quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
O CASO LULA - DE PRETORES E DE VIGILES.
Mauro Santayana
(Do blog e equipe) - Queiram ou não os personagens que estrearam o espetáculo, o julgamento em segunda instância do presidente Lula será apresentado, nos livros de história, como um dos mais didáticos, sórdidos e mais bem acabados exemplos de como se procede à mais cínica manipulação da opinião pública, com a estruturação, ao longo do tempo, de uma série de mitos e inverdades e a construção, peça a peça, de um castelo de cartas que não se sustenta pela busca do equilíbrio para a superação da gravidade, mas no mais imoral aproveitamento do ódio, da hipocrisia e da mentira para a distorção do direito e da realidade com objetivos claramente políticos.
Como se sabe, desde quando foi inventado na China, junto com o papel, ou - há controvérsias - pelos árabes, séculos mais tarde (quem sabe como uma evolução pertencente ao legado cultural dos antigos egípcios) o baralho não serve apenas para o jogo, e – como acontece com o Tarot – para a interpretação e adivinhação do destino.
A decrepitude ética de Fernando Henrique
POR FERNANDO BRITO
http://www.tijolaco.com.br/
Depois do que fez em seus dois governos, podia-se achar difícil que Fernando Henrique Cardoso decaísse ainda mais em seu comportamento ético e moral.
Mas ele consegue.
Na entrevista que dá ao Valor, na edição de hoje, além de não ter uma palavra de solidariedade pessoal a Lula, com quem tem 40 anos de convívio e de quem jamais recebeu agressões pessoais, consegue trair, ao mesmo tempo, seu candidato oficial, Geraldo Alckmin, e seu – assim ele define – “amigo” Luciano Huck.
A arte de escrever para idiotas
da Revista Cult
Para aqueles que não lerão este artigo
Em nossa cultura intelectual e jornalística surge uma nova forma retórica. Trata-se da arte de escrever para idiotas que, entre nós, tem feito muito sucesso. Pensávamos ter atingido o fundo do poço em termos de produção de idiotices para idiotas, mas proliferam subformas, subgêneros e subautores que sugerem a criação de um nova ciência.
Estamos fazendo piada, mas quando se trata de pensar na forma assumida atualmente pela “voz da razão” temos que parar de rir e começar a pensar.
A atitude exemplar de Márcia Tiburi: deixemos os porcos chafurdarem sozinhos na lama.
Ontem, depois da entrevista dos advogados de Lula em Porto Alegre, caminhava com Pedro Zambarda pela rua quando vi um homem aparentando 30 anos, com a camisa da CBF, vuvuzela em uma mão e bandeira do Brasil enrolada na outra. Ele andava de cabeça baixa, sozinho. Soube depois que, a algumas quadras dali, houve uma manifestação para comemorar a decisão do Tribunal Regional Federal da 4a. Região.
— Ah, tinha um pouquinho de gente. Manifestação grande foi lá na Praia Bela — disse o motorista do Uber, em referência ao ato daqueles que vieram defender a democracia e Lula na capital gaúcha.
Condenação com base em argumentos cínicos resultou de uma grande farsa
O julgamento, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª. Região, do recurso do ex-presidente Lula contra a sua condenação pelo juiz Sergio Moro se revelou uma grande e vergonhosa farsa, que contribuiu decisivamente para a desmoralização da justiça brasileira. Um jogo de cartas marcadas que a Bandnews evidenciou ao antecipar, antes mesmo do inicio da votação, o resultado do julgamento: 3 x 0 pela condenação do ex-presidente operário. Na verdade, todo mundo já sabia que o tribunal confirmaria a condenação, considerando os sinais emitidos muito antes da sessão por pelo menos dois desembargadores daquela Corte, mas havia a esperança de que a decisão não seria unânime. Constatou-se, no entanto, sem muita dificuldade, que os três desembargadores já haviam combinado o seu voto bem antes do julgamento, o que significa que nenhum argumento da defesa conseguiria alterar a sua decisão, tomada provavelmente até antes mesmo da entrada do recurso. Evidência disso foi a declaração do presidente daquela Corte, desembargador Thompson Flores, considerando "irretocável" a sentença do juiz de Curitiba antes mesmo de lê-la.
Para especialistas, condenação de Lula prejudica país
O day after da condenação de Lula começa a pôr as coisas no devido Lugar, após a interminável farsa judicial promovida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região na última quarta-feira, 24 de janeiro de 2018. A esbórnia pseudo jurídica em Porto Alegre vai render uma bela ressaca a seus condutores e apoiadores.
Antes que algum dos julgadores de Lula ou qualquer outro membro do Partido do Judiciário, da mídia antipetista ou seja lá quem for flertem com má fé sobre a declaração acima, como fez um certo juiz de primeira instância no começo do ano passado, explico que a “ressaca” citada não irá prejudicar só os seus autores e apoiadores, irá prejudicar o país inteiro.
Carta aberta a Juremir
Kim Kataguiri em 2014; Marcia Tiburi abandnou debate com líder do MBL (Foto: Divulgação)
Marcia Tiburi
Caro Juremir,
Sempre gostei muito de participar do teu programa. Conversar contigo e com qualquer pessoa que apresente argumentos consistentes. Mais do que um prazer é, para mim, um dever ligado à necessidade de resistir ao pensamento autoritário, superficial e protofascista. Ao meu ver, debates que desvelam divergências teóricas ou ideológicas podem nos ajudar a melhorar nossos olhares sobre o mundo.
Tenho a minha trajetória marcada tanto por uma produção teórica quanto por uma prática de lutar contra o empobrecimento da linguagem, a demonização de pessoas, os discursos vazios, a transformação da informação em mercadoria espetacularizada, os shows de horrores em que se transformaram a grande maioria dos programas nos meios de comunicação de massa.
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