sábado, 17 de março de 2018

“Nem toda classe está idiotizada”, diz procurador que protestou em palestra de Moro

Foto: Daniel Giovanaz. Informação do site Brasil de Fato, por Daniel Giovanaz

Sugestão: Natasha Pimentel

O juiz Sérgio Moro fez uma das palestras de abertura do Congresso Brasileiro de Procuradores Municipais na noite desta terça-feira (21), no teatro da Ópera de Arame, em Curitiba (PR).

Um grupo de procuradores havia planejado abrir oito faixas com as letras da palavra “vergonha”, assim que o magistrado começasse a falar ao microfone. Porém, a equipe de segurança do evento decidiu apreender os objetos antes da palestra.

A crise no Estado burguês e o assassinato de Marielle


Esquerda Marxista
Sugestão: Natasha Pimentel

De repente, não mais que de repente, parece que todos estão falando a mesma coisa: o assassinato de Marielle Franco é inadmissível, é preciso defender a democracia. Mas as aparências enganam e por trás da aparente unanimidade, há um fosso intransponível.

Marielle tinha acabado de ser eleita relatora da Comissão da Câmara Municipal para acompanhar e discutir a intervenção federal, feita por meios militares, na segurança do Rio de Janeiro. Ela denunciava os abusos que estavam sendo cometidos pela PM, em particular por um dos batalhões que ganhou a fama do batalhão que mais mata no Rio.

Paris terá marcha e vigília no fim de semana em homenagem a Marielle Franco


Sugestão: Natasha Pimentel

Paris terá ao menos duas manifestações neste fim de semana em protesto contra os assassinatos da vereadora do PSOL Marielle Franco e de seu motorista Anderson Pedro Gomes, ocorridos na quarta-feira (14), no Rio de Janeiro.

Um grupo fechado no Facebook de mais de 3.500 mulheres brasileiras anuncia uma marcha no sábado (17) saindo da praça da Ópera, às 14h, pelo horário local, 10h em Brasília, em direção à praça de Stalingrad, na zona norte da capital. A concentração está marcada para às 10h, para que os participantes tenham tempo de preparar as faixas e cartazes que irão exibir no cortejo.

Munição que matou Marielle é do mesmo lote usado na maior chacina da história de SP

Segundo a perícia da Divisão de Homicídios os lotes de munição utilizados para o assassinato de Marielle é original e foram vendidos em 2006 para a Polícia Federal de Brasília.

Sugestão: Natasha Pimentel

  IMAGEM: claudia.abril

Os tiros que mataram Marielle Franco, vereadora do PSOL-RJ, na última quarta feira (14/03), são do lote original UZZ-18, munição utilizada na pistola de calibre 9mm disparada por 13 vezes contra o carro onde se encontrava Marielle. A conclusão é da perícia realizada pela Divisão de Homicidios da Polícia Civil na quinta feira (15/03). Os lotes UZZ-18, BNT-84, BIZ-91, AAY68 e BAY-18, foram adquiridos juntos e pertenciam a Policia Militar, Exército e Polícia Federal de Brasilia, e foram comprados entre os anos de 2006 e 2008, com as notas fiscais 220-821 e 220-822 junto a empresa CBC, que prestou depoimento para a Corregedoria da Polícia Militar. A munição dos mesmos lotes já havia sido utilizada em 2015 numa chacina nas regiões de Osasco e Barueri em São Paulo, que deixaram 19 mortos e cinco feridos no dia 13 de agosto.

"Assassinato de Marielle corre o mundo"


A execução de Marielle, ocorrida na 4ª feira (14), no Rio, repercutiu na Imprensa Internacional, Sites dos principais veiculos de imprensa dos EUA, Inglaterra, Peru, Venezuela e Argentina publicaram a noticia do assassinato da vereadora. O The Guardian, bem como o The New York Times usaram o texto da Associated Press para noticiar o assassinato de Marielle e seu motorista por criminosos não identificados, no centro do Rio, onde militares do Exército estão à frente da segurança há 1 mês. No texto Marielle é descrita como especialista em violência policial, lembrando que no dia 10/03 ela acusara a violência de policiais durante incursões nas favelas.


Protests held across Brazil after Rio councillor shot dead

Marielle Franco, known for criticism of police tactics, was killed in apparent assassination

Marielle Franco was a voice for the disadvantaged.
 Marielle Franco was a voice for the disadvantaged. Photograph: Mídia NINJA
Protests were held across Brazil after a popular Rio city councillor and her driver were shot dead by two men in what appears to have been a targeted assassination.
Marielle Franco, 38, was a groundbreaking politician who had become a voice for disadvantaged people in the teeming favelas that are home to almost one-quarter of Rio de Janeiro’s population, where grinding poverty, police brutality and shootouts with drug gangs are routine.
Richard Nunes, Rio’s head of public security, said there would be a “full investigation” into the deaths, which came despite the military taking charge of policing in the city last month after a surge in violence.

Delegado que investiga corrupção do PSDB é alvo de campanha difamatória em Minas

    Jornal ataca delegado


Ao mesmo tempo em que, no Rio de Janeiro, as forças conservadoras se movimentam para difamar a vereadora Marielle Franco, executada com quatro tiros, juntamente com seu motorista, em Minas Gerais uma onda difamatória atinge o delegado de polícia Rodrigo Bossi de Pinho, que investiga o esquema de corrupção e de fraude processual que beneficiou o grupo político do senador Aécio Neves.

Hoje, a campanha de difamação chegou às páginas do principal jornal de Minas, o Estado, chamado lá também de Estadão, publicação dos Diários Associados. O jornal destacou em manchete “Delegado na mira de associações” e, sem lhe dar direito de resposta, publicou uma fotografia em que aparece ao lado de Nílton Monteiro, delator do Mensalão de Minas e da Lista de Furnas.

“As digitais da Globo estão no gatilho”. PSOL fará um bem ao País se denunciar



A Globo é de um cinismo impressionante. Patrocina o Golpe. Lidera os absurdos do Estado de Exceção. Alimenta o fascismo e seus patos amarelos. Agora, não satisfeita, tenta sequestrar a alma da vereadora carioca executada brutalmente.

Ideóloga dos absurdos sucessivos que tomaram o país, "sua digital está no gatilho da arma utilizada no assassinato". Fato consumado, Bonner, no melhor estilo hollywoodiano, veste a roupa de defensor dos direitos humanos e tenta sequestrar a alma da executada. Um cinismo revoltante.

A vida e a morte de uma mulher inconformada e os discursos de ódio



Vamos deixar bem claro já no início deste texto: fundamentalistas religiosos e fascistas que saíram do armário nos últimos anos estão desassossegados nas redes sociais pelas repercussões da morte de Marielle, principalmente pelo fato de ser uma mulher, negra, pobre, de esquerda, defensora dos direitos humanos, feminista e homoafetiva. Querem matá-la pela segunda vez, disseminando ódio, inclusive com discursos religiosos eivados de sentimento de vingança. São perversos! E representam o que há de pior nessa sociedade adoecida pelo ódio derivado da abissal desigualdade; pela exclusão social que gera morte e pela violência estrutural que não permite que o andar de baixo seja "gente".