segunda-feira, 21 de maio de 2018

Ciro tenta ser o Lula da era pós-Lula, mas nunca foi um caminho para a esquerda. Por Luis Felipe Miguel


     Ciro Gomes. Foto: Wikimedia Commons

Publicado no Facebook de Luis Felipe Miguel

Acho apropriada a estratégia do PT de manter a candidatura de Lula até o fim. A cada nova pesquisa eleitoral, fica mais evidente que, sem Lula, a legitimidade da eleição de outubro está ferida de morte. A manutenção da candidatura de Lula é a mais eloquente denúncia do Estado de exceção a que estamos submetidos.

A radicalidade desta defesa contrasta, porém, com todo o resto da coreografia eleitoral do PT, que insiste nas práticas dos últimos anos, vendo a eleição como um xadrez desconectado dos conflitos políticos fundamentais, pronto a se aliar com quem passe pela frente. Por vezes, sacrificando até seus melhores quadros. A pressão pela retirada da candidatura de Marília Arraes em Pernambuco, uma candidatura favorita ao governo, para dar apoio à reeleição de Paulo Câmara, é o exemplo mais dramático.

O Ministério das Relações Exteriores explicou por que a Rússia teve que vender o Alasca

O Ministério das Relações Exteriores explicou por que a Rússia teve que vender o Alasca.  387091.jpeg


A Rússia, ao assinar documentos para a venda do Alasca, entendeu seu benefício objetivo, explicou o diretor-adjunto do Departamento Histórico e Documentário do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, doutor em Ciências Históricas, Artem Rudnitsky.

Segundo ele, o acordo entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a venda do Alasca foi justo e correspondeu às normas internacionais da época.

Rudnitsky na conferência internacional russo-americana "Diálogo de Fort Ross - Reunião na Rússia", observou que a venda do Alasca pela Rússia foi devido a várias razões, incluindo o fato de que a colônia não era rentável, houve dificuldades objetivas em protegê-lo no caso de um ataque.

De onde vêm as pessoas que pedem refúgio no Brasil - e qual a situação em seus países?

Paula Adamo Idoeta - @paulaidoeta
Da BBC Brasil em São Paulo

REUTERS/BRUNO KELLY - Mais de 17 mil venezuelanos pediram refúgio no Brasil, mas nenhum obteve esse status do governo brasileiro em 2017

O resgate de um barco com 25 imigrantes africanos na costa do Maranhão no sábado reacendeu a discussão sobre o quanto o Brasil estaria, cada vez mais, atraindo pessoas de outros países em busca de refúgio ou de melhores condições de vida.

O país recebeu no ano passado 33.866 pedidos de refúgio de imigrantes, segundo um relatório recente do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) do Ministério da Justiça. É um recorde e o triplo do número de pedidos recebidos em 2016, mas ainda uma parcela ínfima da crise global: a ONU calcula haver no mundo 22,5 milhões de refugiados, concentrados sobretudo na África e no Oriente Médio.

Um olhar de perto à base naval de Guantánamo


«COMO residente do município de Caimanera eu posso falar sobre os impactos negativos de ter localizada neste território da província cubana de Guantánamo uma base militar norte-americana, contra a vontade do nosso povo», afirma ao Granma Internacional o professor Guillermo Paumier Labacena.

Em sua opinião, essa base militar impõe condutas e comportamentos diferentes aos indivíduos, que são afetados pela presença daquela instituição estrangeira. Em Caimanera existem regulamentações legais especiais que forçam as pessoas a não se sentirem confortáveis em seu ambiente e a viverem de maneira diferente.

Porque Lula tem quase 50% das intenções de votos?, por Fernando Horta


Porque Lula tem quase 50% das intenções de votos?

por Fernando Horta

A resposta é simples, embora longa.

A primeira resposta é porque o golpe deu errado. O óbvio não fica tão óbvio se você pensa que o poder se exerce pelas instituições e só. Se você acha que o golpe "deu certo" porque Temer está no poder, Carminha zigue-zague no STF e Lula preso, desculpe lhe dizer, mas você não entendeu o que é "poder".

O grande benefício que uma democracia entrega é o exercício legítimo do poder. Uma democracia diz que o vencedor governa, até o próximo mandato. E as pessoas aceitam isto. Democracia vive de legitimidade. Se o poder precisa se justificar física e violentamente por todos os lados, ele passa a ser um poder "caro".
Desde a queda de Dilma havia quatro promessas feitas pelos golpistas a quatro grupos essenciais na sociedade brasileira:

Judiciário na lona



É preciso entender por que 90% dos brasileiros não acredita mais no Judiciário. Por que chegamos a essa situação? Como se pode recuperar esse prestígio perdido? Dá ainda pra recuperar?

Havia sempre uma aura de respeitabilidade em torno do Judiciário, dos juízes, se supunha que tinham certa isenção para julgar, para defender o Estado de direito. De repente, num momento em que todas as instituições tradicionais são questionadas, o Judiciário aparece no fim da fila, entre as que mais prestigio perderam.

O acerto e os erros do PT, por Aldo Fornazieri


O acerto e os erros do PT

por Aldo Fornazieri

O PT está certo em manter a candidatura Lula. A correção dessa tese se deve a alguns motivos: cabe ao Judiciário, arbitrário e persecutório, excluir Lula das eleições e não ao seu partido. Seria faltar com o dever da lealdade o PT excluí-lo. Ademais, se o Judiciário (incluindo a Justiça Eleitoral) é golpista, como de fato o é, é preciso confrontá-lo, tensionar o seu arbítrio até o limite. Manter a candidatura Lula representa uma tática correta para pressionar pela sua liberdade. Por fim, existe uma possibilidade, embora remota, que se consiga manter o registro da candidatura e o nome de Lula na urna eletrônica, fator que poderia representar a sua libertação e a vitória eleitoral e um estancamento da destruição do Brasil.

domingo, 20 de maio de 2018

Brasil é um dos cinco países do mundo que mais vende terra para estrangeiros

A área do Cerrado nos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia atrai grandes investimentos do exterior. Os preços subiram em alguns casos até 270%

Terras agrárias na região nordeste do Brasil. JOSÉ CÍCERO DA SILVA AGÊNCIA PÚBLICA

CIRO BARROS (AGÊNCIA PÚBLICA)
https://brasil.elpais.com/brasil/

“A aquisição de terras de um país por governos e empresas estrangeiros é um processo que ocorre há vários séculos, porém, podemos detectar fases específicas nas diferentes histórias e geografias destas aquisições. Uma mudança importante teve início em 2006 e foi marcada por um rápido aumento no volume e na expansão geográfica das aquisições estrangeiras.” Assim a socióloga holandesa-americana Saskia Sassen, professora da Universidade de Columbia e da London School of Economics, uma das principais pensadoras sobre o tema, inicia o segundo capítulo do livro Expulsões (Paz e Terra, 2015), intitulado O novo mercado global de terras.