quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Ideologia e interesses levaram a erro de diagnóstico da crise fiscal

Economista do Bard College, dos EUA, acredita que governo brasileiro e 'mercado' evitam discutir dívidas de empresas para não debater juros

   André Barrocal - Carta Capital

O governo tem um diagnóstico errado das razões da crise econômica e por isso adota uma terapia equivocada desde o início da política de austeridade fiscal com Joaquim Levy na gestão Dilma Rousseff, com prejuízos para o PIB e o brasileiro em geral. O recente anúncio de rombos fiscais extras pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, entusiasta da austeridade, reforça que o País vai pelo mau caminho. 

Essa é a opinião de Felipe Rezende, professor associado de Economia e Finanças em um instituto de Nova York, o Levy Economics, do Bard College. “É uma crise diferente das demais da nossa história. Há esgarçamento dos balanços das empresas, por queda de demanda, e aumento do endividamento financeiro”, diz. “É muito mais grave do que falta de confiança.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Para entender o tal do “Ódio Eterno ao Futebol Moderno”


Para entender o tal do “Ódio Eterno ao Futebol Moderno”

Por Irlan Simões

Não é mais raro encontrar nas redes sociais e muito menos nos estádios brasileiros a frase “Ódio Eterno ao Futebol Moderno”. Essa palavra de ordem, por assim dizer, é muito ampla e indefinida e mesmo os mais entendidos do assunto podem ter dificuldades em explicar o que necessariamente se quer dizer e criticar com o tal do “futebol moderno”.

Até porque não há um sentido definitivo, uma vez que ele está em constante disputa. São diversos elementos que são utilizados para identificar o que seria o “futebol moderno” e esses tipos de interpretação mais amplos foram capazes de comportar espectros políticos completamente distintos sob um mesmo slogan.

"Guam Não Vive Segura com Exército dos Estados Unidos": Lisa Natividad

Guam tem estado no centro do noticiário internacional nos últimos dias devido à troca de fortes agressões verbais entre Washington e Pyongyang, e as ameaças de que a Coreia do Norte poderia atacar a pequena ilha da Micronésia com bombas nucleares. "É a presença dos Estados Unidos aqui que nos torna um alvo preferencial para a Coreia do Norte em seu conflito com os Estados Unidos", afirma na seguinte entrevista a acadêmica e ativista anti-colonização guamesa, Lisa Natividad.

"Guam não se sente segura com o Exército dos Estados Unidos", conta Lisa enquanto o mandatário norte-coreano Kim Jong-um afirmou, na primeira semana deste mês, que estava examinando cuidadosamente a ilha guamesa, e que enviaria um míssil balístico intercontinental para o oceano, a 40 quilômetros de Guam. Tais declarações geraram um alarde entre a grande mídia afirmando que distorceu as afirmações do líder norte-coreano, passando a versão de que o território norte-americano de Guam estava na iminência de ser atacado com bombas atômicas. 

Médico pessoal de Kadhafi revela como país foi devorado pela 'maldita guerra'

Médico pessoal de Kadhafi revela como país foi devorado pela 'maldita guerra'. 27170.jpegMédico pessoal de Kadhafi revela como país foi devorado pela 'maldita guerra'

O otorrinolaringologista sérvio, professor Novak Vukoje, é um especialista internacionalmente conhecido em problemas médicos tais como apneia e ronco, a quem recorrem xeiques árabes e pessoas influentes da Rússia, Austrália e EUA. Entre os "fãs" do médico, estava até o líder líbio Muammar Kadhafi.

"Em 1987, quando eu dei minha primeira palestra sobre o ronco em Belgrado, os professores e diretores das grandes clínicas que estavam na primeira fila - todos estavam rindo. Já depois, muitos deles se inscreviam para que eu os operasse", conta o médico.

Mídia Britânica: “Pobre povo brasileiro … roubado pelos políticos e extorquido pelas igrejas”


O site britânico NBC News Today publicou um texto citando as igrejas brasileiras (que não recolhem impostos e angariam fortunas do povo) e também abordou a atual crise política pela qual atravessamos.
O texto nos pareceu um pouco confuso, mas vale a pena dar uma lida.
“Não bastassem os problemas que estamos acompanhando no Brasil com o desdobramento da Operação Car-Wash/Lava-Jato, onde políticos famosos e empresários foram pegos assaltando (literalmente) os cofres públicos, os brasileiros ainda têm que conviver com religiosos milionários que esbanjam fortunas e viajam em helicópteros (vídeo abaixo) carregados com malas de dinheiro.”

O combate à corrupção é, no Brasil, amigo do banditismo

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O combate à corrupção é, no Brasil, amigo do banditismo Por Walfrido Jorge Warde Junior

Advogado em São Paulo. Sócio fundador de Warde Advogados.
Presidente do Instituto Brasileiro para a Reforma das Relações entre Estado e Empresa - IREE.

O mote deste artigo não promove uma polêmica irresponsável. 

Não critico o combate à corrupção, tampouco faço apologia à delinquência, muito ao contrário. 

O que me desagrada é o modo como temos tratado desse mal que assola o país, sobretudo desde o final da ditadura militar. O tratamento jurídico do problema, acredito, presta serviços muito mais a aprofundá-lo (o problema e as suas consequências), do que para prover soluções honestas e definitivas. E, nesse contexto, as empresas, sob a premissa de que o capital não prescinde do Estado (estou certo de que, para concluir nesse sentido, sinceridade é mais importante do que intelecto), encontram-se fadadas à marginalidade ou à morte. 

A substituição da Política de Conteúdo Local pelo conteúdo internacional


A substituição da Política de Conteúdo Local pelo conteúdo internacional

por Rodrigo Pimentel Ferreira Leão e Caroline Scotti Vilain

A partir da descoberta do pré-sal em 2007, o governo brasileiro estruturou um conjunto de políticas visando ancorar à imensa descoberta de petróleo o desenvolvimento da indústria nacional. Em outras palavras, aproveitando-se das oportunidades e das necessidades de longo prazo criadas pela descoberta do pré-sal, o governo elaborou duas grandes iniciativas a fim de fortalecer e impulsionar o crescimento da indústria nacional.

'Estamos frente a um sistema de agiotagem que paralisou o país'

O economista Ladislau Dowbor fala sobre como os mecanismos financeiros capturaram o poder político em todo o mundo, inclusive no Brasil

    Glauco Faria, para a RBA

"Não há nenhuma razão objetiva para os dramas sociais que vive o mundo. Se arredondarmos o PIB mundial para US$ 80 trilhões, chegamos a um produto per capita médio de US$ 11 mil. Isto representa US$ 3.600 por mês por família de quatro pessoas, cerca de R$ 11 mil reais por mês. É o caso também no Brasil, que está exatamente na média mundial em termos de renda. Não há razão objetiva para a gigantesca miséria em que vivem bilhões de pessoas, a não ser justamente o fato de que 'nenhum quadro de referência emergiu para guiar as políticas e as práticas': o sistema está desgovernado, ou melhor, mal governado e não há perspectivas no horizonte."