terça-feira, 16 de abril de 2013

A História que não pode continuar secreta


Ontem, hoje e sempre… do lado certo (ilustração inserida pelo Viomundo, quando a Época, revista das Organizações Globo, festejava Demóstenes, o impoluto)

por Sidney Skiante, via Facebook

Conheci um certo professor de História do Ensino médio do Colégio de Aplicação da UFSC. Tem como metodologia de trabalho com seus alunos ler os jornais de circulação na cidade diariamente. Pinça certas manchetes e artigos. Consegue, com certa habilidade, fazer a ponte entre os acontecimentos atuais envolvendo com os acontecimentos de um passado não muito distante.

O povo que não conhece seu passado (principalmente aquele não muito distante) não sabe para onde deseja ir e, aí… qualquer caminho serve. E este qualquer caminho é o que interessa as forças dominantes.
Cabe então a uma outra parcela da sociedade (no qual entendo que a imprensa alternativa tem um papel fundamental) necessariamente tem que “acordar”…
Bom fiz minha introdução, agora gostaria de resgatar um pouco desta nossa história recente. Trata-se da certidão de nascimento da Rede Globo. É estarrecedor compreender este “chão” onde pisamos hoje. Além do livro publicado (A História Secreta da Rede Globo) existe alguma pesquisa sobre a dita CPI? Observem o trecho que peguei:
O diretor dos Diários Associados, deputado federal e presidente da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão, João Calmon em 13/94/1966 depondo na CPI que investigou as ligações entre a Globo e o Grupo Time-Life: “E esta é uma guerra — não é uma guerra quente, mas um episódio da guerra fria. Entretanto, se perdemos neste episódio, o Brasil deixará de ser um país independente para virar uma colônia, um protetorado. Muito mais fácil, muito mais cômodo e muito mais barato, não exige derramamento de sangue, controlar a opinião pública através dos seus órgãos de divulgação, do que construir bases militares ou financiar tropas de ocupação”.
Roberto Marinho disse em 20/04/1966, depondo na CPI que investigou as ligações entre a Globo e o Grupo Time-Life: “As empresas jornalísticas sofreram, mais talvez do que quaisquer outras, certas injunções, como depressões políticas, acontecimentos militares. Os prognósticos que estamos fazendo na TV Globo dependem muito da normalidade, da tranqüilidade da vida brasileira. Esses planos podem ser profundamente alterados, se houver um imprevisto qualquer ou advir uma situação que não esteja dentro dos esquemas traçados, como se vê nas operações de guerra”.
Boa parcela da população brasileira não consegue fazer a leitura do dito professor… Quem é a mídia hoje e de onde vem …
Fica meu registro e desabafo! Abraço …

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