Bilionária disputa arbitral, onde Michel Temer tem influência histórica, entra na reta final quando a financiadora do presidente está à míngua
ANTONIO CRUZ/afp
Estes que cochicham têm muito a ver com o caso
Raquel Dodge tem até o fim de setembro para decidir se acusa o padrinho de sua indicação à chefia da PGR, Michel Temer, por algum crime no recebimento, em março de 2014, de 1,4 milhão de reais da Odebrecht por um amigo do presidente, João Baptista Lima Filho, coronel aposentado da PM. Ordem do juiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, após a Polícia Federal ter encerrado um inquérito e concluído que Temer, seus ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco e o coronel se corromperam e lavaram dinheiro.
A PF está para terminar outra investigação de Temer e Lima, esta no setor portuário, área de influência antiga do presidente, ao menos em Santos. Dentro da PF, há quem veja o delegado do caso, Cleyber Malta Lopes, meio perdido. Uma fabulosa disputa de 2,6 bilhões de reais, a opor o Porto de Santos e uma financiadora de Temer, a Libra, entra também na reta final, com perspectiva, ao menos para os cofres públicos, meio desoladora, como o inquérito do delegado Lopes.