terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Eleitor médio de Bolsonaro é rico e idiota, diz estudo



Pesquisas e estudos recentes dão conta de que o eleitor médio do extremista de direita Jair Bolsonaro é mais rico, usa mais as redes sociais para defender suas, vá lá, “ideias” políticas, mas, também, é um tipo de eleitor basicamente IDIOTA.

Por que não me surpreendo?

O ano eleitoral de 2018 começa com uma notícia revelada pelo Datafolha que, se não tinha comprovação, ao menos era intuída por quem atua ou meramente se informa politicamente na internet: na rede, a extrema-direita é muito mais forte que a esquerda.

Os dois golpes de 2018

Lula Marques/Agência PT | Paulo Pinto/Agência PT


O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) anunciou o dia 24 de janeiro como data para a apresentação do resultado do julgamento dos recursos impetrados pela defesa de Lula contra a sua condenação no caso do tríplex do Guarujá. Lula foi condenado, kafkianamente, por ter supostamente "recebido" R$ 3,7 milhões na forma de um apartamento que nunca foi dele – a propriedade está em nome de um fundo gerido pela Caixa Econômica Federal – e de obras nesse apartamento. Segundo seus acusadores, seriam "recursos oriundos" de propinas da Petrobras, quando todo mundo sabe, incluídos os funcionários da empresa, que ele nunca se envolveu diretamente com a gestão da companhia.

Em qualquer lugar do planeta, ninguém poderia ser condenado por ter recebido algo que nunca foi seu.

A relação entre mídia e Sistema de Justiça


Por Grazielle Albuquerque
No Justificando

Algo chama a atenção na atual crise brasileira: a nossa incapacidade de achar um gatilho efetivo que nos tire da espiral decrescente e veloz na qual parecemos nos movimentar. Nem sempre é fácil, a história nos ensina que determinados níveis de ruptura necessitam chegar aos efeitos mais extremos antes de anunciar um novo ciclo.

Contudo, em determinados momentos, uma espécie de ponderação eficaz serve de freio. Não à toa Jürgen Habermas cunhou a ideia de esfera pública, esse espaço de deliberação em que a razão seria não só um freio contra aventureiros como também um mecanismo que ajudaria a decidir qual o melhor rumo a seguir. Para ele, a política é procedimento. Mas quando tentamos fazer uma relação entre essa ideia e o cenário brasileiro, parece que o conceito deu um bug, para usar um termo moderno.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Carlos Marighella: o negro baiano que incendiou o mundo

A história do comunista, poeta e homem solidário que deixou um legado de luta e resistência para o povo brasileiro

Jamile Araújo
Brasil de Fato | Salvador (BA)


Marighella conversando com trabalhador da linha férrea na hora do almoço. / Reprodução internet
Nessa edição zero, o Brasil de Fato Bahia homenageia Carlos Marighella, um negro baiano que dedicou a vida para lutar pela liberdade e por uma nova sociedade. Um homem a frente do seu tempo, que deixou um legado de luta e resistência. No último dia 5 de dezembro completou-se 106 anos de seu nascimento.. Entrevistamos seu filho, Carlos Augusto Marighella, que contou um pouco do Marighella filho, irmão e pai amável, solidário, aluno brilhante, poeta e amante das manifestações populares.

A elite do atraso, da escravidão até hoje em dia

O sociólogo e cientista político Jessé Souza fala sobre seu livro a trajetória da elite nacional ao longo da história, no qual investiga as origens escravocratas das relações sociais e da corrupção no país
Por Flavia Bemfica – Extra Classe
Nada mais falso que atribuir as mazelas e desigualdades do Brasil a uma herança cultural portuguesa, como gostam de repetir certos intelectuais brasileiros: “uma intelectualidade que diz besteiras como a de que viemos dos portugueses, que trata de uma herança ibérica maldita, de corruptos, e de uma autoestima de vira-lata, uma loucura repetida na sociedade nas escolas e na mídia”, dispara o sociólogo e cientista político Jessé de Souza, que recém-lançou o livro A elite do atraso – da escravidão à Lava Jato. A obra discute a importância da escravidão na formação da sociedade brasileira e na perpetuação do ódio e da indiferença que permeiam as relações sociais e forma uma espécie de trilogia com os anteriores A ralé brasileira (2009) e A tolice da inteligência brasileira (2015). Nesta entrevista, o ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) discute os conceitos abordados no seu novo livro, analisa a conjuntura política, o golpe, e compara a realidade brasileira com a de outros países. Para Souza, as elites brasileiras passaram a perna na classe média com um discurso anticorrupção para poder se apropriar das riquezas do país: “nossa elite montou uma relação de convencimento com a classe média para saquear a riqueza de todas as classes ao máximo”.

A narrativa golpista e os possíveis caminhos para vencê-la

Este primeiro artigo inaugura uma série voltada para analisar o poder comunicativo que se formou em favor do golpe e de uma contrarrevolução neoliberal

Por Eliara Santana e Juarez Guimarães 


Este primeiro artigo inaugura uma série voltada para analisar o poder comunicativo que se formou em favor do golpe e de uma contrarrevolução neoliberal e buscar caminhos para derrotá-lo.

A construção vitoriosa da narrativa do golpe
Antes de tudo começar, havia a elaboração de uma narrativa. Que construiu um enredo. Que projetou para a população um cenário de caos econômico, desordem, perda de qualidade de vida, volta da inflação, turbulência política, corrupção nunca antes vista. Cenário muito bem ancorado em medos que estão sempre povoando a mente do cidadão médio brasileiro (aquele que precisa trabalhar para pagar as contas e não vive de rendas, que acredita em meritocracia e acha que não é beneficiado por políticas públicas): perda do emprego, crise econômica (porque já vivemos muitas), perda do poder aquisitivo (o terror da classe média), inflação galopante, entre outros. 

Igrejas têm mais sucesso que partidos nas periferias, avalia Aldo Fornazieri



Cientista político ajuda a entender a crise dos movimentos tradicionais de esquerda e defende nova pedagogia

Jornal GGN - A desestabilização político-social enfrentada hoje no país não é resultado de uma única crise, mas sim de múltiplos conflitos estruturais que desembocaram na atual crise, a avaliação é do professor Aldo Fornazieri, Diretor Acadêmico da Fundação Escola de Sociologia e Política desde 2006, e organizador, ao lado do professor Carlos Muanis, do livro 'A crise das esquerdas' que reúne textos e entrevistas de professores e ativistas. 

Em entrevista para o jornalista Luis Nassif ele pontua que a crise dos movimentos e partidos de esquerda, por exemplo, tem como fundamento a crise dos próprios alicerces que fundamentaram suas ideologias.

É assim que penso o ano que vem.


Omar dos Santos

Creio no menino nascido em Belém, por ter mudado o jeito da humanidade lidar com o tempo.

Creio, sobretudo, nesse Jesus nascido homem, para ser incondicionalmente humano.

Creio no Jesus que chorou a morte do amigo Lázaro e teve dúvidas na hora de sua tormenta extrema.

Creio no Jesus que viveu a vida para ensinar os outros homens as urdiduras de uma humanidade melhor.