segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Julgamento de Lula: o Brasil precisa tremer



Em entrevista no Estadão (02/01/18), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que uma eventual condenação de Lula seria ruim para o país, para a memória. E acrescentou: "mas não acredito que a população vai tremer nas bases por causa disso. Não acho que o País vai tremer em função disso". FHC manifestou uma sabedoria intrínseca às elites brasileiras de todos os tempos: façam elas o que quiserem com as instituições, com a democracia, com a república; dêem quantos golpes puderem dar, assaltem quantas vezes quiserem os cofres públicos, elas, as elites, sempre contam com a passividade do povo. Contam com a naturalização dessa passividade ideologicamente construída, que, de fato, foi recorrente nos momentos decisivos da nossa história.

Pressão da Globo sobre Judiciário, sim. Pressão popular, não?


Pressão da Globo sobre Judiciário, sim. Pressão popular, não?

por Armando Rodrigues Coelho Neto

Na condição de capitã do mato do golpe de 2016, a Polícia Federal, que falava grosso com a legítima Presidenta Dilma Rousseff, hoje nem fino consegue piar com o impostor Michel Temer. Tornou-se abrigo natural do ideário que inspira em parte a obra “A Elite do Atraso” (de Jessé de Souza) e por assim ser, era muito comum ouvir dentro da Corporação, em todas as suas unidades Brasil afora, que o PT havia aparelhado a instituição. Neste GGN, mostrei por A + B que não só a PF, mas todas as instituições brasileiras estavam aparelhadas ao contrário, ou seja, cultural e instrumentalmente organizada para trabalharem contra aquele partido (e para destruir o projeto por ele representado). Um dos representantes de classe da PF chegou a emitir comunicado dizendo que “estava vigilante quanto à infiltração petista na entidade”. Só isso dá a ideia desse aparelhamento inverso.

Como o governo ajuda bancos a roubar o povo com juros

Divulgação/na ABR

JOSE CARLOS DE ASSIS

Há duas formas pelas quais o Governo ajuda os banqueiros privados a extorquir dinheiro da população. Uma é pela aplicação direta de uma taxa de juros exorbitante sobre o preço de uma geladeira ou outros produtos de consumo. Nesse caso, os juros de agiotagem ficam embutidos no preço das prestações não havendo diferença entre o preço à vista e a acumulação de prestações a prazo. O Banco Central, a quem competiria regular o sistema financeiro, não faz nada. É o reino absoluto do mercado livre a serviço da banca.

domingo, 7 de janeiro de 2018

"MPF é local onde vi mais ilegalidades", diz procurador que atuou na "lava jato"



"Em nenhum local por onde passei eu vi se cometer tanta ilegalidade quanto dentro do Ministério Público Federal", diz o procurador regional da República Manoel Pastana. Em entrevista à Revista Press, o Pastana, que atua no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, afirma que o MPF fiscaliza a todos, mas não é fiscalizado. É um sistema, diz ele, que deu poderes absolutos à Procuradoria-Geral da República, estimulando o cometimento de ilegalidades pelos membros do órgão.

Entrevista: ‘Políticos usam mídias sociais para o bem e para o mal’, diz Chomsky


Noam Chomsky diz que técnicas usadas para influenciar escolhas do consumidor e preferências dos eleitores vão se desenvolver ainda mais

Por Alessandra Monnerat, Andre Klojda, Caio Sartori e Igor Moraes

Pronunciamentos de Trump legitimam discursos e ações repulsivos. Foto: Jorge Dan/Reuters – Mexico Politics

Com 89 anos recém-completados, o linguista e filósofo americano Noam Chomsky vai direto ao ponto: políticos usam as mídias sociais para o bem e para o mal. Crítico ferrenho de Donald Trump, diz que a estratégia do presidente dos Estados Unidos é única porque adota o Twitter como principal método de comunicação. Com isso, diz Chomsky, Trump consegue evitar o debate, controlar sua base eleitoral e sustentar o foco da mídia.

Irã fez com a CIA o que a Dilma não fez com o Kataguiri

Esperou botar a cabeça pra fora e cortou!

    PSDB, Cunha e Bolsonaro recebem os agentes dos Irmãos Koch

De amigo navegante muito preocupado com a falta de Inteligência nos grupos progressistas:

Você já reparou que situação estranha essa das recentes manifestações no Irã?

Lá, o Ministério da Inteligência e a Procuradoria Geral da República trabalharam durante 4 anos seguindo as atividades de um grupo de agentes da CIA que as esteve preparando durante este tempo.

A pós-verdade e o fascismo: uma ameaça antidemocrática

A pós-verdade e o fascismo: uma ameaça antidemocrática
        Kim Kataguiri e Fernando Holiday, integrantes do MBL. Foto: Reprodução.  


Recentemente foi compartilhada por milhares de pessoas nas redes sociais a informação de que o cantor Pabllo Vitar seria beneficiado pela Lei Rouanet em cerca de R$ 5 milhões de reais para uma produção musical. A notícia trazia o fato paralelo de que o Hospital de Câncer teria sido fechado por ausência de verba, fato este que trouxe imediata indignação coletiva de muitas pessoas que, antes da informação, possuíam algum tipo de preconceito com o cantor e com a representatividade LGBT no meio cultural.

Os Estados Unidos em busca de novas guerras eleitoreiras


Com a geopolitização das relações econômicas internacionais, Trump busca repetir aquela máxima de que quando há uma ameaça externa a população tende a apoiar o presidente, manobra que costuma ter alto efeito eleitoral

Por John Saxe-Fernández - La Jornada 

Hoje não é novidade o vínculo da diplomacia de força usada pelo regime de alta militarização de Donald Trump contra Irã, Coreia do Norte e Venezuela, enquanto seu próprio país viverá eleições legislativas em 2018 na qual os republicanos terão que defender o controle do Senado e da Câmara, pensando em manter um cenário favorável para as presidenciais de 2020. Gestar uma guerra de agressão por razões eleitoreiras, como vimos na reeleição da fórmula Bush/Cheney em 2004, é todo u crime de lesa humanidade, embora seja um ingrediente antigo usado por políticos estadunidenses que almejam a Casa Branca. Com a geopolitização das relações econômicas internacionais, Trump busca repetir aquela máxima de que quando há uma ameaça externa a população tende a apoiar o presidente, manobra que costuma ter alto efeito eleitoral, ainda mais numa economia permanentemente em guerra para a qual é essencial a mobilização de recursos humanos e materiais contra inimigos internos ou externos, reais ou fabricados.