sábado, 23 de dezembro de 2017

Estes natais sinistros

por Gabriel García Márquez

Já ninguém se recorda de Deus no Natal. Há tanto estrondo de corneta e fogos de artifício, tantas guirlandas de focos de cores, tantos perus inocentes degolados e tantas angústias de dinheiro que ultrapassam nossos recursos reais que podemos nos perguntar se a alguém resta um instante para perceber que semelhante alvoroço é para celebrar o aniversário de uma criança que nasceu há 2000 anos numa estrebaria de miséria, a pouca distância de onde havia nascido, uns mil anos antes, o rei David. Novecentos e cinquenta e quatro milhões de cristãos crêem que essa criança era Deus encarnado, mas muitos celebram-no se na realidade não o acreditassem. Celembram-no além disso muitos milhões que nunca o acreditaram, mas agrada-lhes a pândega, e muitos outros estariam dispostos a virar o mundo do avesso para que ninguém continuasse a acreditar. Seria interessante averiguar quantos deles crêem também, no fundo da sua alma, que o Natal de agora é uma festa abominável, e não se atrevem a dize-lo por um preconceito que já não é religioso e sim social. 

Estados Unidos manejam a Lava Jato para destruir o Brasil e a América Latina

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Por El Clarín - Chile 

Dilma Rousseff e Cristina Kirchner denunciaram que líderes nacionalistas e progressistas do continente estão sendo submetidos sistematicamente ao 'lawfare'

Num discurso feito em julho deste ano, no qual felicitava a si mesmo, o subprocurador geral estadunidense Kenneth A. Blanco, que dirigia a Divisão Penal do Departamento de Justiça (porque logo o Secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, o escolheu para encabeçar a Direção de Investigação sobre Delitos Financeiros), se referiu ao veredito condenatório ditado contra o ex-presidente do Brasil, Lula da Silva, como o principal exemplo dos “resultados extraordinários” alcançados graças à colaboração do Departamento de Justiça (DOJ, por sua sigla em inglês) com os promotores brasileiros na operação “anti corrupção” chamada Lava Jato.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Sociedades sem Deus: por que os países menos religiosos são os mais satisfeitos socialmente. Entrevista especial com o sociólogo Phil Zuckerman

Resultado de imagem para ReligiõesO que seria de nossas sociedades se Deus simplesmente não existisse para grande parte da população? Essa foi uma das perguntas que o sociólogo norte-americano Phil Zuckerman certamente tinha em mente ao dar início à sua mais recente pesquisa, que o levou a morar por mais de um ano na Escandinávia, especificamente na Dinamarcae na Suécia. Na bagagem, levava uma pergunta desafiante: como esses dois países, considerados os menos religiosos do mundo em todas as pesquisas prévias, podiam ser os que possuíam os mais altos índices de qualidade de vida, com economias fortes, baixas taxas de criminalidade, alto padrão de vida e igualdade social (em resumo, “contentment”, contentamento, satisfação, como ele chamou no subtítulo de seu livro)?
Zuckerman tinha ainda outro objetivo, mais localizado. Segundo ele, em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line, a maioria de seus conterrâneos norte-americanos “pensa que qualquer sociedade que deixa de louvar a Deus ou de colocá-Lo no centro de sua cultura será condenada”, ou que “sem uma religião forte, um país se desintegrará no caos, no crime e na imoralidade”. Assim, entrevistando 150 cidadãos dinamarqueses e suecos, ele quis mostrar que, mesmo sem Deus, “é possível que uma sociedade seja forte, saudável, moral e próspera”.

6 motivos por que a religião faz mal para a sociedade


Publicado na Salon

Em 2010, o sociólogo Phil Zuckerman publicou o livro “A Sociedade sem Deus: O que as nações menos religiosas podem nos dizer sobre o Contentamento”. Zuckerman alinhou provas de que as sociedades menos religiosas tendem também a ser as mais pacíficas, prósperas e justas, com políticas públicas que ajudam as pessoas a florescer, enquanto diminuem o desespero e a gula econômica.
Podemos discutir se a prosperidade e a paz levam as pessoas a ser menos religiosas ou vice-versa. Na verdade, as evidências apóiam a visão de que a religião prospera com a ansiedade existencial. Mas, mesmo se este for o caso, há boas razões para suspeitar que a ligação entre religião e sociedades com problemas vai nos dois sentidos. Aqui estão seis indicativos de que religiões fazem com que seja mais difícil alcançar a prosperidade pacífica.

TEMER VENDE FORÇA AÉREA AO PENTÁGONO

A Boeing é uma empresa estatal americana!


Brasil sem Embraer: o governo é parte da trama

Em 19/9, Temer encontrou-se com Trump em Nova York. Três semanas antes, sem alarde, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, abria, no TCU, processo sigiloso para derrubar a cláusula que impede venda da Embraer à Boeing

Agora, Temer finge defender a empresa. Mas há três meses trama, em surdina, fim do único dispositivo que pode impedir sua desnacionalização. Vale e IRB podem ter mesmo destino
Por Herbert Claros da SilvaRenata Belzunces dos Santos Marco Antonio Gonsales de Oliveira 1 // http://outraspalavras.net/
Há três meses, o governo, via Ministério da Fazenda, encaminhou uma consulta ao Tribunal de Contas da União para liquidar as golden sharede três companhias estratégicas: Embraer, Vale e IRB-Brasil Resseguros. Agora, que a norte-americana Boeing fez uma oferta para comprar a Embraer, este mesmo governo diz que nunca venderia a empresa, terceira maior do mundo em seu setor.
Entenda o que são as golden share: origem, objetivo e exemplos.
Golden Share
Recentemente, foi veiculada a informação de que o Ministério da Fazenda solicitou consulta ao Tribunal de Contas da União para que o governo federal possa se desfazer das ações especiais que possui em três companhias estratégicas: Embraer, Vale e IRB-Brasil Resseguros. O Ministério da Fazenda emitiu a solicitação de consulta em 19 de julho de 2017 e o TCU abriu processo no final de agosto para responder o pedido2.

Embraer espera resposta do governo Temer para negociar sua venda à Boeing

     Foto: Antônio Milena/ABr 
 
Patricia Faermann
https://jornalggn.com.br/

Jornal GGN - Como parte das estratégias de interesse nacional dos Estados Unidos sobre o mercado mundial, a fabricante norte-americana de aviões Boeing tenta há anos derrubar a sua principal competidora, a Airbus. E peça central nessa disputa é a aquisição da brasileira Embraer, terceira companhia área do mundo.
 
Além de ficar atrás apenas das gigantes Boeing e Airbus, a Embraer fechou a cartela de vendas de 2016 com mais de R$ 21 bilhões de receita, grande parte com as vendas de pedidos firmes e com uma meta ainda maior: o chamado Desafio 200.

A prisão de Maluf: justiça tardia não é justiça

Rovena Rosa/Agência Brasil


Prenderam Maluf. De novo. Da última vez que isso aconteceu, ficou cinquenta dias preso e, depois, o STF soltou à risota. Lembro-me da cena debochada. A chacoalhada do ministro estampado na capa do jornal.

Brasileiros de bens pintam e bordam sem ser molestados. E, diante dos malfeitos destes, não há “brasileiros de bem” com camiseta da seleção para protestar batendo panelas Le Creuset com talheres WMf. Na verdade, não acham nada de mais roubar, desde que não seja, o ladrão, um petista.