Diversos setores sociais sofreram com a truculência da ditadura militar brasileira. Um deles é o da ciência: diversos pesquisadores foram perseguidos no período. Neste artigo, discutiremos o “Massacre de Manguinhos”, nome dado ao episódio envolvendo a aposentadoria compulsória de 10 renomados cientistas do Instituto Oswaldo Cruz.
Por Jornal GGN
Foto da cerimônia da reintegração, realizada no campus de Fiocruz, Manguinhos, em 15 de agosto de 1986. Da esq. p/ dir.: Domingos Arthur Machado Filho, Massao Goto, Fernando Braga Ubatuba, Sebastião José de Oliveira, Hugo de Souza Lopes, Augusto Cid Mello Perissé, Moacyr Vaz de Andrade, Herman Lent, Haity Moussatché. Acervo do Departamento de Arquivo e Documentação (DAD/COC/Ficoruz).
do Café História
por Cristiane d’Avila
Lugares de memorial, arquivos, museus e centros de documentação são depositários do que é impossível a uma sociedade lembrar, ou do que ela não quer e/ou não deve esquecer. Em contexto de crise generalizada de representação e, sobretudo, de disputa pela verdade histórica – que coloca em xeque a crença, a credibilidade e a autoridade de tudo e de todos, incluindo empresas, governos, imprensa, justiça, ciência e a própria história – torna-se essencial apontar, a cada efeméride, a relevância dos arquivos para a história e a memória de uma coletividade.