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Empresariado, mídia e Congresso: a “tríplice aliança” que derrubou Getúlio e Jango une-se de novo para golpear a democracia. Mas o julgamento histórico é implacável e seu tribunal — ao contrário do Senado — não admite negociatas
Por Guilherme Boulos
O Senado iniciou quinta-feira (25) o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff. Não será a primeira vez na história brasileira que se trama a deposição de um presidente sem qualquer fundamento constitucional. Em 1954 com Getúlio, em 64 com Jango e agora com Dilma. Processos distintos, é verdade, mas que contaram todos eles com uma “tríplice aliança”, formada pelo engajamento do empresariado, a parcialidade da imprensa e a covardia do Congresso.