segunda-feira, 22 de abril de 2019

O “Massacre de Manguinhos”: a repressão da ditadura contra cientistas do Instituto Oswaldo Cruz, por Cristiane d’Avila

Diversos setores sociais sofreram com a truculência da ditadura militar brasileira. Um deles é o da ciência: diversos pesquisadores foram perseguidos no período. Neste artigo, discutiremos o “Massacre de Manguinhos”, nome dado ao episódio envolvendo a aposentadoria compulsória de 10 renomados cientistas do Instituto Oswaldo Cruz.


Foto da cerimônia da reintegração, realizada no campus de Fiocruz, Manguinhos, em 15 de agosto de 1986. Da esq. p/ dir.: Domingos Arthur Machado Filho, Massao Goto, Fernando Braga Ubatuba, Sebastião José de Oliveira, Hugo de Souza Lopes, Augusto Cid Mello Perissé, Moacyr Vaz de Andrade, Herman Lent, Haity Moussatché. Acervo do Departamento de Arquivo e Documentação (DAD/COC/Ficoruz).

do Café História

por Cristiane d’Avila

Lugares de memorial, arquivos, museus e centros de documentação são depositários do que é impossível a uma sociedade lembrar, ou do que ela não quer e/ou não deve esquecer. Em contexto de crise generalizada de representação e, sobretudo, de disputa pela verdade histórica – que coloca em xeque a crença, a credibilidade e a autoridade de tudo e de todos, incluindo empresas, governos, imprensa, justiça, ciência e a própria história – torna-se essencial apontar, a cada efeméride, a relevância dos arquivos para a história e a memória de uma coletividade.

Em nota, MST pede liberdade para Lula e denuncia a vassalagem do governo Bolsonaro ao imperialismo

1_eIIK-FFj0G7QEkVFad4rSQ

Da redação – O Diário Causa Operária reproduz a seguir nota do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na qual a maior organização de camponeses pobres da América denuncia a vassalagem do pau-mandado do imperialismo, Jair Bolsonaro, bem como exige a liberdade do ex-presidente Lula. Também denuncia, de certa forma, a fraude que elegeu Bolsonaro. No entanto, é preciso que a esquerda, de modo geral, especialmente as organizações de massas, expressem claramente um sentido de luta e as denúncias sejam contundentes.

No governo Bolsonaro, a luta de facções substitui a disputa política

               POR FERNANDO BRITO 
          http://www.tijolaco.net/


Desde que a era “lavajatista” destruiu os mecanismos institucionais da política – os partidos – e que se colocou os movimentos sociais e os sindicatos sob o rótulo de apêndices do petismo, ficou muito difícil analisar a política brasileira.

Agora, por exemplo, estamos olhando muito e compreendendo pouco de um curioso embate “militares versus olavetes”, sobre o qual só podemos ver os tiros disparados, mas não os fundamentos de suas posições políticas, exceto a graduação alta ou super-alta de entreguismo do país.

Nova crise econômica mundial será grave e pode mudar ordem global existente, diz analista

Nota de 100 dólares em chamas


O mundo está à beira de uma iminente crise global provocada pelas ambições excessivas dos Estados: no início de 2019, a dívida mundial alcançou 244 trilhões de dólares e continua crescendo.
O principal problema atual é a perspectiva de uma recessão deflacionária prolongada e estagnação interminável da economia, como foi no caso do Japão nas últimas décadas, revelou Aleksandr Losev, diretor de uma empresa de gestão de ativos, ao diário Kommersant
O aumento da carga da dívida e o custo cada vez maior de sua manutenção afetam o crescimento econômico, aumentam os riscos de crédito e a possibilidade de incumprimento de pagamentos, o que no futuro criará dificuldades para refinanciar as dívidas e abrandará o "boom" de crédito que atualmente está estimulando o crescimento global, explicou Losev.

Caso PC Farias: Como a imprensa manipulou fatos para incriminar inocentes. Por Joaquim de Carvalho

            Publicado por Joaquim de Carvalho

Suzana Marcolino e PC Farias

O encerramento do caso PC Farias, determinado agora pelo Tribunal de Justiça de Alagoas, revela a farsa da cobertura jornalística de 22 anos atrás.

“Aquele caso foi o laboratório da manipulação midiática que viria a ocorrer como regra depois”, disse o advogado José Fragoso, que defendeu os seguranças denunciados pelo crime.

Venezuela: humanidade ou capital (por María Alejandra Díaz)

               Reprodução

María Alejandra Díaz (*)

No capitalismo, a condição comum é a pobreza de muitos. A globalização financeira extrativista é sua maior arma contra os Estados Nacionais, sobretudo o venezuelano, constitucionalmente subversivo e fundamentado em princípios e valores de igualdade, justiça, soberania, autodeterminação, independência, solidariedade, ética e respeito aos direitos humanos.

Nossos principais inimigos são as corporações, os organismos multilaterais (FMI, BM, OMC) e a mão suave da ONU, os quais propõem acabar com a soberania, padronizar normas, sistemas econômicos e ideológicos, segundo a visão capitalista concentradora, fraudulenta e criminal.

Povo brasileiro: abandonado no deserto


ALDO FORNAZIERI
https://www.brasil247.com/

Não são apenas 40 anos, mas mais de 500 que o povo brasileiro está errando no deserto. Somente em breves lampejos teve noção de rumo, uma vaga ideia de destino. Sem a esperança de um milênio de paz e de prosperidade, vive sob o castigo abrasador dos séculos pagando pecados que não cometeu. Nunca teve um Moisés como líder, que nos momentos de perdição e de extravio fosse capaz de impor a lei, a justiça e a igualdade pelo fio da espada, num ato de terror fundante, cortando a cabeça dos malvados e fazendo crer pela força na esperança na terra prometida. Os poucos líderes nacionais significativos que povo brasileiro teve, e que não completam os dedos de uma mão, em geral, foram profetas desarmados. O único que se armou foi Getúlio. Mas ao abandonar o ofício e a arte das armas, foi conduzido à morte pelo suicídio, num ato de desespero pelo que vislumbrava como destino padecente do povo. Lula, profeta desarmado, tornou-se um cativo de calabouço. 

STF deixa Lula falar. Tão tarde quanto a ida ao velório de Vavá, por Armando Coelho Neto

É a instituição Supremo Tribunal Federal e o papel que representa numa Democracia que está em jogo.

STF deixa Lula falar. Tão tarde quanto a ida ao velório de Vavá

por Armando Rodrigues Coelho Neto

Será que Lula vai mesmo falar? Já escrevi aqui sobre o Direito Penal do Lula, protagonizado com a conivência do denominado Supremo Tribunal Federal, que sempre decide contra os interesses daquele líder, hoje preso político na masmorra da Farsa Jato. Ser contrário a pleitos de Lula ou adiar julgamentos é pouco. Ouvidos moucos até para a Organização das Nações Unidas, o STF teve a pachorra de autorizar Lula a ir ao velório de seu irmão, quando o caixão estava prestes a ser fechado. Decisão fora do tempo é ineficaz e equivale à negativa.