terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Revelada a causa do misterioso ‘cocoliztli’, o mal que dizimou os índios das Américas

Margem norte da Praça Grande de Teposcolula. Sob sua base foi encontrado um cemitério com corpos de vítimas do ‘cocoliztli’ CHRISTINA WARINNER. PROJETO ARQUEOLÓGICO TEPOSCOLULA-YUCUNDAA


Estudo com DNA antigo identifica a salmonela como possível agente patogênico que matou entre 50% e 90% dos indígenas depois da chegada dos espanhóis

Quando Hernán Cortés pisou em solo mexicano em 1519, havia na região mesoamericana entre 15 e 30 milhões de índios. Ao final do século XVI, mal restavam dois milhões. Embora as guerras e a exploração tenham liquidado muitos indígenas, foram as epidemias que dizimaram a população. Em especial uma série de surtos de uma enfermidade desconhecida, que não tinha nome nem em espanhol nem em náhuatl, e que os mexicas chamaram de cocoliztli (o mal ou pestilência), matou entre 50% e 90% dos indígenas. Agora, um estudo com o DNA antigo pode ter identificado esse agente patogênico: a salmonela.

Caso Lula: o Judiciário se condena

REUTERS/Nacho Doce


Não é segredo que a aceleração do julgamento do ex-presidente Lula na segunda instância do judiciário é carta marcada. Não é sinal de celeridade judicial e, menos ainda, de normalidade jurídica ou de julgamento justo. É fraude bruta, é mero jogo de aparências do regime de exceção para assegurar a continuidade do golpe e da agenda de retrocessos.

Até os mármores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região sabem que o simulacro de julgamento de 24 de janeiro é, na verdade, uma pantomima judicial para condenar sem provas e cassar os direitos políticos do maior líder popular da história do Brasil.

Juiz diz que investigação do MPF sobre prostituição é "vazia" e "inútil"


Por Fernando Martines
https://www.conjur.com.br/

Ao absolver cinco pessoas acusadas dos crimes de tráfico internacional de pessoas para prostituição, o juiz Marcio Assad Guardia, da 8ª Vara Federal Criminal de São Paulo, fez duras críticas ao trabalho do Ministério Público Federal. Segundo ele, não passou de uma "persecução penal vazia, inútil, desprovida de objeto penalmente relevante, com conteúdo puramente moral e ideológico”.
Os réus eram indiciados na operação apelidada de garina, deflagrada em 2013, para apurar a existência de uma quadrilha especializada no envio de mulheres brasileiras a Angola, Portugal e África do Sul para se prostituírem.

Qual a razão do presidente do TRF-4 optar pelo acirramento político?


Qual a razão do presidente do TRF-4 optar pelo acirramento político?

por Erick da Silva

O presidente do TRF-4, o desembargador Carlos Thompson Flores demonstra uma disposição firme pelo acirramento político e a espetaculização do julgamento do Lula, no próximo dia 24.

Não me refiro aqui as suas primeiras entrevistas após a sentença do juiz Sergio Moro, quando afirmou ser “irrepreensível” uma peça condenatória que ele sequer havia lido. Por um breve momento vamos aqui abstrair o fato que um julgamento desta natureza recomendaria, ou melhor, exigiria uma postura isenta, isonômica e técnica, mas sim atentar aos últimos movimentos do presidente do TRF-4, todos com um perigoso apelo midiático.

Se alguém ameaça a tranquilidade social é o presidente do TRF-4



Os conchavos peripatéticos do presidente do TRF da 4ª Região por Brasília parecem permitir antever o resultado do julgamento agendado para o próximo dia 24 de janeiro em Porto Alegre. O juiz que declarou à imprensa ser "irretocável" a sentença de Sérgio Moro, mesmo sem tê-la lido, está à procura de um protagonismo no cenário já assaz conturbado.

Fez questão de divulgar pelos quatro cantos que teria sido chamado pela Ministra Cármen Lucia, presidente do STF, para uma conversa, quando, ao que tudo indica, foi ele que buscou a audiência. Depois, foi procurar o general Etchegoyen, da Secretaria de Segurança Institucional do Planalto, sabe-se lá para quê.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Bretas e os juízes que gostam de ser reverenciados



Ainda sou de uma época em que juízes despachavam em autos e costumavam ser sisudos, pouco falantes. A satisfação que davam à sociedade estava na fundamentação de seus julgados. Não era preciso mais. Nunca se via Célio Borja, Paulo Brossard, Sepúlveda Pertence, Aldir Passarinho e tantos outros externarem palpites sobre tudo e sobre todos, apaixonando-se narcisistamente por suas próprias palavras. 

O comedimento e o decoro público eram as marcas de um judiciário que podia ser falho, afinal era humano, mas que não era falastrão e nem espalhafatoso. Um judiciário que se dava o respeito e, de um modo geral, não infenso a crítica, mas respeitado.

domingo, 14 de janeiro de 2018

Emenda parlamentar é "fraude" oficializada pela Justiça Eleitoral, por Janio de Freitas

Mecanismo distribuído em ano eleitoral para base governista mina poder de concorrentes antigos e novos nos redutos eleitorais impedindo renovação do Congresso 



Jornal GGN - A emenda parlamentar, em ano eleitoral, é uma ferramenta contra concorrentes na corrida pelo pleito. Os deputados agraciados pelo governo conseguem concluir projetos em seus redutos eleitorais, saindo na frente de velhos e novos concorrentes, portanto impedindo a renovação do Congresso. A análise é do articulista Janio de Freitas, que em sua coluna da Folha neste domingo observa o poder do mecanismo para manter o status quo. 

Petrobras: decisões nos EUA atentam contra soberania do Brasil

José Roberto Batochio: Indenização a investidores pode até ser discutível num tribunal, mas abre um flanco de vulnerabilidade aos especuladores; Petrobras fechou acordo de US$ 3 bilhões para concluir uma classe action nos Estados Unidos, mas ainda responde a outros 13 processos semelhantes de indenização naquele país. 
 
Acidente da Plataforma Vitória 3 da Petrobras em 2015 Foto: Petrobras / Divulgação
 
 
 
"A soberania é um bem que não se pode perder senão com a vida"
 
O acordo da Petrobras com a Justiça (e com investidores) dos Estados Unidos, além de carregar em seu bojo atos de lesa-pátria, é um oneroso iceberg em que a indenização de cerca de US$ 3 bilhões já anunciada constitui apenas a ponta visível, mas existe ainda uma extensa área submersa que pode custar muitos outros bilhões.
 
As notícias de que tal acordo pacifica e assegura o futuro da nossa petroleira esbarram no fato de restarem outros 13 processos de indenização naquele país — exatamente iguais à class action que redundou no aludido rombo de US$ 3 bilhões —, ajuizados por investidores internacionais, muitos dos quais representados por fundos-abutres, que se afirmam prejudicados pela desvalorização da companhia em função dos noticiados escândalos de corrupção.