terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

O poder do Judiciário e os dias piores que virão

Jane de Araújo/Agência Senado


A velha direita pelos seus jornalões, e esses pelos seus editoriais e colunistas, revela-se, assim de repente, assustada com sinais de desobediência civil que seus sismógrafos estariam captando nas hostes da oposição e com o que identificam como ‘ameaças à ordem jurídica’.

Em ambos os casos trata-se de puro cinismo, pois nossa gárrula imprensa está comprometida até o gogó com todas as violências à ordem constitucional impostas pelos golpes militares e os golpes de Estado não militares (todos de direita), dos quais foi parte decisiva e beneficiária, como demonstra a história do maior conglomerado de comunicação do país.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Márcia Tiburi venceu, mas só Kim Kataguiri poderia tirar proveito da derrota


Márcia Tiburi venceu, mas só Kim Kataguiri poderia tirar proveito da derrota

por Fábio de Oliveira Ribeiro

Há alguns dias Márcia Tiburi se recusou a debater com Kim Kataguiri. A decisão dela acarretou uma controvérsia que se multiplicou ao infinito nas redes sociais, transformando-se rapidamente num embate entre duas facções políticas antagônicas que ocupam espaços distintos na história da evolução das ideias. De um lado os intelectuais, que como a filósofa Márcia Tiburi, recorrem a conceitos sofisticados para compreender a realidade e seu papel dentro dela. De outro, os fanáticos do MBL que adoram repetir mantras neoliberais e agredir seus adversários.

Paraná recorre a vergonhosos contêineres para abrigar presos

Paraná recorre a vergonhosos contêineres para abrigar presos
     Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ

Isabel Kugler Mendes / Advogada

Há quem pinte o Estado do Paraná como uma ilha da fantasia da execução penal, mas a sombra da intranquilidade é perene entre 33 mil presos, agentes penitenciários e policiais civis. O exemplo mais extremo é o abandono das carceragens das delegacias: dez mil presos dormem sob condições desumanas porque estão enjaulados em celas medievais no interior e na capital. Há espaços sem luz, sem buraco sanitário, sem água corrente. Pelo menos mil custodiados fugiram em 2017, de acordo com a associação dos delegados do Estado.

A implosão do Departamento de Estado


A implosão do Departamento de Estado

por André Araújo

O Departamento de Estado é o mais antigo ministério do governo americano, criado em 1789.
O Secretário de Estado é o terceiro na linha de sucessão do Presidente dos EUA e chefia um enorme organismo com seis Subsecretários para Armas, Direitos Humanos, Assuntos Econômicos, Administração, Assuntos Políticos e Assuntos Diplomáticos, tem 17 Enviados Especiais para temas estratégicos, 17 Representantes Especiais para temas específicos, 6 Embaixadores Extraordinários para assuntos de situação, 14 Coordenadores de questões de crises permanentes e conflitos localizados, 7 Conselheiros Políticos e 63 chefes de Birôs de seis áreas geográficas do planeta como a do Hemisfério Ocidental, zona contínua que vai do Canada à Argentina, englobando o Brasil.

Supremo ou pequeno?

Por Guilherme Boulos, Carta Capital 


O STF tem se apequenado faz tempo, desde que admitiu as arbitrariedades da Lava Jato e o golpe contra Dilma Rousseff

por Guilherme Boulos

Na segunda-feira 29, a ministra Cármen Lúcia disse que o Supremo Tribunal Federal “se apequena” se revisar a decisão que autoriza a prisão após condenação em segunda instância, diante da repercussão do caso de Lula. Será mesmo? Ou não estaria o Supremo se apequenando há alguns anos diante do incrível aprofundamento da politização do Judiciário?

Durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff, o STF teve papel decisivo, por ação ou omissão. No início de 2016, o ministro Gilmar Mendes impediu Lula de ser nomeado ministro sob a alegação de que o objetivo do cargo era a obtenção do foro privilegiado e obstrução às medidas judiciais.

"Sentença a estuprador".


O Brasil na trilha dos saqueadores internacionais


Nonato Menezes - Iraque 2003, Líbia 2011, Brasil 2016. Mesmos motivos, interesses análogos e um roteiro com atos de tragédia, soberbo cinismo dos atores e uma plateia quase sempre propensa a aplaudir a insensatez.

No elenco, a coalizão de saqueadores internacionais; os mesmos que apregoam liberdade, soberania, respeito aos direitos humanos e se chamam de civilizados. Encenam para um público de inertes, inocentes, trapaceiros, lacaios de toda espécie e para uma horda de imbecis incorrigíveis. O enredo é o de sempre, que faz vicejar sofrimento em nome da liberdade. 

Apenas treze anos separam o primeiro do último ato. Da destruição do Iraque ao golpe no Brasil, com passagem pela Líbia, cenas de horror, daquelas inimagináveis praticadas pelos mais irracionais dos bichos.

No Iraque em guerra A destruição da MEMÓRIA do mundo


A Guerra do Iraque não arruína apenas um povo e uma nação do mundo contemporâneo.

Por Eduardo Araia / 01.02.2008

Em nome de uma justificativa que hoje se sabe falsa – o arsenal de armas de destruição em massa do ditador Saddam Hussein -, os Estados Unidos e seus aliados invadiram o Iraque e depuseram o regime. O resultado foi tornar o país um caldeirão de instabilidade política (com brigas intermináveis entre muçulmanos xiitas, sunitas e curdos), facilitar a vinda de guerrilheiros extremistas islâmicos e infernizar a vida da população civil, perdida e atônita diante de atentados suicidas diários.