terça-feira, 6 de março de 2018

Exclusivo: contracheques revelam que astros da Lava Jato ganham muito e pagam pouco imposto.



O jornal O Estado de S. Paulo divulgou um levantamento dos salários de juízes e procuradores e concluiu que um terço dos vencimentos não está sujeita à tributação do Imposto de Renda. São os chamados penduricalhos, uma forma de ganhar mais sem precisar se submeter ao Fisco. É o caso de Rodrigo Janot, que até alguns meses atrás chefiava o Ministério Público Federal.

Em dezembro, ele teve três contracheques. O primeiro, da folha normal, ele aparece com rendimentos de 37.732,71. Na folha complementar, seu contracheque registra o recebimento de R$ 74.501,40, entre indenizações e gratificação. Janot teve um terceiro contracheque, também da folha complementar, pela qual recebeu a gratificação natalina (o 13o.).

Os dez mandamentos das maldades liberais

Rovena Rosa/Agência Brasil


A ladainha neoliberal é sempre a mesma, em todos os lugares do mundo, sem variações significativas. Este ritual pode sofrer algumas modificações secundárias, em cada país, mas é certo que – no mínimo – oito dessas dez características que ora alinho, são encontráveis em cada país subjugado pelo mundo reformista liberal-rentista, que nos foi dado viver. Nossos governos de esquerda ou progressistas, que ocorreram na América Latina no último período, na verdade não se prepararam para uma pressão do capital financeiro global, tanto sobre o Estado como sobre extensas bases empresariais dependentes do mercado global, para a possibilidade de que estas se deslocassem para a direita ou à extrema-direita, como ocorreu para a derrubada ilegal e imoral da Presidenta Dilma.

PT - NOTA PÚBLICA


NOTA PÚBLICA

Golpe se espraia pelas instituições públicas e Embrapa demite secretário agrário do PT que denunciou autoritarismo e assédio moral na Empresa

O Partido dos Trabalhadores no Distrito Federal repudia e denuncia o clima autoritário em vigor na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, ao mesmo tempo em que se solidariza com o Secretário Agrário do PT, Vicente Almeida, demitido de forma arbitrária, sem direito amplo de defesa e muito menos ao exercício do contraditório e sem nenhuma motivação, a não ser o infame “crime de opinião”, muito comum nas ditaduras e ressuscitado pelo golpe.

O semblante sereno de Lula e o ódio de classe de Moro e Dallangnol



O juiz Sérgio Moro arruma as malas, vai morar nos Estados Unidos, depois da notícia da indicação do ex-presidente Lula para o Prêmio Nobel da Paz, até agora com apoio quase unânime da academia sueca.

Nas últimas pesquisas, Moro viu desabar o apoio popular que tinha e Lula disparar na preferência do povo para a Presidência da República.

Baiana brilha em programa de culinária na TV da Dinamarca

Baiana brilha em programa de culinária na TV da Dinamarca
A baiana Jacira Mariete Berlowicz, proprietária do restaurante brasileiro do restaurante “O Tempo”, em Copenhague.Margareth Marmori/RFI

Moqueca, feijoada e acarajé são as grandes estrelas do menu de um restaurante brasileiro em Copenhague, mas num programa da televisão dinamarquesa quem brilhou foi a baiana Jacira Mariete Berlowicz, que mora há 35 anos na Dinamarca. Jacira é a dona do restaurante “O Tempo” e ficou conhecida pelo público do país depois de participar da versão local do programa de televisão “Pesadelos na Cozinha”. 

Margareth Marmori, correspondente da RFI em Copenhague

O restaurante foi aberto há três anos numa área central da capital dinamarquesa e lá ela frequentemente promove tardes do acarajé, que atraem centenas de pessoas. O programa de televisão foi exibido pela primeira vez em novembro passado e tem ajudado a atrair novos clientes, inclusive pessoas que vivem no interior da Dinamarca e que aproveitam o passeio em Copenhague para provar a culinária brasileira pela primeira vez. Mas, como ela conta, o convite para participar da produção a pegou de surpresa.

Depoimento de advogado pode implodir a Lava Jato e anular toda a operação



Da Coluna Valdemar Menezes, no O POVO deste domingo (4):

A semana não foi boa para o pessoal da Lava Jato, em vista da pressão da defesa de Lula para que o advogado Tacla Duran seja ouvido. Trata-se de um ex-assessor importante da Odebrecht, que se refugiara na Espanha depois de denunciar um suposto esquema fraudulento envolvendo operadores da própria Lava Jato. Há tempos, o pedido de extradição feito pela Justiça de Curitiba foi negado pela Espanha, pelo fato de o investigado ter cidadania espanhola.

A defesa do ex-presidente Lula tentara por várias vezes ouvir o advogado sobre suas denúncias de que os sistemas de arquivos Drousys e Mywebday, da Odebrecht, tinham sido fraudados pela empresa antes de entregá-los às autoridades (agora comprovado por perícia da Polícia Federal).

“Não foi só mudança em quem ocupa a presidência”: resumo da 1ª aula do curso sobre o golpe na UnB

Publicado no blog do Demodê

POR LUIS FELIPE MIGUEL, professor de ciência política da UnBCanalhas

O uso da palavra “golpe” para designar os acontecimentos políticos de 2016, no Brasil, tornou-se motivo de disputa. Trata-se de algo recorrente: como “golpe” possui conotação negativa, remetendo a uma ação que foge às regras e é desenhada para pegar o oponente desavisado. Na maior parte dos contextos, “golpe” remete a um ato de deslealdade. Nenhum agente político a reivindica para si. “Golpista” é, sempre, o outro. As forças que derrubaram o presidente João Goulart por meio de um levante militar não admitiam ter desferido um golpe; enquanto estiveram no poder, o nome oficial daquela ação foi “Revolução de 1964”. E assim por diante.

Isso não quer dizer, porém, que a palavra “golpe” seja oca, despida de qualquer significado para além de seu uso interessado na controvérsia política. Com o passar do tempo, uma compreensão razoavelmente consensual do processo histórico recente há de se decantar. Não por imposição do dono do poder no momento, não por portaria ministerial, mas pelo debate no campo científico, tal como ocorreu com a derrubada de Jango em 1964.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Juiz Marcelo Tadeu: “Lava Jato trouxe prejuízos ao país”

foto 118 - Juiz Marcelo Tadeu: “Lava Jato trouxe prejuízos ao país”
Para Marcelo Tadeu, Lava Jato expôs faceta elitista do Judiciário: ‘sempre foi assim’ (Foto: Sandro Lima)

Magistrado também diz que Judiciário é elitista e está com medo de prender Lula; ele disputar a eleição neste ano

Crítico da Lava Jato, o juiz Marcelo Tadeu, da 12ª Vara Criminal da Capital, acredita que a operação trouxe prejuízos ao país, sejam econômicos ou morais, porque tem como alvo apenas um lado do sistema político brasileiro. À Tribuna Independente, o magistrado também se posicionou sobre o Judiciário e alertou para uma “elitização” deste poder cujos reflexos, segundo ele, surgem agora. Para Marcelo Tadeu, a Justiça tem lado e é o da classe dominante.

Tribuna Independente – O senhor tem sido, há muito tempo, um crítico da Lava Jato – inclusive foi ao Paraná participar de um “tribunal popular” –, continua com a mesma opinião sobre a operação?

Marcelo Tadeu – Sim. Na medida em que a operação avança, mais ficam claros os equívocos que foram praticados na Lava Jato. Com prejuízos, até certo ponto, de difícil reversão para o país.