quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Morador do DF diz ter recebido aumento IPTU por casa de brinquedo; governo nega

Casinha de brinquedo feita de material reciclável em terreno em Sobradinho, no Distrito Federal (Foto: TV Globo/Reprodução)

Por G1 DF e TV Globo

Conta subiu R$ 340 por casinha feita de material reciclável para menino de 5 anos, diz família. Secretaria de Fazenda reconhece erro em atendimento, mas nega taxação e diz ter revisto imposto.

Um morador de Sobradinho, região administrativa do Distrito Federal, diz ter recebido um aumento de R$ 340 na conta de IPTU por uma casa de papelão que construiu para o filho de cinco anos brincar nos fundos da casa. A família havia juntado caixinhas de leite durante seis meses. O governo nega.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

O declínio do império militar americano

Suplantados econômica e cientificamente, EUA preparam-se para reagir no único terreno em que mantêm supremacia. Mas a aposta pode estar furada

Suplantados econômica e cientificamente, EUA preparam-se para reagir no único terreno em que mantêm supremacia. Mas os cenários para uma III Guerra Mundial sugerem: a aposta pode estar furada. O que Pequim tem a ver com isso?

Por Alfred W. McCoy, na edição inglesa do Le Monde Diplomatique | Tradução: Maurício Ayer
Esse texto foi adaptado e expandido a partir do novo livro de Alfred W. McCoy, In the Shadows of the American Century: The Rise and Decline of U.S. Global Power [Nas sombras do século americano: Ascensão e Declílio do Poder Global dos EUA, sem edição em português], Haymarket Books, Chicago, 2017
Nos últimos 50 anos, os governantes norte-americanos estiveram absolutamente confiantes de que poderiam sofrer contratempos militares em lugares como Cuba ou Vietnã sem ter seu sistema de hegemonia global, sustentado pela economia mais rica e o mais sofisticado aparato militar do mundo, afetado. O país era, afinal, a “nação indispensável” do planeta, como a secretária de Estado Madeleine Albright proclamou em 1998 (e outros presidentes e políticos reiteraram desde então). Os EUA gozaram da maior “disparidade de poder” com seus pretensos rivais do que qualquer império que já tenha existido, como anunciou o historiador de Yale, Paul Kennedy, em 2002. Certamente, poderia permanecer como “a única superpotência pelas próximas décadas”, nos assegurou a revista Foreign Affairs no ano passado. Ao longo da campanha de 2016, o candidato Donald Trump prometeu aos seus apoiadores que “nós vamos vencer com força militar… vamos vencer tanto que vocês vão até ficar cansados de vencer”. Em agosto, enquanto anunciava sua decisão de mandar mais tropas ao Afeganistão, Trump asseverou à nação: “A cada geração, enfrentamos o mal, e sempre o superamos”. Neste mundo em rápida mudança, apenas uma coisa era certa: quando era para valer, os Estados Unidos nunca podiam perder.

A TRUCULÊNCIA DO ESTADO CONTRA AS UNIVERSIDADES FEDERAIS



No mesmo dia em que o novo diretor-geral da Polícia Federal jantou com um réu do mensalão tucano em uma festa, oito membros da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foram conduzidos coercitivamente para a delegacia. Eles são acusados de desviar recursos públicos destinados à construção do Memorial da Anistia Política do Brasil, um projeto do Ministério da Justiça e da universidade. A ação faz parte de uma devassaque a PF tem feito desde o ano passado nas universidades públicas de todo o país.

Colunista do Piauí critica preconceito da Folha e diz que teria orgulho de votar em Dilma para o Senado

UOL, portal ligado à Folha de S.Paulo, fala da candidatura de Dilma ao Senado pelo Piauí e exala preconceito, por meio de seu colunista Josias de Souza.

Da Redação*

Oscar de Barros, blogueiro do 180, do Piauí, criticou o jornal Folha de S.Paulo e afirmou que teria orgulho de votar na ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) ao Senado Federal:

A Folha de São Paulo é um jornal golpista.

Foi assim em 2016 ao apoiar o impeachment de Dilma Rousseff, mas já havia apoiado outros golpes – como a ditadura de 1964.

A Folha de São Paulo, assim como seu concorrente direto – o Estado de São Paulo –, são estruturas de comunicação criadas por e para a defesa da elite paulista e paulistana. Eles acreditam no que São Paulo chamou de “Revolução de 1932” (outra tentativa de golpe dos paulistas).

Xadrez da grande bacanal pós-impeachment

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Xadrez da grande bacanal pós-impeachment


Luis Nassif

Esta semana dei uma palestra no encontro da ANDIFES (Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior). No encontro, a mesma dúvida: qual o prazo de validade do modelo econômico e social que está sendo implementado com a tomada do poder pela organização criminosa liderada por Eduardo Cunha?

Ouso dizer que é curto.

Acompanhe o raciocínio.

Peça 1 - a legitimação de Collor e FHC

Fernando Collor ganhou a presidência por mérito próprio, por ter entendido, antes dos demais candidatos, os novos ventos que surgiam.

No plano interno, a enorme ojeriza à centralização brasiliense, remanescente do regime militar; e a desconfiança em relação aos quadros políticos que se apossaram do poder, no governo José Sarney.

O pior do grande encarceramento brasileiro é o que ainda está por vir

Hospital custódia em Belém/PA. Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ

Marcelo Semer
Juiz de Direito em SP

O relatório do Infopen-2016 chamou a atenção para fatos alarmantes. Não apenas ultrapassamos o limite dos 720,000 presos, atingindo a terceira maior população carcerária do mundo, como somos o único país dos grandes encarceradores, que permanece nesse ritmo vertiginoso. Nossa virada punitiva parece não ter fim.

Nas últimas três décadas do século XX, pondo fim ao que se acostumou chamar de trinta anos gloriosos do hemisfério norte no pós-guerra, universalizou-se um movimento de recrudescimento da prisão. O fim do fordismo, a crise do petróleo, a recessão mundial, enfim, o final do século XX chegou aos países industrializados com a retomada de uma expansão punitiva (o segundo grande internamento, como diz Alessandro Di Giorgi[1]) que atingiu, nos Estados Unidos, o seu ponto mais alto: o encarceramento em massa de mais de dois milhões de presos.

Doutrina do choque: a direita produz o caos para impor sua política, por Reginaldo Moraes


Segundo Naomi Klein, a técnica usada para ditar ‘ajustes’ a determinadas sociedades é a mesma da submissão aplicada aos prisioneiros torturados para fornecer informação a organizações como CIA e polícia secreta israelense

no Brasil Debate


por Reginaldo Moraes

Faz alguns anos, a escritora canadense Naomi Klein publicou um livro de grande interesse para entendermos o tempo em que vivemos. Chama-se A Doutrina do Choque. O livro mostra em detalhes várias situações em que um mesmo modo de operar foi utilizado por forças reacionárias para impor “ajustes” que os cidadãos rejeitariam em condições normais. O modo de operar é aproveitar ou criar um clima de choque.

Ela diz que esse é o “método preferencial para promover os objetivos das corporações: aproveitar os momentos de trauma coletivo e implementar uma engenharia social e econômica radical.”

CARNAVAL 2018 – ABRE-ALAS DO GOLPE