http://www.diplomatique.org.br/ por Finn Brunton
A China concluiu em julho a construção de um dos maiores radiotelescópios do mundo. O equipamento vai mapear o espaço à procura de sinais extraterrestres. Há séculos a humanidade sonha em estabelecer contato com outros mundos. Das mais loucas às mais sérias, essas tentativas apoiam-se em uma representação comum: esse
A tempestade foi mais forte que o previsto. A tripulação estava mal preparada, o navio afundou. Você conseguiu agarrar-se a um pedaço dos destroços. Depois de passar alguns dias à deriva em alto-mar, você vai parar em uma praia desconhecida. O socorro deve estar sobrevoando a área em busca de sobreviventes. O que você fará para que notem sua presença?
O desafio consiste em utilizar os materiais fornecidos pelo ambiente de modo suficientemente organizado para que, ao primeiro olhar, sua ação seja identificada como distinta da ação da natureza. Você precisa emitir uma mensagem que não deixe dúvidas quanto à sua origem humana e seja compreensível para qualquer pessoa, independentemente da língua e da cultura, pois você não sabe onde está.
A resposta mais óbvia é bem conhecida de campistas, marinheiros e aviadores do mundo todo: padrões e luz. Recolha pedras e as disponha em um esquema geométrico, em forma de triângulo, por exemplo, ou de “SOS”. Encontre uma superfície reflexiva e envie sinais luminosos em determinado ritmo, ou acenda uma fogueira. Se você quiser deixar uma indicação que outras pessoas possam seguir, erga um monte de pedras, componha uma figura com galhos e restos de plantas e pendure-a em uma árvore, ou então desenhe um grande “T” com objetos de várias cores. Mas o que fazer para enviar uma informação mais sofisticada – por exemplo, que você precisa urgentemente de insulina, ou que não há lugar adequado para aterrissagem na vizinhança, ou que você foi para o noroeste tentar encontrar comida?