quarta-feira, 28 de março de 2018

Nota do delegado que perdeu o inquérito sobre atentado à caravana de Lula: interferência política é inadmissível


Delegado Wilkinson diz que jamais permitirá interferência política e reafirma tese de tentativa de homicídio no atentado a Lula

O delegado que foi afastado do inquérito sobre o atentado a Lula divulgou nota, em papel timbrado do Sindicato dos Delegados de Policia do Estado do Paraná, do qual é diretor de comunicação. Ele confirma o que tinha dito em conversas no grupo de WhatsApp, às quais o DCM teve acesso.

“O enquadramento legal dado a um caso por um Delegado de Polícia deve se fundamentar exclusivamente em critérios técnicos, jamais em critérios políticos, pois Polícia é neutra. “Os governos passam, as sociedades morrem, a polícia é eterna…” (Honoré de Balzac)”, escreveu ele. Na nota, ele lembra que era dele o plantão no dia do atentado — pelas regras de distribuição de inquérito, a investigação deveria ser mantida sob sua condução — o que não ocorreu.

EDUARDO NEPOMUCENO | PROMOTOR DO MPMG - O ocaso do promotor que incomodava Aécio e Perrella

Eduardo Nepomuceno promotor Perrella Aecio

Após colecionar desafetos, Eduardo Nepomuceno foi afastado de investigações de corrupção e desvios envolvendo mandachuvas da política mineira

Belo Horizonte

 
Um ano atrás, o promotor Eduardo Nepomuceno de Souza recolhia pastas e objetos pessoais em uma despedida sem cerimônias do cargo que ocupou ao longo de 14 anos no Ministério Público de Minas Gerais. Acusado de retardar o andamento de processos, ele foi banido da promotoria de Defesa do Patrimônio Público do MP estadual mineiro e deslocado para a área criminal. Agora, em vez de fiscalizar as contas do Estado e apurar suspeitas de corrupção, lida com processos de homicídio no Tribunal do Júri. “Meu trabalho na promotoria [do Patrimônio Público] incomodava muita gente”, diz Nepomuceno, lotado em uma sala acanhada na sede do MP em Belo Horizonte.

Não se faz nada em benefício da sociedade sem incomodar, por Luis Carlos Valois


Não se faz nada em benefício da sociedade sem incomodar

por Luis Carlos Valois

Sempre fui respeitado pelos presos. Nunca pensei que isso um dia ia me causar problemas, porque achava estar representando bem o poder judiciário junto ao seu jurisdicionado que, no caso da execução penal, são justamente os presos.

Mas um dia, a policia federal ouviu alguns presos me elogiando ao telefone, dizendo respeitarem minhas decisões. Eram, segundo eles, presos de facções. Eu nunca fiz diferenciação entre presos, porque sou juiz e acho que, como tal, não posso legitimar esse tipo de divisão, medidas duras ou de concessão de direitos não podem ter outra consideração que não seja a lei. Mas, segundo a polícia, eram presos de facção os que me elogiavam ao telefone.

Editor do blog Limpinho & Cheiroso é condenado a 10 meses por "calúnia" contra Moro

    Foto: Lula Marque


Jornal GGN - Por ter associado o juiz Sergio Moro a um esquema de desvio de recursos públicos na Prefeitura de Maringá, o jornalista Miguel Baia Bargas, do blog Limpinho & Cheiroso, foi condenado pela 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) a 10 meses de prisão, em regime inicial aberto. O processo por calúnia e difamação foi iniciado em 2015.


A 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região condenou o jornalista Miguel Baia Bargas, do blog Limpinho & Cheiroso, por calúnia e difamação contra o juiz federal Sergio Moro, da Justiça Federal da 4ª Região. Em 2015, o blog publicou notícias envolvendo o magistrado, a quem imputava falsamente crimes, além de ofender sua reputação.

O fato mais grave do dia não é o atentado a tiros à comitiva de Lula. Por Gilberto Maringoni


Por Erika K Nakamura
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/

Texto publicado no Facebook de Gilberto Maringoni.

O fato mais grave do dia não é o atentado a tiros à comitiva do presidente Lula, no Paraná.

O fato mais grave do dia é o aval que Geraldo Alckmin e João Dória deram à tentativa de homicídio do líder petista e seus companheiros.

Da disputa de narrativas sobre a morte – e a vida – de Marielle Franco, passamos, neste caso, à uma desfaçatez ainda maior. Agora a extrema-direita não está tentando fazer valer alguma calúnia de que Lula seria amigo de Marcinho VP ou se andava com bandidos.

VÍDEO – “Quem é o palhaço?”: Gilmar Mendes é acossado em Lisboa

Os piores momentos da bajulação a Sergio Moro no Roda Viva

O juiz Sérgio Moro participa do programa Roda Viva


O programa Roda-Viva desta segunda-feira (27) foi praticamente uma homenagem ao juiz Sergio Moro. Antes mesmo da entrevista começar, Augusto Nunes diz que convenceu Moro a participar do programa, gravado no mesmo dia em que o TRF-4 negou o recurso de Lula, para “aparar” a conversa de que ele seria um agente da CIA: “Bastaria ver o doutor Moro de perto”.

Nunes chegou a dizer que não poderia haver uma despedida “mais honrosa” para ele, que apresentava seu último programa. Complementou afirmando que Moro é um dos “protagonistas mais respeitáveis da nossa história recente”.

NOVO CONSELHEIRO DE TRUMP AMEAÇOU DIPLOMATA BRASILEIRO PARA VIABILIZAR INVASÃO DO IRAQUE

WASHINGTON - AUGUST 1:  (L-R) U.S. President George W. Bush listens to John Bolton speak after being appointed to be ambassador to the United Nations during an event at the White House August 1, 2005 in Washington, DC. Bush has the power to fill vacancies without Senate approval while Congress is in recess.  (Photo by Mark Wilson/Getty Images)


NO INÍCIO DA NOITE da última quinta-feira, enquanto o Brasil acompanhava o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula no Supremo Tribunal Federal, Donald Trump fez um anúncio que deixou o mundo ainda mais perplexo com seu governo. O novo conselheiro de segurança nacional, cargo decisivo da Casa Branca no que diz respeito ao uso da força militar americana, será John Bolton, um dos arquitetos da invasão ao Iraque comandada pelos Estados Unidos em 2003. Bolton, ex-embaixador da ONU, é conhecido por posturas militaristas extremas e seu desdém para diplomacia. Ele também é uma figura que reanima memórias infelizes nos corredores da Itamaraty em Brasília.