

Chavismo não está condenado. Suas vastas conquistas políticas e sociais podem ser preservadas. Mas é preciso corrigir erros graves e romper tabus — o que parte da esquerda teima em não enxergar

Por Mark Weisbrot | Tradução: Inês Castilho // http://outraspalavras.net/

De falta de firmeza, ninguém poderá acusar o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, e seus companheiros. Em meio a uma imensa onda conservadora — que varre a América do Sul e agora incendeia novamente seu país –, eles resistem. Na quarta-feira, ao voltar de uma bateria de encontros com governantes de países petroleiros, Maduro retomou a iniciativa política. Anunciou que estará presente a uma tentativa de conciliação, mediada por um enviado do Vaticano, no domingo (a oposição agora divide-se entre participar ou boicotar). Ao mesmo tempo, convocou para hoje uma grande manifestação popular em Caracas, para se contrapor às centenas de milhares mobilizadas, ontem, pela direita. Na Venezuela, a luta de classes parece dar-se sempre à flor da pele, sem hipocrisias.

Temer 241, o estelionato eleitoral e o Brasil em coma induzido

                http://www.carosamigos.com.br/

Por Décio Semensatto

O código penal, em seu artigo 241, estabelece como crime “Promover no registro civil a inscrição de nascimento inexistente”. Pois bem, numa analogia com o número da PEC é o que Temer e o Congresso Nacional estão promovendo: registrando na Constituição Federal o nascimento de um País que não existe. Com a PEC 241, o Brasil passará a conjugar suas realizações no futuro do pretérito. Seríamos. Faríamos. Avançaríamos.