quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Loló e Minu


Kim Kataguiri, do MBL, é o novo chefe fascista

                 LUIS FELIPE MIGUEL // http://www.brasil247.com/
Um traço característico da cosmovisão fascista é a exaltação da força. O próprio Mussolini era um brutamontes, mas muito de seus seguidores não – e fica aquela coisa caricata, do chefete fascista mirrado falando da superioridade dos fortes, tipo o Plínio Salgado.

No Brasil atual, isso sempre me vem à mente quando vejo o impagável astrólogo Olavo de Carvalho prometendo que vai dar porrada em todo mundo, com seu fôlego bronquítico de velho fumante inveterado.

Os juros, a dívida e o caos

A hegemonia do capital financeiro se consolidou tranquila: desde 1998, o Estado sugou o valor de R$4 trilhões dos recursos da União para pagamento de juros

            Paulo Kliass* // http://cartamaior.com.br/

O governo Temer e os meios de comunicação estão promovendo uma enorme amplificação de tudo daquilo que o financismo sempre procurou incutir no interior da sociedade. Falo aqui do verdadeiro catastrofismo criado em torno da suposta falência iminente do Estado brasileiro, caso não sejam adotadas as inúmeras medidas do garrote fiscal apresentadas pela equipe de Henrique Meirelles.

Entrevista - Boaventura Santos : "O que mais custa aceitar é a participação do Judiciário no golpe"

            por Miguel Martins // http://www.cartacapital.com.br/

O sociólogo português Boaventura Santos faz uma radiografia da crise política brasileira e pede à esquerda nativa para abrir mão das diferenças

Desatados os laços coloniais, a proximidade entre Brasil e Portugal se estende para além das velhas rotas do Atlântico. Nas antigas colônia e metrópole, as trajetórias republicanas são navegadas sob tempestades que carregam ensinamentos para as duas costas do oceano.
onda neoliberal que atinge hoje o Brasil por meio do governo de Michel Temer chegou como um tsunami em 2011 às terras lusitanas. Passos Coelho, então primeiro-ministro, tentou aprofundar as políticas de ajuste estrutural exigidas pelo Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia, mas o ímpeto dos retrocessos perdeu força diante da resistência unificada do campo progressista em Portugal.

Se a esperança se erguer, Temer cai

CARLOS ODAS // http://www.brasil247.com/
© Ueslei Marcelino / Reuters

Está em curso no Brasil uma guerra, não tão silenciosa quanto se poderia esperar, por meio da qual a experiência do “governo” Michel Temer vai se justificando; é uma guerra contra a esperança e, nela, o objetivo principal de um dos lados é tornar em fatalidade todos os males que poderiam ser evitados ou contornados, não sem dificuldades, mudando-se as premissas da ação governamental e estatal. A desesperança serve ao projeto no poder porque, sendo Michel Temer um político tão obscuro quanto os interesses a que se afilia, sua liderança só pode justificar-se num ambiente sem luz, em um tempo em que a virtude paga pesados tributos à injustiça, e em uma sociedade onde a esperança é tratada com escárnio, ao passo em que a miséria e a desigualdade são vistas como fatalidades inevitáveis que ceifarão vidas em nome de uma incerta promessa de prosperidade em futuro ainda mais incerto.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

A alienação das esquerdas, por Maria Fernanda Arruda

           http://jornalggn.com.br/

A alienação das esquerdas

Por Maria Fernanda Arruda


É terrível – como às vezes se observa na esquerda depois de uma derrota – desprezar eleitores pobres ou trata-los como manipuláveis ou ignorantes se eles não votam da forma esperada. Essa mentalidade apenas exacerba a divisão e torna o sucesso ainda mais difícil. Se um partido falha em atrair os eleitores que ele pensa que deveria atingir, parte da culpa pode ser atribuída a uma mídia injusta e parcial, ou a táticas sujas dos oponentes, ou a condições econômicas além do controle. Mas apenas parte. É preciso que se faça, antes de mais nada, o exercício da modéstia, que permita a autocrítica.

Nos Estados Unidos, muitas coisas ainda são brancas e negras

              http://brasil.elpais.com/
A manifestante Ieshia Evans, detida em julho em Baton Rouge (Luisiana)
A manifestante Ieshia Evans, detida em julho em Baton Rouge (Luisiana)  REUTERS / CORDON PRESS

Meio século após o fim da segregação racial, as disparidades econômicas continuam separando as raças


//Newark (Nova Jersey) 

Já não há nenhuma lei separando os afro-americanos dos brancos, e agora a diferença econômica separa os negros dos latino-americanos. Os que têm condições financeiras deixam as cidades segregadas, e a queda de receita fiscal deteriora as comunidades. Em lugares como Nova Jersey, fala-se em “apartheid” escolar. Em Newark, no ano passado soube-se que a água dos colégios públicos continha chumbo. A raça dominante é a verde, a cor dos dólares.

Estudo mostra que mentir pode se tornar um hábito perigoso

            Por 
Gravidade e frequência da mentira pode aumentar caso ela se torne um hábito.Flickr/Creative Commons

Quanto mais mentimos, mais nos sentimos confortáveis com essa situação. Esse é o resultado de um estudo que mostra que o comportamento do mentiroso tem o efeito de "bola de neve" e é resultado de um mecanismo biológico que o facilita.

De acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira (24) na revista Nature, desenvolvido pelo departamento de Psicologia Experimental da University College London (UCL), ao deformar a verdade, o autor da mentira sente um certo desconforto. Mas essa sensação desaparece à medida que mentir se torna um hábito, dando margem à criação de histórias cada vez mais irreais.