terça-feira, 30 de agosto de 2016

García Linera: 'O povo não se mobiliza apenas quando sofre'

Vice de Evo Morales falou sobre a realidade socioeconômica do seu país, da onda conservadora, dos ciclos políticos e sobre como combater a corrupção.

   Martín Granovsky, para o Página/12 // www.cartamaior.com.br

São as nove da noite de quarta-feira (24/8) na cidade de La Plata, na Argentina. Álvaro García Linera se levantou às quatro e meia da manhã, porque Evo Morales convocou uma reunião de gabinete. Continua de pé até este momento, no estúdio da Faculdade de Jornalismo de La Plata onde acaba de receber o Prêmio Rodolfo Walsh, das mãos da decana Florencia Saintout. Durante a cerimônia, ele diz que “este não é um bom momento para a América Latina”.

Sempre acompanhado por Carlos Girotti, da CTA (Central de Trabalhadores Argentinos), o vice-presidente da Bolívia teve suas tarde e noite ocupada pelos eventos em sua homenagem. Na quinta-feira, viajou a Santiago del Estero, para o Fórum Internacional Horizontes da Educação em Nossa América, impulsado pela universidade local e pelo ParlaSul, através da parlamentária Ana María Corradi, da FpV (a aliança kirchnerista Frente para a Vitória).

Os golpistas escondem a verdade sob a injustiça

                  LEONARDO BOFF // http://www.brasil247.com/
Pedro França: <p> Em destaque, senador Aécio Neves (PSDB-MG). Foto: Pedro França/Agência Senado</p>
Está em curso ainda, nesta segunda-feira, o julgamento da presidenta Dilma Rousseff por pretenso crime de responsabilidade.

Seu discurso foi altaneiro, respeitoso e com uma cerrada argumentação. Mostrou de forma cabal que constitucionalmente não cometeu crime nenhum com referência a dois decretos de suplementação (pedaladas) e o plano Safra. Juntos afetam apenas em 0,18% do orçamento da União. Praticamente muito pouco. Mesmo que houvesse algum delito, por menor que seja, a pena é absolutamente desproporcional. Por um pequeno acidente de bicicleta, a presidenta é condenada à morte.

A coragem e a dignidade de Dilma calaram senadores

                 LAUREZ CERQUEIRA // http://www.brasil247.com/
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Os senadores golpistas baixaram a bola.

Eles não esperavam que Dilma fosse ao Senado fazer a própria defesa, encará-los e desafiá-los a provar que ela cometera crime de responsabilidade.

Talvez pensaram que seria uma sessão sobre a qual teriam domínio, como de costume, mas não foi bem assim.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A RETOMADA DOS PRIVILÉGIOS - O golpe é patriarcal, sexista, capitalista e midiático

Quem são os articuladores desse golpe em vigência? São homens brancos, ricos, violentos e vorazes, os quais se explicitaram como estruturantes do patriarcado brasileiro, que une gênero, raça e classe

por Eleonora Menicucci // http://www.diplomatique.org.br/

Na vigência de um golpe patriarcal, machista, sexista, capitalista, fundamentalista, midiático e parlamentar, que retirou da Presidência da República a primeira mulher eleita e reeleita com mais de 54 milhões de votos, como ficam os direitos conquistados e a cidadania das mulheres?

Quem são os articuladores desse golpe em vigência? São homens brancos, ricos, violentos e vorazes, os quais se explicitaram como estruturantes do patriarcado brasileiro, que une gênero, raça e classe. Desmontam as políticas sociais que sustentam a vida cotidiana, eliminam direitos civis, sociais e trabalhistas que garantem a cidadania e privatizam com a maior velocidade já vista todos os bens públicos.

A grande imprensa e o governo do golpe

                  Por Paulo Kliass // http://www.carosamigos.com.br/
O caso brasileiro ocorrido entre 2014 e 2016 vai se transformar certamente em objeto de um sem-número de dissertações, teses, livros e filmes.
Um dos aspectos mais importantes que devem ser creditados ao sucesso da “operação golpeachment” refere-se ao papel exercido pelos grandes meios de comunicação ao longo de todo o processo. A participação da grande imprensa foi essencial para ajudar no estabelecimento de uma leitura hegemônica a respeito da inevitabilidade do afastamento da Presidenta.

A lógica do capitalismo neoliberal

http://resistir.info/ // por Prabhat Patnaik [*]
O capitalismo é um sistema "espontâneo" no sentido de que a sua dinâmica se caracteriza pelo desdobramento de certas tendências imanentes, tais como a mercantilização de tudo, a destruição da produção pré capitalista e o processo de centralização do capital. Levanta-se a questão: qual é o papel do Estado nesta dinâmica espontânea do capitalismo? Em geral o Estado numa sociedade capitalista ajuda esta dinâmica, removendo entraves e acelerando a operação das suas tendências imanentes. Entretanto pode haver certas conjunturas históricas em que a correlação de forças de classe é tal que o Estado pode ter de actuar para restringir a espontaneidade do capitalismo. 

A Rússia instala-se militarmente no Irão

http://port.pravda.ru/
A Rússia instala-se militarmente no Irão. 24990.jpegOs dirigentes e os média ocidentais estão surpreendidos com a instalação de uma base militar russa no Irão --tal como eles já o tinham sido durante a instalação na Síria--- em Setembro de 2015. No entanto, estes dois movimentos haviam sido longamente preparados, desde Novembro de 2015 em relação ao Irão, desde Junho de 2012 em relação à Síria. Mesmo não estando destinada a ser permanente, a base de Hamadān atesta a mudança do estatuto internacional da Rússia, agora presente para lá da sua zona de influência tradicional.

Valentin Vasilescu

A 30 de Setembro de 2015, a Rússia movimentou um grupo de bombardeiros de combate para a base aérea da Hmeymim afim de iniciar a campanha de bombardeamentos contra os jiadistas na Síria. A 23 de Novembro de 2015, o Presidente Vladimir Putin efectuou uma visita ao Irão. Presume-se que, durante esta visita, ele pedira permissão para utilizar a base aérea de Hamadān para, pelo menos, um esquadrão de bombardeiros Tu - 22M 3 russo que deveria operar na Síria.

Bomba! Vazou reunião da CIA: o pré-sal é "nosso"!

                Primeiro, quebrar a Petrobras!
Chico.jpg

Reunião na CIA em janeiro de 2015

Em uma sala de reuniões ampla, com cortinas fechadas em um de seus lados, vê-se no centro da sala, uma mesa retangular em torno da qual estão umas vinte pessoas acomodadas em cadeiras confortáveis. Cada pessoa tem à sua frente um mesmo dossiê. O cidadão da cabeceira começa a falar. 

- Não serão feitas apresentações e não precisam se identificar ao falar. Todos sabem do que iremos tratar. Por favor, comece.

Esta última frase é dita enquanto olha para o cidadão ao seu lado. Este toma a palavra.