quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

A elite cansou da democracia



A história, se não é sempre a mesma, é bem semelhante.

O Brasil vive ciclos: sai das ditaduras, com o apoio da classe média, e experimenta a democracia mas quando esta começa a se aprofundar, um pouquinho que seja, no sentido de trazer as massas populares para a cena política, ela – a começar pelas elites que a balizam – “cansa da brincadeira”.

O povo é, para ela, um amor fugaz.

E, como tantas vezes na nossa história, a “corrupção” e “o populismo” são os motes aos quais se agarra para promover o “fechamento” político que, por pruridos progressivamente abandonados, recusam-se a confessar ser seu interesse.

Uma chance para a Política

Multidão participa de ato em defesa de Lula, em Porto Alegre (23/3). Acuado pelas instituições, ex-presidente precisará recorrer, cada vez mais, às ruas

A História teima em não terminar. Planejado para consolidar poder conservador, julgamento de Lula pode abrir uma nova onda de mobilização popular

Por Antonio Martins | Imagem: Ricardo Stuckert, Fotos Públicas

Árdua é a condição dos três desembargadores do 4º Tribunal Regional Federal (TRF) que julgarão, hoje, Luiz Inácio Lula da Silva. Nas últimas semanas, avolumaram-se as evidências de que a sentença do juiz Sérgio Moro, a ser examinada por eles, é uma aberração jurídica. Não apenas por lhe faltarem, além de provas, a boa lógica – mas principalmente por expressar perseguição política e partidarismo. A Operação Lava Jato, lembrava-se ontem no próprio New York Times, tinha a oportunidade de revirar a política brasileira e suas práticas corruptas. Por ela, passaram casos envolvendo os cardeais de todos os partidos. Depois de quatro anos, apenas um campo político foi atingido; e o juiz derrete-se em sorrisos com alguns dos personagens que deveria investigar.

O julgamento de Lula pelo mundo

Foto: Ricardo Nogueira - EFE
 
Jornal GGN - Não é só o Brasil que parou para acompanhar o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) na manhã de hoje (24). Jornais do mundo inteiro anunciaram as expectativas que afetam o cenário do país latino-americano, em ano que o próximo a comandar a política e economia da nação brasilera é interesse e pauta global.
 
Não à toa que 54 dos 300 jornalistas credenciados para acompanhar o julgamento em Porto Alegre são correspondentes internacionais: quase um quinto do total. Artigo do The New York Times intitulado "Democracia brasileira empurrada para o abismo", publicado pelo pesquisador Mark Weisbrot ainda ontem, dava o tom da importância.

"Laranjas do Império" I

'Laranja' é aquele(a) que 'empresta' nome para esconder beneficiário de crime. Há casos em que pessoas têm seus nomes ‘roubados’ e usados como laranjas. Nossos laranjas, que citarei nesta série, são conscientes de serem usados e dos serviços que prestam ao Império. Nossos laranjas não só emprestam seus nomes, mas fazem os serviços sujos de interesse do Império. Violam as leis, entregam patrimônio, dão golpes de Estado e ainda alienam parte da população com o lixo cultural que vem do Império. E, quando não defendem, silenciam diante dos crimes mais hediondos que o Império comete pelo mundo.

Defender os interesses do Brasil, da nossa gente, nunca foi pauta, nem projeto da Rede Globo e de seus donos. Ao contrário, em toda sua História, essa Instituição tem servido levianamente aos interesses do Império. Interesses culturais, econômicos e políticos dos EUA são, aqui, defendidos ferrenhamente, mesmo de maneira criminosa, por esse LARANJA, chamado Rede Globo.

Eugênio Aragão ataca judiciário: é poder autoritário e gera 'fake news'

Ex-ministro da Justiça durante o governo de Dilma Rousseff, procurador do MPF aposentado teceu duras críticas à sua corporação em Porto Alegre

Por Naira Hofmeister, de Porto Alegre 


Procurador aposentado do Ministério Público Federal (MPF), o ex-ministro da Justiça sob o governo Dilma Rousseff Eugênio Aragão foi duro com sua corporação em uma análise feita em Porto Alegre, na noite de segunda-feira. A cidade concentra milhares de militantes que chegam para prestar solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que será julgado em segunda instância no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) na próxima quarta.

“O judiciário está inerte, misturando covardia e oportunismo”, disse na largada de sua fala, a última entre vários juristas que manifestaram contrariedade e apontaram inconsistências na sentença do juiz Sergio Moro que condenou Lula a 9 anos e meio de prisão no caso do triplex do Guarujá.

O que está por trás da campanha da Globo



Sei que deveria estar falando sobre o julgamento do ex-presidente Lula, mas vários articulistas brilhantes já expressaram quase tudo o que penso sobre a maior farsa patrocinada pela turma do Dellagnol e seus pares. Meu assunto aqui é outro, mas não menos relevante. Vocês já se deram conta do que está por trás da campanha da Rede Globo, pedindo para os cidadãos incautos enviarem vídeos dizendo "Qual o Brasil que queremos"? Vamos supor que 30 milhões de brasileiros atendam ao chamado insistente da emissora, em seus programas jornalísticos, e gravem imagens de 15 segundos com o celular na posição horizontal. A família Marinho não está interessada naquilo que você tem a dizer, está cagando para o ponto turístico que você escolheu como pano de fundo de sua mensagem, e posso garantir que ninguém vai prestar atenção nas suas palavras. O que interessa, nessa campanha, é o seu nome e o número do Whatsapp.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Rancor não deixa Marina sequer ser cínica como Dória sobre Lula

POR FERNANDO BRITO 
http://www.tijolaco.com.br/


Na angústia do crime em perpetração, na política brasileira só se pensa em Lula.

Até João Doria foi se juntar ao coro hipócrita – Rodrigo Maia, Henrique Meirelles, Geraldo Alckmin –  dos que dizem que preferiam “enterrar Lula na urnas”.  Não há uma alma no planeta que acredite que, na magrém de votos que lhes atribuem as pesquisas, algum deles não esteja esfregando as mãos para que saquem das eleições aquele que mais os tem e não cessa de engordar seus percentuais.

Lula in the sky with diamonds

     Lula, Foto Orlando Brito


A convenção do PT, que só acontece na prática no meio do ano, foi antecipada pelo rito judicial sumaríssimo do “caso do tríplex do Guarujá” e convertida na massa de militantes que, nesta já histórica quarta, 24, irradiará de Porto Alegre, o nome de Lula como o irrefreável candidato do partido em outubro próximo. Se dentro do fórum envidraçado chamado de TRF4 três juízes encenarão sua Páscoa eleitoral, com a paixão e morte de Lula – já desenhada nas redes sociais por alguns deles -, do lado de fora a infâmia jurídica será removida, como pedra que rola da sepultura, para a ressurreição que só as ruas podem garantir.