domingo, 4 de março de 2018

Portão espacial de Alcântara: raça, direitos de terra e soberania nacional

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BRIAN MIER
http://www.brasilwire.com/
Uma entrevista com Sean T. Mitchell

Um dia, em 1993, conheci um grupo de militares do aeroporto de São Luís. Voamos da ilha em um pequeno avião até o Centro de Lançamento de Alcântara, o principal espaço-porto para o programa espacial do Brasil, onde eu passaria dois dias por semana durante um ano ensinando inglês aos cientistas de foguete e ao pessoal militar. Naqueles dias, a base tinha apenas alguns anos. Havia um otimismo no ar, mas eu já podia ver sinais de descontentamento. A equipe de secretariado do coronel estava executando o Windows no estado da arte 486 DX2 66 PCs, enquanto os engenheiros de foguete - algumas das pessoas mais inteligentes que já conheci - trabalhavam em DOS em XTs. Um dos meus alunos com baixos salários que foi responsável pela segurança durante os lançamentos e foi treinado nos programas espaciais franceses e australianos disse: "Na Austrália, eles têm uma equipe de 24 engenheiros que realizam minha função, mas aqui é só eu". As casas da equipe, bangalôs simples de dois quartos, rumariam que haviam custado meio milhão de dólares cada uma em um momento em que uma casa similar em uma classe

Brasil: Uma história de intervenções


http://www.viomundo.com.br/

COM REGALIAS DO GOVERNO, FÁBRICA DA AMBEV NO PARANÁ PODE TER SAÍDO DE GRAÇA

O governador Beto Richa participa nesta sexta-feira (6) da inauguração da fábrica da Ambev em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. O empreendimento, que é apoiado pelo Governo do Estado, por meio do programa de incentivos fiscais Paraná Competitivo, soma investimentos de R$ 848 milhões e gera 430 empregos diretos. Foto: Ricardo Almeida/ARQUIVO ANPr


UM ACORDO ENTRE o governo do Paraná e a Ambev concedeu à gigante da indústria de bebidas incentivos fiscais que podem chegar a R$ 843 milhões até 2020. Assinado em 2012, o documento integral foi mantido em sigilo por mais de cinco anos. O protocolo – um dos vários firmados pela gestão do governador tucano Beto Richa num programa batizado de Paraná Competitivo – gerou um regime de tributação exclusivo para a Ambev, menor do que o normal, como contrapartida à construção de uma unidade da empresa na cidade de Ponta Grossa. Apesar de propagandear a iniciativa em releases e publicações oficiais, o governo nunca foi transparente quanto aos termos do acordo. Os detalhes só se tornaram públicos agora por causa de uma disputa judicial entre a Ambev e um bar.

Desembargadora acusada de tráfico de influência pode ceder manganês a coreanos processados fora do Brasil.


Maria do Carmo Cardoso, do TRF-1. Foto: Reprodução/JusTocantins

Era setembro de 2017 quando a revista Veja divulgou que os empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, tentaram comprar decisões judiciais em tribunais superiores em Brasília. Para isso, contavam com a advogada Renata Gerusa Prado de Araújo e com a mãe dela, a desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

A denuncia chegou à Procuradoria-Geral da República com documentos de áudios, emails e mensagens de WhatsApp. As conversas eram mantidas entre o diretor jurídico da JBS, Francisco de Assis e Silva, e a própria Renata. Nos diálogos, ambos combinavam estratégias para obter decisões favoráveis aos empresários. As mensagens citavam pagamentos em espécie e tráfico de influência.

História do Golpe: Como a Lava Jato foi pensada como uma operação de guerra

Luis Nassif
https://jornalggn.com.br/

O vazamento torrencial de depoimentos, a marcação cerrada sobre Lula, o pacto incondicional com os grupos de mídia, a prisão de suspeitos até que aceitem a delação premiada, essas e demais práticas adotadas pela Operação Lava Jato estavam previstas em artigo de 2004 do juiz Sérgio Moro, analisando o sucesso da Operação Mãos Limpas (ou mani pulite) na Itália.
paper "Considerações sobre a operação Mani Pulite", de autoria de Moro é o melhor preâmbulo até agora escrito para a Operação Lava Jato. E serviu de base para a estratégia montada.

Neymar e a sociedade que celebriza e espetaculariza o fútil



A reportagem do Jornal Nacional que noticiou a cirurgia para reparação da fratura do 5º metatarso do dedinho do pé direito do jogador Neymar é o retrato fiel da sociedade mercantilista, que celebriza e espetaculariza o fútil e aliena o povo em relação aos seus problemas reais.

Antes de um ser humano, Neymar é tratado como uma imagem [certas religiões também cultuam e exploram as imagens de seus ícones] que gera negócios que movimentam milhões e milhões de dólares no mercado esportivo e publicitário mundial.

sábado, 3 de março de 2018

Por que programas federais de segurança não funcionaram até hoje no Brasil?


Amanda Rossi e Leandro Machado
Da BBC Brasil em São Paulo

A intervenção no Rio de Janeiro é inédita. Nunca antes um governador perdeu as rédeas do comando da segurança do seu Estado para o governo federal. Por outro lado, essa é a sétima tentativa de um presidente da República de conter a violência no país desde 2000. Na média, houve um novo anúncio federal a cada três anos.

Em 2000, Fernando Henrique Cardoso lançou o Plano Nacional de Segurança Pública, que vigorou por apenas dois anos. Já Luiz Inácio Lula da Silva lançou, em 2007, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Além disso, tentou criar o Sistema Único da Segurança Pública - uma espécie de SUS para a área da segurança. Encaminhado para o Congresso Nacional em 2007, está em tramitação até hoje.

Como os Estados Unidos seduzem autoridades brasileiras para conseguir o que querem.

   Fernando Henrique, num de seus muitos encontros com Bill Clinton


Em 1920, o então presidente dos Estados Unidos, Warren G. Harding, disse: “Esta é uma nação essencialmente de negócios”. Seu sucessor, Calvin Coolidge, complementou: “O negócio da América são os negócios”.

Os Estados Unidos não têm amigos, têm interesses e, em nome deles, até mantêm uma política de amizades aparentes.

Digo isso a propósito da decisão do governo de Donald Trump de sobretaxar a importação de aço, que atinge em cheio as siderúrgicas brasileiras.