segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Brasil em chamas. Por Ronaldo Lima Lins

             Publicado por Victor Dias
Foto: ©Christian Braga / Greenpeace

Originalmente publicado em FACEBOOK

Por Ronaldo Lima Lins

Alguns instantes na história de um país lembram às vezes aquelas fogueirinhas que dois ou três turistas fazem, para se aquecer, quando entram no mato. Reúnem uns gravetos secos e acendem um fósforo. Nada que se diria capaz de provocar incêndios e dizimar florestas. Um pouco mais tarde, dão as costas e seguem o seu caminho. Não notam que as fagulhas crescem e que de repente ninguém pode com elas. No Brasil das queimadas, há quase sempre mãos criminosas, descuidadas com o meio ambiente. Gente que respira como nós e ri para a falta de oxigênio e o monóxido de carbono capazes de empurrar o planeta à extinção. E não agem por acaso. Cobiçam as terras para aumentar suas propriedades e alimentar o gado.

O caso do Amapá e a cilada das privatizações


A Eletrobras tem 47 usinas hidrelétricas responsáveis por 52% de toda a água armazenada no Brasil, sendo que 70% dessa água são utilizados para a irrigação da agricultura. Imagine tudo isso nas mãos de uma empresa privada que só se interessa pelo lucro, como a que acabou de deixar o Amapá às escuras


José Álvaro de Lima Cardoso
https://www.brasil247.com/

O estado do Amapá está desde 03 de novembro sem o fornecimento regular de energia elétrica, em função de um apagão generalizado. São 19 dias desde o incêndio em uma subestação da Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), em que foram danificados 2 de 3 transformadores responsáveis pela distribuição da energia elétrica em 13 das 16 cidades do estado, atingindo mais de 730 mil pessoas. Dos três transformadores existentes no estado um já estava estragado há quase um ano. Somente agora, depois da tragédia, é que a empresa privada responsável (LMTE) está providenciando o seu conserto. 

Carrefour e o Brasil de antigamente! Casa-Grande? Por Lenio Luiz Streck

          Publicado por Diario do Centro do Mundo
Carrefour. Foto: Wikimedia Commons

Originalmente publicado em CONJUR

Por Lenio Luiz Streck

Poderia ser assim o comercial do Brasil de antigamente. Peguemos, como exemplo, o café, “coisa bem brasileira”.

O cenário: uma antiga fazenda de café. Algo do tipo Casa-Grande, compreendem? Os personagens: dois recém-casados, caucasianos, que, ao acordarem, encaminham-se ao café da manhã (servido por uma empregada doméstica não caucasiana).

Corta! Cena 2: A câmera mostra os “colaboradores” da “casa-grande” se encaminhando para a plantação, com ferramentas rudimentares (típicas “daqueles tempos”).

Para entender a disputa entre a Vale e o bilionário israelense

Em 2010, ele vendeu 51% das ações licenciadas para a Vale por US $ 2,5 bilhões, embora diga que investiu apenas US $ 160 milhões em prospecção por meio de sua empresa familiar BSG Resources (BSGR) até o momento. Em troca, a Vale acertou toda a logística da mina.

          Por Luis Nassif


O traficante de diamantes israelense Beny Steinmetz discute com o brasileiro Roger Agnelli, ex-chefe da Vale. É sobre corrupção e um dos maiores depósitos de minério de ferro do mundo.

Alexander Busch, São Paulo 22/03/2014
Rüder Ton entre chefes de mineração
5Atualizado automaticamente a cada minutos

Rüder Ton entre chefes de mineração

O traficante de diamantes israelense Beny Steinmetz discute com o brasileiro Roger Agnelli, ex-chefe da Vale. É sobre corrupção e um dos maiores depósitos de minério de ferro do mundo.

BRICS: passado promissor ou futuro otimista?, por Júlia Coury e Rafaela Santos

Uma das principais colocações em relação ao grupo é a sua divergência identitária, cada país tem uma abordagem política e econômica interna, deixando em evidência uma dificuldade em entender a construção e o motivo da união no bloco.

           Por Jornal GGN
           https://jornalggn.com.br/

BRICS: passado promissor ou futuro otimista?

por Júlia Coury e Rafaela Santos 

A reunião da cúpula do BRICS na terça feira (17), trouxe muita especulação acerca do bloco internacional, mas ainda pouco se sabe sobre o “status” da organização. O grupo, fenômeno criado pelo Goldman Sachs, no qual Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul eram impulsionados pelo mercado que refletia mudanças profundas na estrutura da economia global, fazia as escolhas de políticas econômicas “certas” e atingia crescimentos econômicos vultuosos. Todavia, com as crises na economia global nos últimos anos, e crescimentos econômicos diminutos de alguns dos membros, a sigla passou a ser questionada pelo nível de importância no debate internacional. Existem dúvidas sobre as convergências e as divergências políticas e econômicas internas, sobre o objetivo de existência, sobre a atuação no sistema internacional e, o pior, sobre sua relevância e permanência perante os outros blocos.

Guerra Híbrida: racismo, meganhacização e caos sistêmico

           Wilson Roberto Vieira Ferreira
           https://cinegnose.blogspot.com/

Os pronunciamentos do vice-presidente Mourão e do Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, parecem querer salvaguardar alguma coisa no revoltante episódio de espancamento até a morte de um cliente negro por seguranças de uma unidade do supermercado Carrefour, em Porto Alegre. Para eles, tudo foi uma questão de “excesso” ou “despreparo”. Ação necessária, porém “excessiva”. Protegem um ardil semiótico que foi decisivo para o envenenamento do psiquismo na guerra híbrida brasileira: a “meganhacização” do cotidiano através de anos de shows diários das conduções coercitivas cultuando policiais corpulentos armados com armas reluzentes e toucas ninjas. A violência policialesca amparada pela meganhacização da Justiça como única forma de “passar o país a limpo”. Tática indireta da guerra híbrida para gerar caos sistêmico ao aglutinar duas feridas abertas de uma nação fundada no esquecimento: racismo e militarismo. Enquanto isso, as ações do Carrefour fecharam em alta no Ibovespa. Por que? 

A falsa caridade de França

Esta semana o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PAM) recebeu uma contribuição inicial de 400.000 € (452.000 dólares) do governo da França (UE) para apoiar crianças refugiadas saharauis nos campos na Argélia.

A contribuição francesa apoiará o programa de alimentação escolar do PAM, para cerca de 40.000 crianças em escolas e creches. Isso permitirá que cada criança receba um lanche ao meio da manhã (biscoitos nutritivos e leite), assim que as escolas abrirem novamente.

Juízes racistas. Muito além de um negro assassinado no Carrefour, por Armando Coelho Neto

O ex-juiz municiou o “presidente” da República, igualmente fascista. Juntos, acabaram dando voz a outros extremistas, como juízes fascistas de Recife - outra excrescência

          Por Armando Coelho Neto

Juízes racistas. Muito além de um negro assassinado no Carrefour

por Armando Rodrigues Coelho Neto

O criminoso nato deve ser retirado do meio social antes mesmo de cometer crime. Essa afirmação integra estudo do italiano Cesare Lombroso, um psiquiatra, cirurgião e criminologista, que definiu características físicas e mentais dos criminosos. Seria “Ladrão com cara de ladrão, assassino com cara de assassino”.

Criminoso nato teria mandíbulas volumosas, assimetria facial, orelhas desiguais, falta de barba nos homens, pele, olhos e cabelos escuros. Em que pese a contribuição que Lombroso deu à criminologia, até hoje é criticado pelo biótipo de criminoso por ele concebido e que parece inspirar juízes lombrosianos até hoje.