segunda-feira, 19 de março de 2018

Marielle: um luto e uma luta que Portugal vai evocar hoje

A demonstrator reacts during a rally against the death of Rio de Janeiro city councilor Marielle Franco, who was shot dead in Rio de Janeiro, Brazil

Sugestão: Natasha Pimentel

É nesta segunda-feira, 19 de março, às 18h30, na Praça Luís de Camões, em Lisboa, que tem lugar a homenagem a Marielle Franco, a ativista assassinada a 14 de março. Esta é uma iniciativa cívica – criada pelas, entre outras, Femafro, Corações com Coroa de Catarina Furtado, SOS Racismo ou Capazes – que se junta ao voto de pesar e condenação expresso pela Assembleia da República, na sexta-feira, 16 de março. Uma posição clara do Parlamento português que exprime, desta forma, “a mais veemente condenação pela violência e pelos crimes políticos e de ódio que aumentam de dia para dia no Brasil”.



O FACEBOOK OCULTOU PÁGINAS ONDE PROMOVIA SUA CAPACIDADE DE INFLUENCIAR ELEIÇÕES

Mark Zuckerberg, chief executive officer and founder of Facebook Inc., speaks during the Oculus Connect 4 product launch event in San Jose, California, U.S., on Wednesday, Oct. 11, 2017. Facebook unveiled a cheaper virtual-reality headset that works without being tethered to a computer, rounding out its plan for pushing the emerging technology to the masses. Photographer: David Paul Morris/Bloomberg via Getty Images


QUANDO PERGUNTARAM A MARK ZUCKERBERG se o Facebook teria influenciado o resultado das eleições presidenciais de 2016 nos EUA, ele repudiou a possibilidade de que o site pudesse ter esse poder, dizendo que era “loucura”. A afirmativa era inverídica: havia uma seção inteira do site dedicada a divulgar as “histórias de sucesso” de campanhas políticas que usaram a rede social para influenciar resultados eleitorais. Essa página, no entanto, desapareceu, a despeito do início das eleições primárias de 2018 para o Congresso dos EUA.

Lula sabia das coisas

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   Lula: se disputar, ganha


A mais recente pesquisa do Ibope indica: os programas sociais dos governos petistas deixaram marcas profundas no eleitorado brasileiro

A Operação Lava Jato completa quatro anos sem a disposição de cumprir a missão impossível que tanto alardeou cumprir. O objetivo seria, segundo a lenda contada pelos procuradores, acabar com a corrupção no País. Aos poucos, no entanto, desvendou-se o projeto maior, oculto, que implicava inclusive fazer sacrifícios de certos aliados.

O senador tucano Aécio Neves concordaria com isso. Alguns empreiteiros também.

O importante seria destruir Lula e, na sequência, mandar o Partido dos Trabalhadores para os quintos do Inferno. Não foi.

Xadrez de como os EUA e a Lava Jato desmontaram o Brasil

por Luis Nassif
https://jornalggn.com.br/

Peça 1 – Kenneth Blanco e o destino manifesto

A apresentação de Kenneth Blanco, vice-procurador adjunto do Departamento de Justiçam em evento ocorrido em julho de 2017, foi surpreendente. Especialmente pela intimidade com que tratou um dos membros do evento, então Procurador Geral da República Rodrigo Janot.

BC atua como sindicato dos banqueiros enquanto povo perde emprego e renda

Imunes ao ajuste fiscal do governo Temer, que destrói direitos da população, os ricos e privilegiados patrocinam a mídia para acobertar o desastre

   MARCELO CAMARGO/ABR
Alheio ao agravamento da pobreza no país, Copom permitiu 'tranquilidade', ao setor do mercado que vive apenas de aplicações no sistema financeiro
por Marcio Pochmann, para a RBA 

A gravíssima recessão que atingiu a economia brasileira produziu efeitos muito desiguais. Para a maioria do conjunto dos setores das atividades econômicas, a recessão implicou queda no nível de produção ou até mesmo redução na capacidade de produção (desinvestimento), acompanhada da redução no faturamento e na taxa média de lucro.

Em função disso, por exemplo, setores industriais e da construção civil amargaram diminuição significativa no nível de produção e emprego de mão de obra. A participação da indústria de manufatura no Produto Interno Bruto recuou ao observado na década de 1910.

Quem matou Marielle Franco?

Sugestão: Natasha Pmentel

Marielle Franco representa tudo o que nos faz acreditar que um dia venceremos todos os monstros.

Todos os dias passam por nós mortes sem explicação. Algumas porque os seus motivos são indecifráveis, outras porque as pessoas nos são tão alheias, e a distância é tanta, que nem nos conseguem perturbar. Não há nada no fim daquelas vidas que nos faça procurar uma razão. Morre gente enquanto mudamos de canal sem sequer nos perguntarmos porquê.

Esta não. Esta foi uma pancada seca, certeira. A noite passada mataram uma mulher. Quatro tiros na cabeça. Não, a noite passada executaram uma mulher. A sua morte rasga-nos por dentro e sabemos exatamente porquê. Porque no fundo, ao ler a notícia, todos sentimos o que escreveu Alexandra Lucas Coelho(link is external): “O país onde esta mulher voltará a pisar ainda não existe. E sem o ainda estamos todos mortos.”

"SIGA O DINHEIRO"


Nonato Menezes

Se há um tema que objetivamente carece ser debatido no Brasil é a relação entre os poderes da República. Função, limites e possibilidades, “por mais triviais” que possam parecer, estão longe de serem bem entendidas, sobretudo, por nós pessoas comuns. 

Não basta que a Constituição seja precisa quanto a isso, nem que as “leis orgânicas” dos estados e municípios, assim como as leis regulamentadoras sejam ampliadas e ajudem na compreensão dessa relação. É mais que necessário um debate amplo, profundo e provocativo nacional, que tenha a indispensável participação popular e que seja de iniciativa das casas legislativas, visto ser ele, o debate, função primordial. 

Marielle e a volta ao trágico-normal

CMRJ | Mídia NINJA


A brutal execução da vereadora Marielle Franco provocou uma onda de choque emocional que atingiu praticamente todo o Brasil. O choque despertou forças anímicas de indignação, revolta, tristeza, compaixão, solidariedade e dor nos mais diversos setores sociais. Fora algumas manifestações hipócritas é de se crer na sinceridade dessas diversas manifestações sentimentais com o ocorrido.

Com o início da nova semana, contudo, a onda de choque perde poder de propagação e as forças anímicas se enfraquecem e tudo voltará ao trágico-normal da sociedade brasileira. Claro, Marielle será uma heroína no PSol e inspirará dezenas de ativistas em torno das causas das mulheres e negras, dos jovens pobres e negros das periferias, dos direitos humanos e assim por diante. Mas o trágico-normal será mais forte com o passar dos dias e a dor silenciosa e persistente ficará apenas na alma dos familiares de Marielle e de seus amigos e amigas mais próximos.