quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Algo engraçado aconteceu a caminho da Lua


Wilson Roberto Vieira Ferreira
http://cinegnose.blogspot.com.br/

Se no passado falar que o homem jamais pousou na Lua era coisa de velhos e iletrados incapazes de acompanhar a marcha do Progresso, hoje acabou se transformando em um verdadeiro subgênero audiovisual com filmes, documentários e minisséries para TV e cinema. Dessas dezenas de produções, uma se destaca: A Funny Thing Happened on the Way to the Moon (Algo Engraçado Aconteceu a Caminho da Lua, 2001) do jornalista investigativo Bart Sibrel – ele até chegou a levar um soco de Buzz Aldrin ao tentar fazê-lo jurar sobre a Bíblia que havia caminhado na Lua. O documentário foge dos temas clichês - anomalias nas fotos da Nasa e o “hoax” do diretor Stanley Kubrick envolvido na conspiração. Sibrel destaca o contexto da corrida espacial nos anos 1960, a flagrante vantagem tecnológica da URSS sobre os EUA naquele momento e algumas questões: como, depois de uma década de fracassos envolvendo explosões, incêndios e astronautas carbonizados na plataforma de lançamento, de repente a NASA empreende uma ousada e bilionária missão que, de cara, consegue colocar homens caminhando na Lua? Por que acreditamos? Só porque vimos na TV? Mas, e se tudo foi encenado sem a TV saber? Siebrel supostamente comprova a farsa com imagens de um vídeo da Nasa não editado no qual vemos astronautas da Apollo 11 simulando, na órbita da Terra, estarem a meio caminho da Lua enquanto ouvem a transmissão da direção da filmagem.

Matámos a política?

A política não morreu, foi entregue. Com tudo o que está acontecer na Europa, a nossa única esperança é resgatá-la.

http://www.esquerda.net/

Na semana passada a RTP repôs o debate entre Mário Soares e Álvaro Cunhal, o tal que tornaria famoso o “olhe que não” do dirigente comunista. As acusações inflamadas sobre o regresso ao fascismo ou a implantação de uma ditadura soviética eram fruta da época em vésperas do 25 novembro, em plena constituinte e no início do último dos Governos provisórios.

42 anos depois, e sem qualquer outra referência histórica, aquele debate não esclareceria o espectador mais atento sobre VI Governo provisório, quem o compôs e dirigiu, e muito menos permitiria esmiuçar as medidas que tomou, fossem elas merecedoras do elogio de Soares ou da crítica de Cunhal.

Direito à cidade, luta proibida?

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Guilherme Boulos, coordenador do MTST detido hoje pela polícia paulista, explica por que o capitalismo contemporâneo não tolera metrópoles sem cercas

Por Guilherme Boulos
http://outraspalavras.net/

Trecho do livro Por que ocupamos? (Autonomia Literária, editora parceira de Outras Palavras no Outros Quinhentos). Foto da Mídia Ninja no despejo de 700 famílias da ocupação Colonial

O Brasil tem tantas mazelas sociais que às vezes não conseguimos ter a dimensão da gravidade de cada uma delas. A falta de moradia é um dos problemas mais sérios. Estamos entre os países com maior déficit habitacional do mundo, ao lado de Índia e África do Sul.

Israel sem máscaras, por uma feminista brasileira

                           http://outraspalavras.net/
Vigilância permanente. Proibição de atividades políticas. Espancamentos. Censura. Por trás dos rótulos de “única democracia do Oriente Médio” e “país libertário” esconde-se uma ditadura perfeita

Relato de viagem de Berenice Bento

Qual a maior peça publicitária do Estado de Israel? Ser a única democracia do Oriente Médio. Os Estados têm suas estratégias para produzir imagens positivadas, mesmo que não tenham nenhum fundamento empírico, a exemplo do mito perverso da democracia racial brasileira. Desmontar as farsas, meticulosamente construídas por Estados, demanda uma energia considerável.

Não há nada mais parecido com um machista de direita do que um machista de esquerda

                http://justificando.cartacapital.com.br/
Não há nada mais parecido com um machista de direita do que um machista de esquerda
Imagem: Último Tango em Paris, filme cujo diretor Bernardo Bertolucci confessou que houve estupro por Marlon Brando em reprodução de cena com Maria Schneider.

Laura Rodrigues Benda
Juíza do Trabalho


Há pouco mais de um ano, viralizou na Internet a campanha #meuamigosecreto, por meio da qual as mulheres expuseram atitudes veladas de machismo travestidas de normalidade. Durante os dias em que os relatos foram publicados, um fenômeno interessante pôde ser observado: a grande maioria das denúncias formuladas por mulheres de esquerda tratavam da sua convivência – íntima ou em coletivos – com homens de esquerda. Desde então, é cada vez mais comum encontrar, em inúmeras plataformas, textos de feministas a respeito dos “esquerdomachos” ou “feministos”, como são jocosamente chamados por muitas de nós.

Tributo aos idiotas do "Fora Dilma!" VIII


MONIZ BANDEIRA: AO QUE TUDO INDICA, TEMER SERÁ JOGADO NO LIXO DA HISTÓRIA

            http://www.brasil247.com/

Em entrevista à revista Caros Amigos, o historiador e cientista político prevê que "a superestrutura jurídica está a ruir" no Brasil; "Ninguém mais respeita a Constituição, nem juízes, nem procuradores da república nem sequer magistrados da corte suprema. O atual e suposto presidente da república, ao que tudo indica, será jogado no lixo da história e conhecido como Michel Temer, o breve"; ele analisa ainda crises, guerras e golpes no que chama de "desordem mundial"; ele diz não acreditar em uma nova guerra mundial; "Não creio em uma conflagração direta entre as potências. Não me parece provável que as contradições internacionais cheguem a tal ponto"

Por Aray Nabuco e Nina Fideles

Caros Amigos – Gostaria que o senhor descrevesse o que chama de desordem mundial. Quais elementos (políticos, econômicos, militares, enfim) que o senhor enxerga dessa desordem?

Da finança de casino à servidão das elites

http://resistir.info/ // por Daniel Vaz de Carvalho

De la Grande Guerre à la crise permanente é um livro de Marc Chesney (MC) [1] com o duplo interesse de se verificar que a par de contundentes e documentadas críticas ao sistema financeiro neoliberal são propostas soluções que não rompem esse sistema.

1 - Os mercenários da finança 

No capítulo 1, MC fala de gente que ao serviço da finança assume as características de mercenários: indiferença, grosseria, superficialidade. Ausência de outros valores para além dos financeiros e uma vacuidade moral que nunca coloca a utilidade social de atuações que abalam empresas e países e produzem desemprego em massa.

Um destes afirmava: o meu bónus foi de 3,6 milhões de dólares e eu estava furioso por não ser bastante, Queria dinheiro como um alcoólico necessita mais um copo. Estava intoxicado, não apenas não ajudava a encontrar soluções para os problemas do mundo como lucrava com isso. (p. 5)