Economista do Bard College, dos EUA, acredita que governo brasileiro e 'mercado' evitam discutir dívidas de empresas para não debater juros
André Barrocal - Carta Capital
O governo tem um diagnóstico errado das razões da crise econômica e por isso adota uma terapia equivocada desde o início da política de austeridade fiscal com Joaquim Levy na gestão Dilma Rousseff, com prejuízos para o PIB e o brasileiro em geral. O recente anúncio de rombos fiscais extras pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, entusiasta da austeridade, reforça que o País vai pelo mau caminho.
Essa é a opinião de Felipe Rezende, professor associado de Economia e Finanças em um instituto de Nova York, o Levy Economics, do Bard College. “É uma crise diferente das demais da nossa história. Há esgarçamento dos balanços das empresas, por queda de demanda, e aumento do endividamento financeiro”, diz. “É muito mais grave do que falta de confiança.”