Ontem, hoje e sempre…
do lado certo (ilustração inserida pelo Viomundo, quando a Época,
revista das Organizações Globo, festejava Demóstenes, o impoluto)
por Sidney
Skiante, via Facebook
Conheci um certo
professor de História do Ensino médio do Colégio de Aplicação da UFSC. Tem como
metodologia de trabalho com seus alunos ler os jornais de circulação na cidade
diariamente. Pinça certas manchetes e artigos. Consegue, com certa habilidade,
fazer a ponte entre os acontecimentos atuais envolvendo com os acontecimentos
de um passado não muito distante.
O povo que não
conhece seu passado (principalmente aquele não muito distante) não sabe para
onde deseja ir e, aí… qualquer caminho serve. E este qualquer caminho é o que
interessa as forças dominantes.
Cabe então a uma
outra parcela da sociedade (no qual entendo que a imprensa alternativa tem um
papel fundamental) necessariamente tem que “acordar”…
Bom fiz minha
introdução, agora gostaria de resgatar um pouco desta nossa história recente.
Trata-se da certidão de nascimento da Rede Globo. É estarrecedor compreender
este “chão” onde pisamos hoje. Além do livro publicado (A
História Secreta da Rede Globo) existe alguma pesquisa sobre a dita CPI?
Observem o trecho que peguei:
O diretor dos Diários
Associados, deputado federal e presidente da Associação Brasileira das
Emissoras de Rádio e Televisão, João Calmon em 13/94/1966 depondo na CPI que
investigou as ligações entre a Globo e o Grupo Time-Life: “E esta é uma guerra
— não é uma guerra quente, mas um episódio da guerra fria. Entretanto, se
perdemos neste episódio, o Brasil deixará de ser um país independente para virar
uma colônia, um protetorado. Muito mais fácil, muito mais cômodo e muito mais
barato, não exige derramamento de sangue, controlar a opinião pública através
dos seus órgãos de divulgação, do que construir bases militares ou financiar
tropas de ocupação”.
Roberto Marinho disse
em 20/04/1966, depondo na CPI que investigou as ligações entre a Globo e o
Grupo Time-Life: “As empresas jornalísticas sofreram, mais talvez do que
quaisquer outras, certas injunções, como depressões políticas, acontecimentos
militares. Os prognósticos que estamos fazendo na TV Globo dependem muito da
normalidade, da tranqüilidade da vida brasileira. Esses planos podem ser
profundamente alterados, se houver um imprevisto qualquer ou advir uma situação
que não esteja dentro dos esquemas traçados, como se vê nas operações de
guerra”.
Boa parcela da
população brasileira não consegue fazer a leitura do dito professor… Quem é a
mídia hoje e de onde vem …
Fica meu registro e
desabafo! Abraço …
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