quinta-feira, 1 de março de 2018

Sombra de Olga Benário sobre STF de Cármen Lúcia


PAULO MOREIRA LEITE

Num país onde os erros do Judiciário não costumam ser debatidos nem avaliados com a franqueza necessária, a sentença que em 1936 negou o habeas corpus a Olga Benário, militante comunista e primeira mulher do líder do PCB Luiz Carlos Prestes, permitindo que fosse expulsa para a Alemanha nazista, onde foi morta numa câmara de gás, costuma ser apontada como um exemplo antológico de parcialidade e submissão da mais alta corte do país a interesses espúrios ao Estado Democrático de Direito.

Oitenta e dois anos depois, o processo contra Luiz Inácio Lula da Silva, condenado sem prova a doze anos e um mês, ameaça se transformar num caso equivalente no Brasil do século XXI, país que até há pouco tinha o direito de se imaginar livre de grande parte das barbaridades típicas de governos autoritários presentes no processo contra Olga Benário. 

ENTREVISTA - 'Democracia no Brasil não existe', afirma Aldo Fornazieri

Aldo Fornazieri

Para professor, um dos pressupostos básicos do regime é o equilíbrio material das pessoas. “Coisa que não temos aqui no Brasil." Temer apela a Forças Armadas porque governo vive "o seu ocaso"

por Eduardo Maretti, da RBA

São Paulo – “O governo Temer, a rigor, tem uma sobrevida até o final do ano, mas do ponto vista fático, ele é um governo que acabou. E com essa fraqueza, ele então apela para uma instituição que ainda tem uma credibilidade pública, que são as Forças Armadas”, opina o sociólogo e professor da Escola de Sociologia e Política (FESPSP) Aldo Fornazieri. Para ele, porém, dado o caráter ilegítimo do governo, as Forças Armadas correm o risco de desmoralização, “se elas se entregarem ao jogo político de Temer”.

A criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, comandado pelo ex-ministro da Justiça Raul Jungmann, segundo Fornazieri, não resolverá os problemas que, teoricamente, a pasta deveria combater. Isso porque, antes, seria necessário implementar políticas públicas.

Moro agora se dedica a destruir a imagem de empresas brasileiras no exterior.

Moro no Colégio Nacional: ele piscou muito

Por Joaquim de Carvalho
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/

Depois de contribuir decisivamente para desestabilizar a democracia no Brasil, que jogou a economia no abismo e tornou a vida dos mais pobres um inferno, o juiz Sergio Moro iniciou pelo México uma campanha para danificar ainda mais a imagem das empresas brasileiras.

É o que se pode concluir a partir da manchete do jornal El Universal: “Empresas brasileñas pagaron ‘propinas’ em México: juez Sergio Moro”.

No México, quase ninguém sabe quem é Moro, mas o jornal trata de apresentá-lo como o juiz que condenou à prisão Lula, uma das lideranças políticas mais conhecidas do mundo.

Adeus senador Cristovam

Pedro França - Agência Senado


Em meio à tentativa do ministro da Educação do governo golpista de Michel Temer de censurar a disciplina optativa “O Golpe de 2016 e o futuro da Democracia no Brasil”, idealizada pelo professor Luis Felipe Miguel da Universidade de Brasília (UnB), não pode passar desapercebido artigo do senador Cristovam Buarque (PPS-DF), no Correio Braziliense do último dia 13, sobre o tema. Intitulado “Liberdade acadêmica plena”, o texto do ex-reitor da UnB é um retrato da permanente contradição que se tornou o senador.

Ao que parece, apesar de ter apoiado o golpe de 2016, Cristovam tenta, ainda, manter um verniz democrata. Em seu artigo, ao atacar a tentativa de censura do governo golpista à disciplina, o senador sinaliza para parte do seu eleitorado. Com trajetória política dentro das universidades, sendo inclusive professor emérito da Unb, Cristovam se posiciona pela defesa da liberdade acadêmica e de cátedra, um direito secular das nossas universidades.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Por que os bancos lucram muito mesmo quando a economia vai mal?

     Marcelo Camargo/Agência Brasil
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    Brasil tem cerca de 150 bancos, mas quatro detém 80% do crédito concedido

por Dimalice Nunes

Quatro economistas ouvidos por CartaCapital avaliam a relação entre crescimento da economia e o lucro do sistema financeiro. Confira

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará na manhã da quinta-feira 1 qual foi o crescimento da economia brasileira no ano passado. Economistas, especialistas, integrantes do mercado financeiro e o próprio governo não esperam nada que fuja de uma alta em torno de 1%.

Embora o número seja positivo, trata-se de uma expansão bem modesta considerando os tombos de 3,6% e 3,8% de 2016 e 2015, que sucederam um irrisório 0,1% em 2014. A economia como um todo sofre, mas pelo menos um setor parece não se abalar: os bancos.

CONFIRA A PASTA DE TEXTOS DA DISCIPLINA SOBRE O GOLPE

Mariana Costa/Agência UNB


Foi divulgada na internet a pasta de textos relacionada à disciplina "O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil", que foi criada na UnB para ser ministrada pelo professor Luis Felipe Miguel; confira a íntegra

Brasília 247 Foi divulgada na internet a pasta de textos relacionada à disciplina "O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil", que foi criada na UnB para ser ministrada pelo professor Luis Felipe Miguel.

No curso, haverá aulas como "O novo ativismo de direita", "A crise global e a democracia", "A campanha pela deposição de Dilma" – esta dividida em cinco partes. Veja aqui a programação.

O que é polarização política ou como fazer a luta política pelos sentidos?


O que é polarização política ou como fazer a luta política pelos sentidos?


O século XXI começou e, rapidamente, um processo de polarização política se vê instaurado. Processo semelhante ao que ocorreu na Europa no período entre guerras, e que gerou o surgimento dos modelos políticos e sociais implementados do fascismo e do nazismo. Não é, pois, por detalhe ou mera coincidência que estamos vendo – em pleno século XXI – o ressurgimento da importância social de pensamentos e teorias que defendem a superioridade de pessoas e raças sobre outras. Estas ideias partem da noção dos direitos humanos como algo assessório (desimportante) e isto inclui o direito à vida, à livre expressão das ideias e à liberdade social, política e jurídica. O resultado é o crescimento do punitivismo, dos discursos de ódio o questionamento da democracia e de qualquer noção de igualdade entre os homens.

MORO É ESCRACHADO NO MÉXICO E CHAMADO DE 'IMORAL E PARCIAL'



247 - O juiz federal Sérgio Moro foi alvo de protestos nessa terça-feira, 27, na Cidade do México, durante palestra no Colégio Nacional. Sua intervenção foi interrompida pelos manifestantes, que o acusaram de ser "golpista" e de promover perseguição política contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

"Moro imoral, juiz parcial", gritaram os manifestantes, que levaram cartazes contra o magistrado da operação Lava Jato. O ministro da Suprema Corte, José Ramón Cossío, teve que intervir, para que o juiz Moro pudesse continuar com a palestra.