quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Reconhecendo a Somalilândia: uma mudança geopolítica para a Ásia Ocidental?

Crédito da foto: The Cradle

Trump planeja reconhecer a Somalilândia para reforçar a posição do Ocidente no Chifre da África contra o Iêmen e combater a influência chinesa, mas, ao fazê-lo, corre o risco de alienar aliados regionais importantes para as guerras de Israel na Ásia Ocidental.
Em um movimento que surpreendeu a muitos, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, está pronto para reconhecer a Somalilândia como um estado independente. Esta decisão sem precedentes, revelada pelo ex-secretário de Defesa britânico Gavin Williamson e relatada pela Semafor, pode remodelar dramaticamente a geopolítica no Chifre da África e nas hidrovias da Ásia Ocidental.

O ódio, um negócio político

Imagem: Vikash Singh

LUIZ ROBERTO ALVES*

A destruição constrói pontualidades mantenedoras do ódio e dispensa a racionalidade dos argumentos

São passados dois anos de um governo sensível a alterações de bases salariais, tributárias e financeiras, que enfrentou o movimento capitalista mundial sem humilhação ao deus mercado, que induziu políticas a arrancarem milhões de mulheres, homens e crianças da miséria, que pensou nas juventudes que estudam, que ampliou o SUS, grande pacto nacional e que viu estabelecer direitos às identidades, à investigação científica livre, ao exercício regular da lei e mesmo à dura crítica em face da anistia banal que normalizou horrores da ditadura civil-militar.

O neofascismo e a manipulação da linguagem

(Foto: DALL-E/IA)

O fascismo é um dos recursos aos quais as forças do grande capital costumam apelar com vistas a aniquilar a resistência popular e ameaças a seus interesses

Jair de Souza
brasil247.com/

Ao redor do planeta, o capitalismo está transitando uma etapa crucial de sua existência. Uma vez mais, a conjuntura geral prevalecente não permite que este sistema de exploração se mantenha incólume dentro de suas características habituais. Assim, para não sucumbir e ser substituído por outro de caráter diferente, as forças sociais que o sustentam e dele se beneficiam precisam encontrar maneiras de levá-lo a superar as enormes dificuldades com que se depara.

Queimando Bruxas e Incendiando a Democracia Americana


Em 1º de dezembro, o presidente Joe Biden anunciou que estava perdoando seu filho Hunter por todos os crimes que ele cometeu de 1º de janeiro de 2014 a 1º de dezembro de 2024. O perdão abrangente de Biden por todos os abusos de seu filho exemplifica como os presidentes e suas famílias estão agora acima da lei. Também ilustra como o “Teste do Rei James para a Democracia Americana” pode se tornar a morte da Constituição.

CIA completa 75 anos de sabotagem, assassinatos, tortura e golpes

Fidel Castro no comando da resistência a um dos maiores fiascos da CIA: invasão da Baía dos Porcos (Arquivo)


A CIA foi criada por Washington como instrumento central da Guerra Fria contra o sistema socialista e os governos populares antiimperialistas

Os 75 anos da CIA – o centro de intriga, suborno, tortura, sabotagem, assassinatos e golpes de Estado dos EUA – não passou despercebido na Rússia, com o chefe do serviço de inteligência estrangeira, Sergey Naryshkin, tendo dedicado através da revista Defesa Nacional uma análise à trajetória da ‘Agência’, em que sequer faltou a famosa descrição, feita pelo presidente norte-americano Lyndon Johnson, da CIA como “maldita corporação de assassinatos” (Goddam Murders Inc).

Livro denuncia como ações ilegais da CIA corrompem países ao redor do mundo


Imagem: Divulgação

O livro “The CIA as Organized Crime: How Illegal Operations Corrupt America and the World” (“A CIA como crime organizado: como operações ilegais corrompem os EUA e o mundo”, em tradução livre), do jornalista investigativo norte-americano Douglas Valentine, considerado um dos maiores estudiosos sobre a Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, faz uma importante e contundente denúncia de como o imperialismo norte-americano promove a desestabilização de diversos países ao redor do mundo.

Paulo Henrique de Almeida Rodrigues

Resultado de uma série de entrevistas com ex-agentes da CIA e da consulta de documentos secretos tornados públicos, seja por investigações do Congresso dos EUA, seja por vazamentos de informações da Agência, o livro de Valentine revela dois elementos chaves das ações da CIA e do imperialismo norte-americano relativamente pouco conhecidos. O primeiro foi o desenvolvimento de um padrão de repressão violenta contra os adversários da dominação estadunidense que se desenvolveu a partir de meados de 1967, com o Programa Phoenix, no Vietnã, e serviu de modelo para outras ações em todo o mundo.

EUA: assim funciona o sistema de assassinatos


"Um ataque de drone mata mais do que uma pessoa, não há garantia de que aquelas pessoas mereciam esse destino… é um risco enorme", escreve Jeremy Scahill, em artigo publicado por Outras Palavras, 11-06-2016. A tradução é de Inês Castilho.

Eis o artigo.

Desde seus primeiros dias como comandante em chefe, o presidente Barack Obama fez do drone sua arma preferida, usada pelos militares e pela CIA para perseguir e matar as pessoas que seu governo considerou – por meio de processos secretos, sem acusação ou julgamento – merecedores de execução. A opinião pública tem colocado foco na tecnologia do assassinato remoto, mas isso tem servido frequentemente para evitar que se examine em profundidade algo muito mais crucial: o poder do Estado sobre a vida e a morte das pessoas.

A exultação da mídia britânica revela os mentores do assassinato de Kirillov

© Foto: Domínio público

Finian Cunningham
strategic-culture.su/

A comemoração da mídia britânica com o assassinato de um importante general russo em Moscou é reveladora de várias maneiras.

A comemoração da mídia britânica com o assassinato de um importante general russo em Moscou é reveladora de várias maneiras.

Primeiro de tudo, é uma exibição repugnante do chamado jornalismo miserável. O tom comemorativo nos meios de comunicação britânicos ao ver o corpo ensanguentado do Tenente-General Igor Kirillov deitado na neve fala muito sobre uma desprezível falta de respeito. Diz algo sobre a profundidade depravada da cultura britânica.