domingo, 4 de setembro de 2016

Xadrez da volta das vivandeiras dos quarteis

             Luis Nassif // http://jornalggn.com.br/

Tem-se um quadro montado para jogar as Forças Armadas na tarefa menor da repressão interna.

Entenda.

Peça 1 – a volta das vivandeiras

Tem-se um quadro completo, com os principais personagens para a montagem desse jogo:

Os black blocs

Um grupo de ultraesquerda infiltrado nas manifestações, promovendo quebra-quebra e sendo tratado com um certo paternalismo por setores da esquerda. No seu primarismo político, os black bloc livram a PM do trabalho sujo de simular quebradeiras.

O que nos espera: a fúria de um capitalismo sem intermediários

A transparência para manejar decisões que concentram o futuro de um Brasil em crise de desenvolvimento, exige democracia ativa e Estado indutor.

              Da Redação // www.cartamaior.com.br

Consumado o golpe, com a aprovação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff pelo Senado (31.08.2016), o Brasil se vê diante da fúria de um capitalismo faminto e sem intermediários.
O mercado comemora a ascensão bruta ao poder sem peia, nem pejo.
Agora sim, são os ‘seus’. Com a mão nada leve no leme estão Serra, Meirelles, Ilan, Jucá e assemelhados. Um dream team.
Exigências do lucro privado, das corporações internacionais, dos rentistas e da república dos acionistas - festeja-se - passam a ditar a política econômica do Estado brasileiro.
Não é metafórico: é ditar mesmo.

Privatização: a lógica da Casa Grande

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Sem debate, governo ameça entrega do patrimônio da União. Perdas serão permanentes e arrecadação, pífia — equivalente a apenas um trimestre de déficit público
Por Laura Carvalho / / http://outraspalavras.net/
O ministro interino da Fazenda, Henrique Meirelles, em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo do dia 9/7/2016, afirmou que, para equilibrar as contas públicas, “o plano A é o controle de despesas, o B é privatização, e o C, aumento de imposto”.
Algum demagogo de plantão, habituado a seduzir eleitores incautos pela explicação do Orçamento da União a partir da dinâmica do orçamento doméstico, poderia aproveitar-se facilmente do roteiro proposto pelo ministro para desfazer qualquer esperança da população quanto a dias melhores na economia.

El País: Michel Temer, o presidente que ninguém pediu

               https://limpinhoecheiroso.com/
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Novo presidente é o alvo da ira de amplos setores da população que não se sentem representados por ele.

Tom C. Avendaño, via El País em 1º/9/2016

Conta Michel Temer, o homem que na quarta-feira, dia 31/8, assumiu a Presidência do Brasil, que quando era um menino de 9 anos, leitor e solitário, viu uma imagem que lhe ficou gravada para sempre: era em À Noite Sonhamos, um filme sobre o compositor franco-polonês Frédéric Chopin. “Fiquei tão impressionado quando vi cair uma gota de sangue sobre o piano que pedi a meu pai que me matriculasse em aulas de piano”, lembrava em 2010 para a revista Piauí. Seu pai, um imigrante que havia chegado do Líbano fazia 10 anos, o colocou em aulas de datilografia. “Aprendi a dedilhar as teclas da máquina como se fossem as do teclado.”

Lula denuncia o golpe para o mundo

                 https://limpinhoecheiroso.com/
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Via Brasil 247 em 1º/9/2016

Na semana passada, o ex-presidente Lula enviou uma carta a governantes do mundo todo para denunciar o golpe no Brasil. A carta foi endereçada a governantes de cada um dos países com os quais o Brasil mantém relações.

Lula denuncia, na carta, a campanha “para excluir do processo político, por meios arbitrários”, o PT e ele próprio do poder. “As forças conservadoras querem obter por meios escusos aquilo que não conseguiram democraticamente: impedir a continuidade e o avanço do projeto de desenvolvimento e inclusão social liderado pelo PT”, diz o texto. A carta também foi encaminhada a ex-governantes com os quais ele dialogou durante seu período na presidência.

A professora se deu ao trabalho de ver o Jornal da Globo. E descobriu como a emissora vende as “reformas” de Temer: ou faz, ou faz

                 http://www.viomundo.com.br/
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A felicidade não é completa – uma hora e meia na TV Globo

Por Priscila Figueiredo*

Na edição do Jornal da Globo da última quarta-feira, quando a votação dos senadores decidiu pelo impeachment de Dilma Rousseff, William Waack surgiu como tendo tirado um grande peso das costas. Não só ele, na verdade.

A sua locução mais tarde, no bloco tradicional dos gols da rodada, continuaria naturalmente a tonalidade do bloco político. O céu se abriu no jornal e quase sem nuvens seguiria no programa seguinte, com Jô Soares e sua bancada agora de seis moças, risonhas e concertadas.

Jornal suíço compara Marcela Temer a Maria Antonieta.

                   POR JARI DA ROCHA, COLABORAÇÃO PARA O TIJOLAÇO // http://www.tijolaco.com.br/
Um dia após a consumação do golpe no Brasil, o jornal suíço “Tagesanzeiger”, ironiza o mais famoso ‘conto de fadas’ brasileiro: Die brasilianische Marie Antoinette.
Marcela Temer é comparada à rainha francesa Maria Antonieta, cujos hábitos extravagantes, de luxo e riqueza, contrastavam com a miséria a que o povo fora submetido.
Filha do imperador Francisco I, Maria Antonieta se casou com Luís XVI aos 14 anos. A ideia era fortalecer a aliança franco-austríaca.
No dia 14 de julho de 1789, fartos por não conseguirem comer nem o pão que o diabo amassou e, após ouvirem a suposta resposta da rainha sobre sua condição de miséria extrema (Se não têm pão, que comam brioches), os camponeses resolveram por abaixo a Bastilha (para onde eram mandados os ‘inimigos do reino’).

Porque é uma falácia comparar a economia doméstica com a do governo

A administração das finanças do lar da maioria da população é complexa, mas não guarda qualquer semelhança com a economia do setor público

               por João Sicsú // http://www.cartacapital.com.br/
Michel Temer durante pronunciamento               Michel Temer durante pronunciamento à nação na noite de quarta 31
“O governo é como sua família. Se estiver endividada, precisa diminuir despesas para pagar dívidas. Por isso, uma de nossas primeiras providências foi impor limites para os gastos públicos”, declarou o recém-empossado Michel Temer, em pronunciamento em cadeia nacional na quarta-feira 31, dia do golpe. 
É um equivoco recorrente pensar que se deve administrar a economia do setor público tal como se administram as finanças domésticas. Chefes de família, homens ou mulheres, aprendem ao longo de suas vidas como devem organizar suas receitas, despesas e dívidas. Tarefa que não é simples.