quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

O programa de investimentos em infraestrutura de Trump

REUTERS/Denis Balibouse


Não subestimem Donald Trump em política econômica: a proposta que acaba de fazer ao Congresso norte-americano para que aprove um programa de investimentos de 1,5 trilhão de dólares em infraestrutura não é de alguém que quer agradar o mercado financeiro. É de alguém que, contrariando políticas anteriores, inclusive de Barack Obama, está voltado para a economia produtiva. Recorde-se que Obama enterrou algo como 7 trilhões de dólares no mercado financeiro, concentrando renda e praticamente sem investimentos físicos.

TJ-RJ quadruplica reparação que antiquário deve pagar a Chico Buarque por ofensa

A 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aumentou, nesta terça-feira (30/1), de R$ 25 mil para R$ 100 mil o valor da indenização que o antiquário João Pedrosa deverá pagar ao cantor Chico Buarque, sua ex-mulher Marieta Severo e as filhas deles, Sílvia, Helena e Luísa, por ofendê-los na rede social Instagram.

Antiquário que ofendeu Chico Buarque deverá publicar decisão em jornais.
Reprodução

No site, Pedrosa comentou uma foto publicada por Sílvia Buarque, que posava ao lado do pai e da irmã, com a acusação: “Família de canalhas!!! Que orgulho de ser ladrão!!!”.
Em primeira instância, a juíza da 25ª Vara Cível do Rio de Janeiro, Simone Gastesi Chevrand, afirmou que os termos usados pelo antiquário são ofensivos e fora do “contexto admissível” a um comentário em uma foto de família em rede social. Pior: imputa aos alvos um crime (pelo menos o de furto). Por isso, tal conduta pode, inclusive, ser classificada como calúnia (artigo 138 do Código Penal).

A nano-justiça ficou ainda menor

REUTERS/Adriano Machado


Caiu a máscara da ministra Carmen Lucia, deixando à mostra a sua verdadeira face, tão bem escondida durante todo esse tempo. Ao declarar que uma revisão, agora, da prisão após a condenação em segunda instância, seria "apequenar" o Supremo, a presidente da Corte deixou escapar, talvez distraidamente, a sua aprovação à perseguição ao ex-presidente Lula, que a colocou no STF. A ministra, ao que parece, ainda não se deu conta de que o Supremo vem se apequenando há tanto tempo que já transformou a Justiça em nano-justiça: apequenou-se quando aprovou o golpe, deixando que a Constituição fosse violada; apequenou-se quando aprovou, por omissão, os abusos do juiz Sergio Moro, inclusive a violação da Carta Magna; apequenou-se quando aprovou a prisão após condenação em segunda instância, invadindo competência do Congresso Nacional; apequenou-se quando liberou o senador Aécio Neves, apesar das gravações e mala com dinheiro; e apequenou-se agora, mais uma vez, ao aprovar, por omissão, a confirmação e ampliação da condenação de Lula, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª. Região, com base num crime inexistente e sem provas.

SÉRGIO MORO DEVERIA SE CANDIDATAR À PRESIDÊNCIA PELO BEM DA DEMOCRACIA

A woman stands next to an image of Brazilian judge Sergio Moro during a protest against suspended president Dilma Rousseff in Sao Paulo, on July 31, 2016.Protesters took to the streets of Brazil on Sunday to demand the final leaving of suspended President Dilma Rousseff or to defend her continuance, just five days before the start of the Rio 2016 Olympic Games. / AFP / NELSON ALMEIDA (Photo credit should read NELSON ALMEIDA/AFP/Getty Images)


COMO APRENDEM OS ESCRIBAS, inclusive os dedicados somente às cartas de amor, o emprego de ironia costuma ser expediente de risco. Sem a voz para evidenciar o tempero irônico, é comum a mensagem ser lida ao pé da letra. Em 2016, gracejei no Twitter: “Ao golear o Haiti por 7 a 1, a seleção brasileira calou os críticos do 7 a 1 da Alemanha”. Nunca apanhei tanto, pois o pessoal interpretou como pitaco sério o que não passava de chiste. Ignoro o que é pior: ser espinafrado pelo que não disse – ou não quis dizer – ou descobrir que muita gente me supõe capaz de devanear tamanha sandice.

Para prevenir mal-entendidos, no jornalismo recomenda-se parcimônia em tiradas irônicas – na minha opinião, virtualmente interditadas nos gêneros notícia e reportagem. A não ser que se adote um recurso insultuoso aos interlocutores capazes de compreender recados maliciosos: o aviso escancarado “contém ironia” ou o mais viçoso “SQN” (“só que não”). Proclamar o propósito irônico é rebaixar o outro a parvo.

A SOMBRA E A PEÇONHA


Mauro Santayana

(Do blog e equipe) - O último resultado do Datafolha, em que Lula continua liderando, olimpicamente, todos os cenários, desmoraliza a indecente Lawfare - verdadeira guerra judicial - movida por setores carimbados da “justissa” brasileira contra o ex-presidente da República.

Caso continuem cercando-o de acusações - como o implacável lupino ao ovino de La Fontaine - e o mantenham impedido de disputar a presidência, os inquisidores lavajatistas da República de Curitiba, secundados pelo TRF-4 e eventualmente por certos ministros da Suprema Corte, intervirão, pornograficamente, diante dos vigilantes olhos da História, com a vontade da maioria da população brasileira e com o rumo das eleições de 2018, entregando de mão beijada o poder a Bolsonaro no final do ano, a não ser que ele também seja eventualmente “cassado”, pela descarada campanha antecipada - com direito a mais de 100 páginas no Facebook, “adesivaços“ públicos, outdoors, etc - que tem feito há anos.

Povo responde à “QuantoÉ?” em tempo recorde

    Lula. Foto: Agência Brasil

Por Wadih Damous

Uma revista de baixíssima extração, um lixo que, embora oficialmente seja conhecida como IstoÉ, nos subterrâneos ganhou a alcunha de “QuantoÉ?, por estar sempre pronta a vender sua linha editorial para quem se dispuser a pagar mais, propôs o seguinte desafio : “Você votaria em um condenado pela justiça”?

Não tardaria a viralizar nas redes um vídeo-resposta, lembrando de heróis e estadistas que foram condenados e presos por regimes fascistas, colonialistas ou segregacionistas e depois acabaram ungidos pelo povo à liderança máxima de seus países, como Nelson Mandela, Hugo Chávez, Pepe Mujica, Mahatma Gandhi, dentre outros.

O modelo da propaganda revisitado

   por Edward S. Herman [*] // http://resistir.info/

Em A fabricação do consentimento: A economia política dos media(Manufacturing Consent: The Political Economy of the Mass Media)(Pantheon, 1988) Noam Chomsky e eu avançámos um "modelo de propaganda" como quadro para a análise e o entendimento de como os media de referência dos EUA trabalham e porque actuam como o fazem. Estávamos há muito impressionado pela regularidade com que os media operam dentro de suposições restritas, dependendo fortemente e acriticamente de fontes de informação da elite e participando em campanhas de propaganda que ajudam os interesses da elite. Ao tentam explicar porque eles assim o fazem procurámos factores estruturais como as únicas raízes possíveis deste comportamento sistemático e padrões de desempenho. 

Sinais da presença internacional do MST

Manifestação na Faculdade de Recursos Naturais da Universidade de Berkeley, em 7 de dezembro de 2017, contra destruição da horta comunitária para construção de um prédio -bandeira do MST à direita

Impressões de viagem: num campus universitário dos EUA, os sem-terra brasileiros inspiram iniciativas de agricultura orgânica e esforços para articular formação política e ativismo

Por Celso de Alvear

Em uma segunda-feira à noite em Berkeley (California/Estados Unidos), no dia 16 de outubro de 2017, cerca de 15 jovens se reuniram em um república de estudantes para começar a discutir temas como Capitalismo, Socialismo, Neoliberalismo, Racismo, Feminismo e luta pela terra. No centro do capitalismo mundial, discutiam como podiam desenvolver ações revolucionárias em suas localidades, inspiradas pela luta do MST

Vim com minha família morar seis meses em Berkeley como professor visitante. Apesar de haver muitas lutas e reflexões de esquerda interessantes aqui, umas das coisas que me chamou mais a atenção foi como o MST é uma influência muito forte em grupos que trabalham com agroecologia e com a luta pela produção local de alimento e contra a especulação financeira na cidade.