Habilidoso como um rinoceronte e com um porrete na mão, o chanceler José Serra, que implantou no Itamaraty a diplomacia do brucutu, aconselhou recentemente, cinicamente, os países vizinhos a aprenderem com o Brasil como se faz democracia. O conselho foi dado justo quando o grupo do qual participa, estuprando a Constituição sob os olhares complacentes da Suprema Corte, promoveu o golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff, eleita por 54 milhões de votos. Seu conselho foi um deboche ou, na sua visão obliterada por aqueles olhos esbugalhados, ele entendeu mesmo ter sido o golpe um belo exemplo de democracia? É claro que foi um deboche, porque ele pode ser feio, mas não é burro. Na verdade, ele está simplesmente cumprindo fielmente o papel que lhe foi destinado pelos Estados Unidos, enfraquecendo o Mercosul e incompatibilizando o Brasil com o resto do Continente Sul-Americano para que o nosso país volte a ser submisso à grande nação do Norte. Em pouco tempo ele está destruindo todo o trabalho da diplomacia brasileira nos governos Lula e Dilma.
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
O PIB, o IMI e outros modos de mercantilização da vida
http://grazia-tanta.blogspot.com.br/
1 - O mercado, o PIB e a punção fiscal
2 - O banco de ideias de extorsão fiscal
3 - A habitação própria e o ilegítimo IMI
4 - Energias renováveis. Como os Estados se apropriam do sol e do vento
5 - Os latrineiros
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1 - O mercado, o PIB e a punção fiscal
A inclusão no mercado e a contabilização no PIB andam de mão dada com a punção fiscal.
Entre as atividades não incluídas no PIB contam-se os rendimentos encaminhados para offshores e que vão permitindo o bom alojamento do Ricardo Salgado, por exemplo; os rendimentos do crime, dos tráficos vários, de droga, imigrantes, órgãos e mulheres; os rendimentos de trabalhadores pobres, de biscatos, naturalmente não revelados à máquina fiscal; e, finalmente, as economias domésticas, os arranjos, o produto de hortas e galinheiros familiares, totalmente fora da economia de mercado. Tudo isto, em Portugal corresponderá a cerca de 25% do PIB contabilizado.
Fora o que se deve temer
http://port.pravda.ru/
"Nossa desigualdade, seja pela indiferença de uma elite vampiresca e míope, seja pelo desprezo de uma classe média boçal e tola, é uma continuidade direta com a escravidão nunca assumida efetivamente e nunca criticada em sua continuidade até os dias de hoje."
(Jessé Souza, A Radiografia do Golpe, LeYa, 2016)
Pedro Augusto Pinho*
No poder rentista da sociedade brasileira atual, os aspectos financeiros prevalecem sobre tudo e todos demais valores e mesmo nas relações entre pessoas, como prova temos a proeminência do Banco Central sobre as instituições nacionais, quer produtivas, quer comerciais, o que se dirá então das científicas, tecnológicas e educacionais.
Eis o passo a passo para livrar o PSDB da Lava Jato
Operação envolve quatro fases: lei para anistiar “caixa 2”; pressões sobre Léo Pinho, da OAS, para que mude seu depoimento; afastamento da vice-Procuradora Geral e nomeação de um aliado de Aécio
Por Luis Nassif, no GGN | Imagem: Banksy // http://outraspalavras.net/
Conforme previsto, caminha-se para um acordão em torno da Lava Jato que lança a crise política em uma nova etapa com desdobramentos imprevisíveis.
Movimento 1 – os ajustes na Lava Jato
Trata-se de um movimento radical do Procurador Geral da República (PGR) Rodrigo Janot, que praticamente fecha a linha de raciocínio que vimos desenvolvendo sobre sua estratégia política.
Izaías Almada: Professor Nildo mata a pau a arrogância de alguns “pensadores” brasileiros
http://www.viomundo.com.br/
por Izaías Almada
Fui presenteado esses dias pela minha filha, que vive no Canadá, com o vídeo acima, que reputo sensacional.
Trata-se de uma palestra do professor Nildo Ouriques, de Santa Catarina, postada no YouTube.
Em parte, ele explica um pouco sobre a intelectualidade contemporânea do Brasil que, queiramos ou não, tem grande responsabilidade na visão política da nossa história mais recente.
Descrédito na política: os poderosos seguirão intocados
Governo Temer faz valer o coronelismo da República Velha, segundo o qual tanto faz quem está de plantão no governo
por Marcio Pochmann // http://www.redebrasilatual.com.br/
ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL
Avenida Paulista, 31 de agosto de 2016: consolidação do golpe ao governo Dilma Rousseff
Nos estertores do mês de agosto do ano de 2016, o processo de impedimento do governo da presidenta Dilma Rousseff, legítima e majoritariamente eleita em novembro de 2014, fez acender o alerta amarelo acerca da finalidade e da validade do regime democrático no Brasil. Por sua tradição autoritária, posto que sua experiência democrática representa apenas um quarto tempo da sua existência enquanto nação independente desde 1822, a perspectiva da disputa pelo poder por meio das eleições livres encontra-se novamente comprometida.
Um golpe à democracia e à soberania na AL. Por Eleonora de Lucena, apesar do Clarín
http://www.tijolaco.com.br/
A jornalista Eleonora de Lucena publicou, no Facebook, artigo que lhe foi encomendado pelo jornal argentino Clarín e não publicado porque lhe exigiram “amenizar” trechos. Especificamente,”não queriam que eu falasse em ‘submissão aos EUA”, diz ela.
Os pregoeiros da “liberdade de imprensa” em nosso continente são a favor da livre expressão do pensamento. Da do deles, é claro.
Republico o texto de Lucena, ótimo como sempre:
O julgamento de Dilma Rousseff atropela a democracia e expõe de maneira crua o embate de interesses antagônicos na América Latina. De um lado, um projeto de integração regional sem submissão aos Estados Unidos; de outro, a volta das conhecidas “relações carnais” com o império do Norte.
MEMÓRIAS DA FÁBRICA - Participação da Volks na ditadura é investigada pelo MP
Denúncias sobre participação da montadora no aparato repressivo após o golpe de 1964 formam um capítulo histórico ainda obscuro
por Vitor Nuzzi // http://www.redebrasilatual.com.br/
Nos anos 1970 e 1980 a Volks manteve um rígido esquema de segurança em sua unidade de São Bernardo
Divulgado há quase dois anos, o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV) destinou um capítulo aos trabalhadores e ao movimento sindical. Entre as investigações que ficaram pendentes, está a participação de empresas em atividades da ditadura. E o caso da Volkswagen, entre outros, pode mostrar avanços em prazo mais curto: a pedido de várias entidades, o Ministério Público investiga, desde o final de 2015, possível colaboração da montadora com órgãos de repressão e violações de direitos humanos.
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