domingo, 17 de dezembro de 2017

A derrota estratégica do complexo jurídico-midiático, por Ion de Andrade

   Foto: Ricardo Stuckert

Por Ion de Andrade

Preparando-se para condenar e talvez prender Lula, o complexo jurídico-midiático estará selando uma derrota estratégica que se repercutirá nos anos futuros de forma ainda mais retumbante do que o Peronismo para os argentinos ou o Gaullismo para os franceses.

A inviabilização de Lula é a inauguração e não pós mortem, como costuma ser o caso pela perda do grande líder, do Lulismo; um inesgotável e vitorioso movimento que ecoará através dos tempos.

STF deve derrubar condenação de Lula em 2ª. instância

REUTERS/Ueslei Marcelino


Já faz tempo que a Constituição brasileira foi rasgada e lançada no lixo, inclusive pelo Supremo Tribunal Federal, que teoricamente seria o seu guardião. Isso aconteceu mais precisamente quando do julgamento do chamado “mensalão”, onde a prova foi substituída pela teoria do domínio do fato, que serviu de base para a condenação do ex-ministro José Dirceu. Depois, o novo procedimento da “nova” Justiça se consolidou com o afastamento da presidenta Dilma Roussef, consumado com a aprovação implícita da Suprema Corte, que fez vista grossa para a violação da Carta Magna, uma vez que não houve nenhum crime de responsabilidade que justificasse o seu impeachment. Todos tinham consciência disso, inclusive o Supremo. A partir daí desrespeitar a Constituição e atropelar as leis virou rotina, com juízes de primeira instância fazendo suas próprias leis e sentenciando os réus com base em suas convicções, não em provas. Suprimiu-se a presunção de inocência e dispensou-se a exigência de provas, bastando pura e simplesmente um exercício de interpretação e a vontade do magistrado para condenar alguém.

Desigualdade no Brasil lembra “Os Miseráveis” de Victor Hugo, compara Le Monde

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Por RFI

Le Monde publica neste sábado (16), em seu caderno de economia, a terceira reportagem da série desigualdades, enfocando a situação no Brasil e na Rússia. As análises aprofundam os dados do projeto World Wealth and Income Database (base de dados sobre patrimônio e renda), dirigido pelo economista francês Thomas Piketty. O documento divulgado na quinta-feira (14) aponta que, desde os anos 80, 1% da população mais rica do planeta aproveitou do crescimento econômico duas vezes mais do que os 50% mais pobres.

sábado, 16 de dezembro de 2017

A Previdência como carniça do sistema financeiro



O Globo anuncia que as três grandes agências internacionais de risco darão prazo até fevereiro para decidirem se desclassificam ou não o Brasil como destino de investimento. Oh, por Júpiter, bradarão os vigaristas do mercado financeiro! Eles contam com essa ameaça não por conta do risco mas a fim de aumentar a pressão para forçar o Congresso a aprovar de qualquer forma a chamada reforma da Previdência. Afinal, nem todo parlamentar é bem informado em questões financeiras. Muitos levam a sério a opinião das agências de risco.

Agências de risco existem há décadas. Elas se dedicavam originalmente a fazer avaliações de risco sobre empresas e países cujos clientes não tinham capacidade ou desejo de fazer estudos próprios para orientar seus investimentos. Era um trabalho essencialmente técnico. A partir da crise da dívida externa dos anos 80, elas passaram a avaliar os países também sob a ótica política. No momento seguinte, tornaram-se instrumento de forçar mudanças políticas de sentido neoliberal sobretudo nos países em desenvolvimento.

Por que a mídia de direita ataca Gilmar Mendes



Notícia de jornal e de hebdomadários é que nem jabuti em árvore. Não chega sozinho lá. Alguém ali o coloca. Para entender noticiário é preciso conhecer a história por detrás dele. Há sempre uma razão para ter este ou aquele título, este ou aquele lead, esta ou aquela abordagem. Há uma intenção latente em cada palavra, em cada frase, em cada parágrafo. O comunicador profissional é um formador de opinião e usa de toda a técnica para atrair o leitor para seu conceito da realidade.

O problema é que o leitor comum é desavisado, distraído. Toma a notícia por seu valor de face e, assim, não é difícil engambelá-lo. Engole qualquer coisa pelo argumento de autoridade: “se foi a Veja que disse, então é verdade”.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Quem são os 165 grupos paramilitares que atuam nos Estados Unidos



Eles se vestem com roupas de combate e carregam armas de uso militar. Dizem ser extremamente patrióticos e seus grupos têm nomes como Oath Keepers (Mantenedores do Juramento, em tradução livre), Three percenters (Os três porcento) e Posse Comitatus (Força do Condado, em tradução livre, e também o nome de uma lei americana que permite que um agente da lei recrute um civil para ajudá-lo a manter a ordem).

Os grupos também fazem patrulhas em seus estados e treinam operações relâmpago simuladas com munição real.

Mas eles não fazem parte das Forças Armadas ou das forças de segurança dos Estados Unidos, como pode parecer. Estes homens pertencem ao chamado "movimento patriota".

Entenda como suspensão de Del Nero pela Fifa pode implodir a CBF

Del Nero adota na CBF Árbitro de Vídeo no Brasileirão
A Fifa baniu Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, de todas atividades do futebol por 90 dias, com possibilidade de se estender por mais 45 dias. Comitê de Ética Independente da entidade anunciou a decisão nesta manhã de sexta-feira (14/12) após uma investigação que se arrasta desde 2015. Del Nero deixa a presidência da CBF e no seu lugar assume o paraense Antonio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, vice-presidente mais velho da confederação nacional.

A mais mortífera campanha de bombardeamento da história

    por Ted Nace [*]

No momento em que o mundo observa com preocupação o crescimento de tensões e a retórica belicosa entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, um dos aspectos mais notáveis da situação é a ausência de qualquer reconhecimento público da razão subjacente para os temores norte-coreanos – ou, como foi chamado pela embaixadora nas Nações Unidas, Nikki Haley, o estado de paranóia" – nomeadamente a horrenda campanha de bombardeamento incendiário efectuada pela US Air Force durante a Guerra da Coreia e a mortandade sem precedentes que dela resultou.