quinta-feira, 8 de setembro de 2016

O Dissenso de Washington e a política externa de Temer e Serra

Entre as mudanças na orientação da política externa brasileira está o redirecionamento para a tradição de alinhamento com os Estados Unidos
por Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais

Por Lucas Pereira Rezende*
A nova política externa brasileira (PEB), alçada à opulência pelo chanceler José Serra,é, talvez, uma das mais simbólicas mudanças do recém-instaurado governo de Michel Temer. Sua principal metamorfose é a suposta desideologização da PEB e o redirecionamento das relações internacionais do eixo Sul-Sul para o Norte-Sul, em um retorno à tradição americanista de nossa política externa.
O problema dessa opção política é seu anacronismo singular. Repetindo a fórmula que funcionou na década de 1990, época do chamado Consenso de Washington, as escolhas colocadas pelo chanceler não refletem o cenário de suas implementações originais – o que cria um problema de emulação de casos não análogos.

Retratos de uma agenda entreguista: Mishell e a volta às margens do Ipiranga

               http://www.ocafezinho.com/
mishell
Por Tadeu Porto*(@tadeuporto), colunista do Cafezinho

Gostaria eu, nessas possibilidades quânticas de mundos paralelos ou viagens no tempo, de se aproximar de D. Pedro I e dizer: “Vossa Majestade [a educação atravessa o tempo],sinto muito lhe dizer, mas nessa lógica booleana que o senhor proferiu as margens do Ipiranga estamos mais próximos da morte do que da independência”.

Juristas pedem impeachment de Gilmar Mendes

              http://jornalggn.com.br/

Jornal GGN - Os juristas Celso Antônio Bandeira de Mello, Fábio Konder Comparato, Sérgio Sérvulo da Cunha, Eny Raymundo Moreira, Roberto Amaral e Álvaro Augusto Ribeiro assinaram um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, nesta quinta-feira (08).

Os motivos para a petição protocolada no Senado foram a relação de "gratidão" de Gilmar por Fernando Henrique Cardoso, para quem ocupou cargos de confiança durante o governo do tucano, e o sentimento que "não esconde" de "simpatia" do ministro ao PSDB.

A irreversível decadência de FHC

             EMIR SADER // http://www.brasil247.com/
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Thomas Mann retrata, de forma insuperável, na sua obra, a decadência da burguesia. Uma classe que se sente esgotada, superada, perto da sua morte, e assim não consegue ver nada além de si mesma. Sua decadência é a decadência do mundo.

A triste decadência de FHC o faz viver algo assim. Sente que se exauriu, ele, seu partido, seu mundo. E não consegue ver nada além desse mundo podre. E confunde sua decadência, o esgotamento do que ele representou, a podridão daquilo em que se tornou, o partido que ele criou à sua imagem e semelhança, com a decadência, o esgotamento, a podridão do mundo. Autorreferente como ele é, confunde sua decadência com a decadência do mundo.

Mídia honesta depende cada vez mais de seus leitores

Os meios de comunicação não são empresas como as outras e produzem um bem público, a informação, necessária ao bom funcionamento da democracia.

            Leneide Duarte-Plon, de Paris // www.cartamaior.com.br
Com o desmoronamento da receita publicitária, jornais e revistas, impressos ou online, se deparam com a questão : « Como financiar as redações na produção de uma informação de qualidade e independente »? Honesta sobretudo, no caso do Brasil.

O slogan do mais conhecido e respeitado jornal online francês, « Mediapart”, resume a situação: “Mediapart, somente nossos leitores podem nos comprar”. Ele não tem publicidade e vive da assinatura dos seus mais de cem mil leitores. Criado em 2008 por Edwy Plenel, ex-diretor da redação do « Le Monde », « Mediapart » é um verdadeiro jornal online, pure player, com uma redação de mais de 35 jornalistas. 

Os farsantes que definham a democracia brasileira

A elite brasileira verde e amarelo segue com seu discurso despolitizado de ódio à esquerda e aos 'perigosos comunistas'.

          Luciana Burlamaqui // www.cartamaior.com.br
Vivemos uma grande farsa no Brasil encenada por políticos, mídia, juízes, advogados e a sociedade civil de direita. 

A TV Globo finge que noticia de forma imparcial, mas não dá voz equilibrada a Dilma, Lula e o Partido dos Trabalhadores, além de diminuir o espaço e o tom quando a denúncia atinge o governo golpista e o PSDB. Muitos jornalistas da emissora agem como atores e atrizes a serviço de seus chefes para preservarem o gordo salário no final do mês. 

Deputado Wadih: 'é má fé confundir o impeachment de Dilma com a cassação de Cunha'

'Cunha é um bandido. Dilma, uma mulher honrada, vítima de um golpe de Estado.'

             Entrevista por Jeferson Miola // www.cartamaior.com.br
À medida que se aproxima a data definida pelo atual presidente da Câmara para votar o processo de cassação de Eduardo Cunha, se intensificam os rumores de que o PMDB, o PSDB, o DEM e demais partidos da base do governo golpista pretendem, de alguma maneira, salvá-lo.

Esta é a recompensa de Michel Temer e seu agrupamento ao principal sócio da empreitada golpista, quem foi determinante na instalação da farsa do impeachment da Presidente Dilma na Câmara dos Deputados.

KARNAL: O LIMITE DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO

           http://www.brasil247.com/
O historiador e professor da Unicamp, Leandro Karnal, publicou texto em seu perfil no Facebook, no qual condena a atitude do também professor Jairo José da Silva, da mesma universidade, que comemorou o tiro de borracha dado pela polícia de São Paulo, que cegou a aluna Deborah Fabri, de 19 anos, durante protesto contra o golpe; "Fico mais chocado com alguém que, tendo os dois olhos, seja tão cego", disse.

247 - O historiador e professor da Unicamp, Leandro Karnal, publicou texto em seu perfil no Facebook, nesta terça-feira (6), no qual condena a atitude do também professor Jairo José da Silva, da mesma universidade, que comemorou o tiro de borracha dado pela polícia de São Paulo, que cegou a aluna Deborah Fabri, de 19 anos, durante protesto contra o golpe.

Abaixo o texto de Karnal:

O limite da liberdade de expressão