terça-feira, 26 de março de 2024

Brasil – uma estratégia em construção

Imagem: Filipe Coelho

Por JOSÉ LUÍS FIORI*
aterraeredonda.com.br/

Não existe um documento oficial que defina e explique a nova política externa do presidente Lula

O Estado brasileiro não possui um documento que defina periodicamente sua “estratégia internacional”. Houve uma tentativa, durante o segundo governo Lula, mas o documento foi esquecido após o golpe de Estado de 2016, e mais ainda, durante o governo de Jair Bolsonaro, que era partidário de um alinhamento incondicional do Brasil ao lado dos Estados Unidos e de Israel, e chegou a defender, inclusive, o isolamento do país com relação à comunidade internacional.

AUTORITARISMO - Número zero: como surgiram os fasci italiani di combattimento

Os fasci italiani di combattimento da comuna de Lissone (Wikimedia Commons)

Entender a gênese do movimento desvela que não é de um dia para o outro que uma ideologia totalitária nasce

Railson Barboza

Por ressentimento entendemos uma manifestação emotiva descrita pela mistura de medo, repugnância, decepção e ódio, quase sempre desencadeada por frustrações. Com a participação fracassada da Itália na Primeira Guerra Mundial, instaurou-se a insatisfação, devido à quantia que foi gasta durante o confronto e às inúmeras vidas perdidas.

"Farsang" na Embaixada

Embaixador da Hungria e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/X)

'Viktor Orbán e seu embaixador não podem obstruir a Justiça do Brasil e dar refúgio a um cidadão acusado de tentar dar um golpe de Estado", diz Marcelo Zero

Marcelo Zero

Bolsonaro passou parte do Carnaval na embaixada da Hungria. Duas noites, mais precisamente.

Normal, não é?

Muita gente faz isso. Em vez de ir para o Nordeste ou para o Rio, o sujeito se refugia em alguma embaixada, com medo do barulho e da confusão.

Além disso, em Budapeste, a bela capital da Hungria, há também carnaval. Chama-se “farsang”, e é mais tranquilo que o brasileiro.

Foi isso. Bolsonaro trocou o carnaval pela “farsang”. Quem há de culpá-lo?

Por que Lula e a esquerda deveriam esquecer Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (Marcos Corrêa/PR)

Se foi conveniente para a disputa eleitoral e continua sendo para sensibilizar parte da sociedade em defesa de um governo que busca ser o mais amplo possível, a polarização com o bolsonarismo não é o melhor caminho para a reconstrução de um campo progressista com vigorosas raízes populares

Philippe Scerb

Já era fim de tarde quando voltava para casa de um almoço com amigos. Subindo a Avenida Rebouças, cruzei com algumas pessoas de verde e amarelo, com bandeiras do Brasil e camisas da seleção. Acabara há pouco na Avenida Paulista o ato em apoio e com a presença de Jair Bolsonaro, alvo de investigação sobre a tentativa frustrada de golpe de Estado em 2022.

segunda-feira, 25 de março de 2024

O provocador do FBI tornou-se o autor da versão sobre a fixação do ISIS na Rússia

@Zuma/TASS

Nem todos conseguem ver a olho nu a fixação do Estado Islâmico pela Rússia nos últimos dois anos e, de fato, pelo menos avaliar de alguma forma as suas atividades sem dicas adicionais do FBI.


Eu estava lendo a justificativa para o “vestígio do Estado Islâmico” (EI, também conhecido como ISIS, uma organização reconhecida como terrorista e proibida na Federação Russa) na perícia ocidental e continuei encontrando o nome de uma certa loja – “Soufan Grupo”, que me pareceu vagamente consonante com um sobrenome em algum lugar do fundo da memória.

Pesquisei no Google e, de fato - o “Grupo Sufan” foi fundado por Ali Sufan – a mesma memória indescritível do início dos anos 2000. Ele ficou famoso há 20 anos, durante a caça aos muçulmanos nos Estados Unidos após o 11 de setembro.

Quem mandou mandar matar Marielle?


Chiquinho e Domingos Brazão e Marielle Franco (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | Reprodução/Marielle, o documentário | Mídia NINJA)

"É indubitável que ainda há peças ausentes neste sombrio quebra-cabeça", avalia Salvio Kotter

Salvio Kotter
brasil247.com/

O resgate da democracia passa também pelo fortalecimento da autoestima. E o próximo presente, depois da prisão dos mandantes da morte de Marielle, poderia ser o pacote completo dos mandantes que mandavam nos mandantes presos - Moisés Mendes, no 247

Recentemente, enquanto acompanhava um telejornal, uma destacada comunicadora de um importante canal de esquerda apontava a seus espectadores que novos ventos apurativos indicavam não serem membros da família Bolsonaro os mentores do homicídio de Marielle. Se tal prenúncio requer preparação, deduz-se que exista uma expectativa robusta, uma quase torcida. Justificada, aliás, pelo desejo de responsabilizar as forças políticas percussoras de uma severa crise humanitária e suas 700 mil vítimas entre mil, mil e cem outros crimes.

A conexão Nuland – Budanov – Tadjique – Crocus

© Foto: Domínio público

A população russa deu ao Kremlin carta branca total para exercer punições brutais e máximas – seja qual for e onde quer que seja necessário.

Pepe Escobar

Vamos começar com a possível cadeia de eventos que pode ter levado ao ataque terrorista Crocus. Isso é o mais explosivo possível. Fontes da Intel em Moscou confirmam discretamente que esta é uma das principais linhas de investigação do FSB.

4 de dezembro de 2023. O ex-presidente do Estado-Maior Conjunto, Gen Mark Milley, apenas 3 meses após sua aposentadoria, disse ao porta-voz da CIA The Washington Post: “Não deveria haver nenhum russo que vai dormir sem se perguntar se vai dormir. ter a garganta cortada no meio da noite (…) É preciso voltar lá e criar uma campanha nos bastidores.”

O Cavalo de Troia de Israel


O "cais temporário" que está a ser construído na costa mediterrânica de Gaza não existe para aliviar a fome, mas sim para arrebanhar os palestinos em navios e levá-los para o exílio permanente.

Chris Hedges [*]

Os cais permitem que as coisas entrem. Permitem que as coisas saiam. E Israel – que não tem qualquer intenção de parar o seu cerco assassino a Gaza, incluindo a sua política de fome forçada – parece ter encontrado uma solução para o seu problema de e para onde expulsar os 2,3 milhões de palestinos.