segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

O julgamento de Lula no TRF-4: ou, a Operação Lava Jato no banco dos réus


O julgamento de Lula no TRF-4: ou, a Operação Lava Jato no banco dos réus

por William Nozaki

A Lava Jato como agente da desconstrução de um projeto nacional:

A Operação Lava Jato, iniciada em março de 2014, caminha para o seu quarto ano próxima de enfrentar um de seus maiores testes no próximo dia 24 de janeiro: o julgamento em segunda instância do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.

O combate e a prevenção contra a corrupção são desafios fundamentais para a construção de uma sociedade efetivamente republicana no Brasil. Entretanto, os desembargadores, juízes, procuradores e policiais que atuam na Operação Lava Jato não tem o direito, tampouco mandato, para se apresentarem como detentores de um monopólio moral cuja suposta finalidade seria higienizar o Estado e a política no país.

Saneamento, tema oculto

Milhões de brasileiros vivem às margens de águas imundas. Os rios urbanos estão mortos. Mas tema está ausente do debate nacional — talvez por afetar, principalmente, periferias invisíveis

Por Sucena Shkrada Resk, em Cidadãos do Mundo

Falar sobre a situação do esgotamento sanitário no Brasil é um assunto “espinhoso”, imprescindível, mas que raramente faz parte da pauta de campanhas políticas nacionais, estaduais e municipais e de programas de gestão pública de boa parte de municípios deste Brasil de proporções continentais. A constatação se dá pelos fatos: estamos em 2018 e 45% da população brasileira ou 93,6 milhões de pessoas não têm acesso a tratamento de esgoto. O resultado desta falta de foco em infraestrutura no país é o despejo diário de 9,1 mil toneladas nos corpos d`água, de lagos a rios, que estão morrendo e revelando um dos aspectos mais complexos que envolve o tema da crise hídrica. Os 106 municípios com mais de 250 mil habitantes são responsáveis por 48% desta descarga.

Entre parologismos e sofismas, as falácias de Moro

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Principais estudiosos brasileiros de Lógica recomendam livro que disseca sentença do juiz contra Lula, identificando erros primários de raciocínio e intenção deliberada de iludir
Leia a íntegra do manifesto:
Está para ser lançado o livro Falácias de Moro: Análise Lógica da Sentença Condenatória de Luiz Inácio Lula da Silva, de autoria de Euclides Mance, filósofo, professor de Filosofia do Método Científico e de Lógica, ex-docente da Universidade Federal do Paraná e atualmente integrante da coordenação geral do Instituto de Filosofia da Libertação.

OS FILHOS DO QUARTO!

     Reprodução

Cassiana Tardivo*
Sugestão de Nelson Moreira Sobrinho

Antes perdíamos filhos nos rios, nos matos, nos mares, hoje temos perdido eles dentro do quarto!

Quando brincavam nos quintais ouvíamos suas vozes, escutávamos suas fantasias e ao ouvi-los, mesmo a distância, sabíamos o que se passava em suas mentes.

Quando entravam em casa não existia uma TV em cada quarto, nem dispositivos eletrônicos em suas mãos.

Hoje não escutamos suas vozes, não ouvimos seus pensamentos e fantasias, as crianças estão ali, dentro de seus quartos, e por isso pensamos estarem em segurança.

Os vivos-mortos e a hora do confronto


Os vivos-mortos e a hora do confronto

por Aldo Fornazieri 

As denúncias envolvendo os mal-feitos de Bolsonaro e de seus filhos representam a queda do último baluarte do golpismo. Em poucos meses, Bolsonaro virará quase nada. Ele foi o último refugio das hordas moralistas iradas que tomaram as ruas para derrubar a presidente Dilma. Foi, sem dúvida, um impressionante clamor por moralidade. Mas foi um movimento comandado por moralistas sem moral, por hipócritas de todas as espécies, por cínicos, por despudorados. Uns queriam o poder para se salvarem. Outros o queriam para continuar na senda do crime e da corrupção. Quase todos queriam bloquear e reduzir as parcas conquistas de direitos e de bem estar por parte dos mais pobres.

domingo, 21 de janeiro de 2018

Alô, classe média: a precarização do trabalho vai pegar você

classmed


A classe média, tola como é, acha que a precarização do trabalho vai atingir apenas os “inferiores” – faxineiras, vendedores, a turma sem qualificação – faria bem em ler a entrevista do  sociólogo Ruy Braga, professor da Universidade de São Paulo, na Folha deste domingo.
Ele antecipa o que, no jornalismo, já sabemos que vem crescendo, a precarização do trabalho: não temos mais emprego, mas apenas trabalho sem direitos, em troca do benefício “imediato” de ser “pessoa juridica”.

Ditadura da toga mostra poder com algemas e corrente


RIBAMAR FONSECA
https://www.brasil247.com/

A ditadura da toga, que se consolidou no Brasil com a cumplicidade da mídia – a mesma que apoia todos os golpes – a cada dia deixa mais visível o estado de exceção em que mergulhou o país. Além da escandalosa perseguição ao ex-presidente Lula, condenada até por deputados norte-americanos, o Judiciário decidiu também adotar métodos medievais para conduzir e humilhar os seus presos: por decisão do juiz Sergio Moro, sempre ele, o ex-governador Sergio Cabral, já condenado praticamente à prisão perpétua, foi transferido do Rio para a Guatânamo de Curitiba e levado ao IML, para exame de corpo de delito, algemado e acorrentado nos pés, como se fosse um escravo ou um bandido de alta periculosidade. Pra quê? Qual o perigo que ele poderia representar para a segurança da sociedade?

Cicinho: “Me preparei para chegar ao sucesso, mas não para mantê-lo”

Recém-contratado pelo Brasiliense, o ex-lateral da seleção se arrepende de ter trocado o Real Madrid por dinheiro e conta como a depressão e o alcoolismo frearam sua carreira


Cicinho, defendendo o Real Madrid, em 2006. AFP


Hoje, Cicinho, com passagens por Real Madrid, Roma e São Paulo, faz sua estreia pelo Brasiliense – clube que já figurou na Série A do Campeonato Brasileiro, mas atualmente está na última divisão nacional. Aos 37 anos, ele se motiva por um desafio de longo prazo: reconduzir a equipe de Taguatinga, no Distrito Federal, à elite do futebol. Em entrevista ao EL PAÍS, o ex-lateral da seleção brasileira reconhece que o alcoolismo e o deslumbramento com o sucesso prejudicaram seu percurso na Europa. E conta como driblou a depressão para retomar o prazer de jogar.