segunda-feira, 2 de abril de 2018

A escola que quer formar novos líderes nas periferias brasileiras

Alunos da Escola Comum.

     Alunos da Escola Comum. 

A Escola Comum é um projeto inédito, idealizado por pessoas do mundo acadêmico e do ativismo, para dar a jovens de São Paulo ferramentas com as que mudar seu entorno


Jornalista | Periodista - El País

Alexia Oliveira tem apenas 19 anos e já está muito segura sobre seu "projeto de vida". Ela quer abrir um cursinho pré-vestibular no bairro onde vive, Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, "porque na periferia você não vê as pessoas nas universidades e cursos técnicos". Ela quer mostrar "que existe um caminho diferente" ao do subemprego e que seus vizinhos também "podem acessar esses espaços", geralmente reservados às classes médias e elites. Oliveira já fez um curso técnico de Gestão de Políticas Públicas e diz que lá não só aprendeu "questões básicas que deveriam estar na escola pública" como também passou a "questionar". Atualmente está se preparando para o ENEM — ela quer algo na área de Humanas, mas ainda sabe qual carreira seguir — ao mesmo tempo que segue buscando as ferramentas necessárias, uma base, para um dia levar adiante seu plano. Recentemente encontrou a Escola Comum, um inédito projeto de ensino inspirado nas escolas de governo internacionais e que pretende formar novos e jovens líderes nas periferias brasileiras.

domingo, 1 de abril de 2018

Pepe Escobar: Líbia-Fantasma de Gaddafi assombra o morto-vivo Rei Sarkô

Sarkozy, ridicularizado pelos progressistas, que o apelidaram de "Rei Sarkô" durante o mandato, é suspeito de ter usado dinheiro de Gaddafi para financiar sua campanha presidencial de 2007

Por Pepe Escobar, Asia Times 


Pepe Escobar, Asia Times

A guerra da OTAN contra a Líbia, em 2011 foi vendida unanimemente em todo o Ocidente como operação humanitária inadiável contra o proverbial ditador do mal de sempre (Hillary Clinton: “Viemos, vimos, ele morreu“.). Rússia e China manifestaram-se firmemente contra a invasão.

Agora, em virada histórica surpreendente, o fantasma do Coronel Muammar Gaddafi parece ter voltado para assombrar o ex-presidente Nicolas Sarkozy da França, autonomeado superstar espetacular da tal R2P (“responsabilidade de proteger”). A “bomba Coronel Sarkô” explodiu na 4ª-feira à noite: o ex-presidente havia sido indiciado e estava sob investigação formal por corrupção passiva, financiamento ilegal de campanha e apropriação fraudulenta de fundos do Estado líbio.

O filho da fake news

REUTERS/Adriano Machado


Os imprevisíveis caminhos da tragédia brasileira que levaram aos maiores postos da República figuras tão desprezíveis como Michel Temer e Henrique Meirelles agora nos ameaçam com Rodrigo Maia. Quem é o deputado Rodrigo Maia? Quais são suas idéias? Quais projetos apresentou na Câmara? Que tipo de credencial tem para assumir a Presidência, na hipótese do afastamento de Temer? Qual é sua relação com o povo e com a nacionalidade?

É filho de César Maia. Mas quem é César Maia, senão o pintor de periferias de favelas do Rio mais afeito ao marketing pessoal, como o favela-bairro, do que com o serviço público decente. Se o filho puxou o pai, é um neoliberal assumido. Lembro-me de César Maia retardando e finalmente sepultando um projeto de regulamentação bancária e financeira do país sob o argumento de que assumia, como relator, a posição inequívoca de liberal.

Os 10 erros de português mais cometidos pelos brasileiros

Camilla Costa - Da BBC Brasil em São Paulo

GETTY IMAGES - 'Abismo entre o que falamos e escrevemos' pode estar na raiz de muitos erros de português, diz linguista

"Vi no Facebook uma mulher dizendo que casaria com o primeiro homem que soubesse usar crase, mas não são só os homens que não sabem usar. As mulheres também!", alerta a linguista Camila Rocha Irmer, uma das encarregadas de avaliar os erros de português no Babbel, um dos maiores aplicativos de ensino de idiomas no mundo.

Ela se refere a um dos erros mais comuns entre falantes de português brasileiro - quando usar a crase? -, juntamente com as dúvidas sobre os "por ques" e outras.

"É algo difícil de explicar. Acho que esses erros acontecem porque há um abismo entre o que escrevemos e o que falamos", diz à BBC Brasil.

Magistocracia, a “Gran Famiglia” judicial brasileira

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Autoritária, autocrática, autárquica, rentista e dinástica

O Conversa Afiada reproduz, da revista Época (que virou encarte no Globo Overseas), artigo de Conrado Hübner Mendes, professor de direito constitucional da USP:

A democracia brasileira depositou no Poder Judiciário parte das esperanças de transformação social trazidas pela Constituição de 1988. A aposta aliou um catálogo de direitos a um repertório de ferramentas processuais de efetivação. Essa espetacular missão, contudo, caiu no colo de magistocratas. A magistocracia é mais nociva do que o temido “governo de juízes”. Magistocratas não querem tanto o ônus de governar e responder por seus atos, pois preferem o gozo discreto de seus privilégios materiais e de status. Não ser incomodados em seu condomínio lhes basta: realizam-se no exercício de seus micropoderes privados, fora dos holofotes. Ali está sua concepção de vida boa.

O supremo arquipélago

Divulgação


O timing é perfeito. Tão logo o 7 a 4 de Lula no STF ecoou nas fileiras do golpe, a polícia federal prendeu os operadores de Temer, Coronel Lima e José Yunes. Qual a relação dos eventos? A mais íntima possível.

A vitória de Lula no STF assustou o golpe. A imprensa adesista, acostumada a vencer na mesa da roleta política com a ajuda da bola viciada do judiciário, foi surpreendida com um exímio jogador, profundo conhecedor dos cenários probabilísticos: José Roberto Batochio. Ela não estava preparada para essa derrota.

Golpe com g maiúsculo quer eliminar Temer para eliminar Lula, por Juliano Santos

  Foto: Lula Marques

Por Juliano Santos


Acho que a estratégia do Golpe, o com G maiúsculo, é até simples, mesmo dentro dessa parafunda toda. Levar o centro, a centro-esquerda e parte da esquerda a fazer o voto útil no Alckmin para impedir o apocalipse now Bolsonaro.

Nessa estratégia, o golpe com g minusculo é descartável. Já foi até onde pôde. A reforma da previdência, venda da Petrobrás, Eletrobrás, Caixa, BB, casa da moeda e o próprio Palácio do Planalto em que Alckmin terá que pagar aluguel para os chineses, fica para a privataria tucana II, chamada também "a queima de estoque, o patrão ficou maluco!" 

sábado, 31 de março de 2018

A Operação Skala é mais um marketing eleitoral do Golpe, por Alexandre Tambelli

    Foto: Mídia Ninja

Por Alexandre Tambelli


O Cientista Social Marcos Coimbra da Vox Populi fez uma colocação em artigo recente que a única vontade da direita que não cabe hoje é o cancelamento de uma Eleição, é fora de moda, e não cai bem no conceito popular, o que eu concordo.

Há diferentes razões para se tentar rifar, via Impeachment, o Temer agora, dentre elas, utilizar o cargo de Presidente (no caso do Rodrigo Maia), tendo ele a caneta na mão, para alguma jogada de marketing acenando “mudanças nos rumos da economia”, sem muda-las é claro, visando o resultado final de segundo turno. É uma tentativa desesperada do Golpe, que não viabiliza, ainda, candidatura capaz de enfrentar no voto Lula ou seu candidato ou, ainda, um candidato de oposição ao Golpe.