quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Odebrecht e Andrade Gutierrez apresentam recibos do pagamento de propina a Aécio Neves

Sugestão de Nelson Moreira Sobrinho

Odebrecht confirma que Aécio recebeu R$ 50 milhões por meio de offshore

Executivo diz que conta está vinculada ao empresário Alexandre Accioly

A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF) encontraram novos indícios que, de acordo com os investigadores, reforçam a suspeita de que o senador Aécio Neves recebeu propina para atuar em nome de empreiteiras na construção da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia

Tema de inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), a acusação contra o tucano foi relatada por ex-executivos da Odebrecht em acordos de colaboração premiada. E teve impacto direto na delação de outra empreiteira, a Andrade Gutierrez, que foi obrigada a esclarecer sua participação no episódio. De acordo com os executivos da Odebrecht, Aécio recebeu R$ 50 milhões, repassados pela Odebrecht (R$ 30 milhões) e pela Andrade Gutierrez (R$ 20 milhões).

Guerra do Paraguai – o que não te contaram é o que importa


Por Wellington Calasans, para O Cafezinho
https://www.ocafezinho.com/

Muito pouco sabemos sobre a “Guerra do Paraguai contra a Tríplice Aliança”. A história narrada até aqui, meio sob sussurros, nos esconde a figura heróica, diplomática e perseguida do Marechal Francisco Solano López, homem que intermediou com total êxito o “Pacto de São José de Flores”, de 1859. Exatamente por isto, Solano provocou a fúria dos ingleses, verdadeiros artífices da tramóia que uniu Brasil, Argentina e Uruguai para a ofensiva contra os paraguaios.

O livro “El Mariscal Francisco Solano López, artífice de la Unificación Argentina”, de Rodolfo Báez Valenzuela, tem sido apresentado na Argentina e Paraguai como uma obra admirável de 300 páginas. Se é necessário, tem o “atestado de verdade” por ter sido escrito e pesquisado por este paraguaio, residente na Argentina, que é economista de profissão, político por vocação e pesquisador de história por hobby. Rodolfo (86 anos) é aquilo que podemos chamar de “cidadão do mundo por obrigação”.

O futuro da Embraer



Fruto do idealismo de gerações de oficiais da nossa Força Aérea, entre eles o Marechal do Ar Casimiro Montenegro, o Ministro Osiris Silva e o Brigadeiro Sergio Ferolla, a EMBRAER, ao longo dos seus 48 anos de existência, firmou-se, tal como a PETROBRÁS, a ELETROBRÁS e a EMBRATEL, como símbolo da capacidade criadora do povo brasileiro.

Ancora hoje no vale do Paraíba inúmeras indústrias metal-mecânicas e eletro-eletrônicas nacionais e estrangeiras, emprega diretamente 18.000 pessoas, das quais 7.000 engenheiros, sendo que mais de 5.000 ligados à produção e à inovação. Para sobreviver em mercado dominado por gigantes da indústria aeronáutica, com bases industrial e tecnológica muito mais avançadas, a EMBRAER buscou nichos de mercado: na aviação civil, aeronaves de pequeno e de médio porte para atender à aviação executiva e regional, de crescente importância não só aqui no Brasil, como em países com grande território e população, como os EUA, Rússia, China e Índia, e na aviação militar com aeronaves Tucano de treinamento básico, Super Tucano de treinamento avançado e ataque leve, e AMX de ataque.

Meirelles faz dos Estados uma boiada rumo ao matadouro

Antonio Cruz/ Agência Brasil


Rio Grande do Norte saiu da fase da crise para entrar no caos. Outros Estados se seguirão. Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, entre os grandes, estão na mesma trilha de total desmantelamento de suas funções de governo. Mesmo São Paulo, o mais rico de todos, está cancelando ou adiando pagamentos de professores universitários por falta de orçamento. Breve toda a República sucumbirá, se ainda já não sucumbiu, à destruição de seus sistemas de saúde, de educação e de segurança pública, entre outros.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Doleiro silenciou à Receita contrato com mulher de Moro


Por Joaquim de Carvalho
Do DCM


Esta reportagem foi financiada através de um crowdfunding do DCM sobre as origens da Lava Jato

Depois que a coluna Radar, da Veja, informou que o Ministério Público omitiu da investigação da Lava Jato documentos que mostravam a relação profissional de Rosângela Moro com o escritório de advocacia de Rodrigo Tacla Durán, começam a surgir outros dados que dão clareza a fatos que são suspeitos.

No mínimo, reforçam os argumentos de que Sergio Moro não tem isenção para conduzir os processos da Lava Jato.

A indústria do espírito

Burguesia ocidental é o objetivo de uma operação mercantil que se fundamenta em um novo narcisismo


O filósofo Daniel Dennett propõe uma fórmula para alcançar a felicidade: “Procure algo mais importante que você e dedique sua vida a isso”.

Essa fórmula vai na contracorrente do que propõe a indústria do espírito no século XXI, que nos diz que não há felicidade maior do que essa que sai de dentro de si mesmo, o que pode ser verdade no caso de um monge tibetano, mas não para quem é o objeto da indústria do espírito, o atribulado cidadão comum do Ocidente que costuma encontrar a felicidade do lado de fora, em outra pessoa, no seu entorno familiar e social, em seu trabalho, em um passatempo, etc.

Trocando em miúdos: por que auxílio-moradia percebido fora da hipótese legal pode configurar peculato?



A revolta contra benesses autoconcedidas por carreiras de estado está começando a tomar corpo na sociedade. Com direitos extintos em detrimento do trabalhador comum, causa inconformação a cultura de alguns estamentos da administração, de se servirem dos recursos públicos para aumentarem, sem previsão legal, as receitas pessoais de seus atores.

Os juízes e os membros do Ministério Público são a bola da vez. Adotaram, ao longo dos últimos anos de turbulência política, discurso moralista contra tudo que lhes pareceu leniente no trato com a coisa pública, rufando tambores do direito penal para intimidar a política como um todo. Tentaram deslegitimar a soberania popular, para substituí-la pelo poder da burocracia. Burocracia autocrática, que acha que não deve satisfação a ninguém. E os que criticaram essa mudança de eixo na distribuição de poderes logo caíram na suspeição de serem defensores de corruptos.

Maluf merece o castigo

REUTERS/Leonardo Benassatto


O que mais espanta na tardia prisão de Paulo Maluf não é a justiça lerda e crepuscular, pois Judiciário sempre foi e continua falho: protege os ricos e corruptos e penaliza os pobres e indefesos. Também não espanta a reação da direita política, da qual Maluf foi um ícone e hoje é quase um aposentado, mas não a ponto de não defender Temer na Comissão de Constituição e Justiça, no último dia 17 de outubro. Também não espanta a leniência liberal-corrupta, sempre pronta a defender aqueles que praticam atos lesivos ao bem público, como fez Temer no vergonhoso indulto de Natal. O que mais espanta são as reações de alguns analistas e pessoas de esquerda, que se apiedaram do velho cacique civil da ditadura militar.