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A intervenção militar, determinada pelo Presidente ilegítimo, apesar de varias advertências da caserna mais lúcida, apenas agrega mais um elemento de instabilidade política e tenta facilitar a vida de um Governo que já morreu
A intervenção militar na área de segurança no Rio de Janeiro é o resultado final de uma tragédia anunciada. Temer, o Presidente ilegítimo, erguido à condição de Chefe de Estado de um país que começava a aprender a resolver as suas controvérsias pelos métodos da democracia formal, envolveu as Forças Armadas numa aventura sem destino previsível, mas cujo desfecho carreará mais desilusão com a democracia e mais divisão num país já partido.
Se a intervenção der certo, fica comprovado que o regime democrático e a negociação política são inviáveis para resolver as crises de fundo, que o nosso país atravessa; se a intervenção der errado, Temer fica abrigado numa suposta inépcia das Forcas Armadas – para ações que elas não foram treinadas nem destinadas constitucionalmente – e reforça-se no poder, para usar métodos ainda mais autoritários, especialmente para promover as suas reformas.