Jornal GGN - Donald Trump se elegeu presidente dos EUA com apoio maciço dos cristãos evangélicos. Ainda hoje, ele cultiva 70% de aprovação nesse nicho, enquanto os demais eleitores brancos, em sua maioria, romperam com o governo nos dois primeiros anos. É para retribuir à sustentação dos evangélicos que Trump se amarra em propostas como a transferência da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém. Passos, na América, copiados primeiro pela Guatemala e, agora, pelo Brasil sob Jair Bolsonaro.
O presidente brasileiro parece ter recuado da transferência de embaixada, mas ainda sustenta pautas evangélicas como a Escola Sem Partido e o combate, nas escolas, ao que chama de ideologia de gênero e marxismo cultural. O comprometimento do novo governo de extrema-direita com os eleitores evangélicos ficou sacramentado na escolha de uma pastora anti-religiões afros, anti-feminismo e contrária à diversidade sexual, Damares Alves, que costuma pregar a participação da Igreja na "restauração do Estado" e sua interferência em políticas públicas.