quinta-feira, 12 de julho de 2018

No domingo vimos mais um capítulo da sanha obsessiva de Sergio Moro contra Lula



Bom, a Copa do Mundo acabou. Como em toda Copa do Mundo houve uma série de surpresas. Já aqui no Brasil, surpresa nenhuma. Na terça-feira, dia 10, a magistrada Laurita Vaz, presidente do Superior Tribunal de Justiça confirmou que Lula não pode ser solto.

Quem jamais acreditou que seria solto, foi o próprio Lula. No domingo, dia 8 quando houve aquela guerra de alvarás. Ele disse para os advogados dele: “vocês estão achando que vão me deixar sair? Não vão”.

O gol contra das elites brasileiras

 

Por Joaquim Ernesto Palhares
https://www.cartamaior.com.br/

Finda a Copa do Mundo, o Brasil retoma o cotidiano de desmontes. Estamos, após o mundial, muito mais pobres e desprotegidos. Três exemplos bastam, aprovação da PL do Veneno, a entrega dos 70% do pré-sal às estrangeiras e, claro, a venda da Embraer nesta semana.

A festa do agrotóxico – impedida em vários países, por isso eles jogam agrotóxico nas nossas terras – foi garantida por parlamentares que ignoraram todos os laudos científicos apresentados contra o projeto de lei. Estamos falando de comida envenenada, de trabalhadores envenenados, de imensas extensões de terra envenenadas. 

Marcio Sotelo: O fascismo é a forma mais perversa do centauro de Maquiavel

Jovens da Opera Nazionale Balilla, organização juvenil do fascismo italiano (Reprodução)

Por que dizer fascismo: o centauro de Maquiavel

por Márcio Sotelo Felippe, na Cult

O golpe de 2016, o cenário que o antecedeu e seus desdobramentos tiveram elementos de fascismo.

É imperiosa esta demonstração porque tem graves consequências para entender o que é a sociedade brasileira, o seu futuro e em que medida ou como podemos estancar o cruel retrocesso político, social e econômico que vivemos.

Dizer “fascista” pode ser às vezes um insulto gratuito. Mas trata-se de utilizar um conceito que tem uma base epistemológica perfeitamente identificável.

O filme anunciado para 2019 já foi assistido. E a plateia rejeitou

Reprodução


Apostar na divisão sob a promessa de unidade no segundo turno hipotético é conjurar contra os interesses da construção democrática

Concluída a Copa do Mundo, como concluída já foi para nós, concluídas as nada republicanas negociações partidárias, o quadro sucessório, haveremos de esperar, ainda, pelo 31 de agosto, data inaugural dos programas de rádio e de televisão, que é mesmo quando começa, para valer, a campanha eleitoral.

Venda da Embraer à Boeing: anatomia de um crime de lesa-pátria



POR NOCAUTE
https://www.nocaute.blog.br/

Terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, atrás apenas da Boeing e da Airbus, o filé mignon da Embraer está sendo vendido à americana Boeing pela merreca de US$ 3,8 bilhões – quase dez por cento de todo o capital público investido na empresa ao longo dos anos. Nocaute entrevista três especialistas sobre o assunto.

Sessenta anos atrás, quando o Brasil ainda importava privadas e arame farpado, o marechal-do-ar Casimiro Montenegro sonhou: “Um dia este país ainda será uma potência aeronáutica”. Foi dado como louco, mas realizou seu sonho: criou o ITA e o primeiro embrião do que viria a ser a Embraer.

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Carta aberta para Leandro Karnal



As derrotas de Lula

Sr. Karnal, Muitas pessoas dizem: a justiça determinou ou a justiça deu essa condenação, a justiça disse tal coisa.

Isto é, falar das decisões da burocracia do poder judicial, nem sempre é falar de justiça. Esses cidadãos confundem a determinação de um juiz com o anseio universal de justiça que todo homem tem.

Medievalismo judicial

JEFERSON MIOLA

https://www.brasil247.com/

A perseguição fascista ao ex-presidente Lula alcançou o paroxismo no domingo, 8 de julho, e expôs com nitidez a regressão do sistema jurídico brasileiro à Idade Média – que por longo tempo ficou conhecida também como Idade das Trevas.

Lula é um prisioneiro político de quem o medievalismo judicial sequestrou os direitos civilizatórios imanentes a qualquer pessoa, como o direito ao juiz natural, o direito ao devido processo legal e o direito ao julgamento justo e imparcial.

Nenhum ser humano é estrangeiro. Bauman e o difícil desafio das migrações

Publicado originalmente no Instituto Humanistas da Unisinos

Zygmunt Bauman. Foto: Wikimedia Commons

Quando foi embora, em 2017, aos 91 anos, Zygmunt Bauman nos privou de uma voz corajosa, de um olhar atento a cada sobressalto da história e pronto para acolher a contradição, para depois desmontá-la a partir de dentro. Nos seus escritos, o trabalho de uma vida inteira, dedicado a separar o núcleo das verdades inconfessáveis do falar anônimo, dos enganos da propaganda, do preconceito.

A reportagem é de Maria Serena Natale, publicada em Corriere della Sera, 09-07-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.